1 - A decisão de castigar Lisandro Lopez devido à simulação efectuada no FC Porto-Benfica teve o condão de, num ápice, acabar com a longa polémica sobre a final da Taça da Liga. E, ao mesmo tempo, lançou os portistas para a discussão pública sobre os erros dos árbitros, os critérios da Comissão Disciplinar da Liga, etc, etc. Parece-me bem. Afinal de contas, "peixeirada" só com águias e leões fica incompleta.
Falando mais a sério: não estou chocado com a decisão de castigar o argentino. Objectivamente, o sul-americano tentou (e conseguiu) iludir o árbitro, fazendo com que a sua equipa fosse beneficiada por um erro evidente. Ninguém pode garantir que os nortenhos não conseguissem marcar de outra forma, nem sequer vou avaliar se, antes do lance em causa, o juiz devia ter assinalado outra grande penalidade contra o Benfica. O que foi claro é que Lisandro enganou o árbitro e por extensão a equipa contrária. E nesse sentido, acho bem que seja castigado. O que me choca (e muito) é que, de repente, alguém se lembrou que, em Portugal, há quem tente, deliberadamente, dificultar a tarefa de quem dirige as partidas. Mas, meus senhores, este foi o único lance do género no Campeonato? Não me parece...
Ao enveredar por este caminho, e porque todos os clubes vão querer aproveitar-se da aberta, a Comissão Disciplinar da Liga está a arranjar "lenha para se queimar". Da mesma forma que já o fez (e continua a fazer) ao suspender futebolistas devido a agressões que passaram despercebidas aos árbitros. Em primeiro lugar, convém ter presente que o número de câmaras disponíveis nos jogos dos grandes não se compara aos dos restantes embates. Logo, a justiça televisiva será sempre como a outra: diferente consoante o caso de quem está a ser julgado. E isso, para mim, é simplesmente inadmissível num estado que se diz de direito. E depois porque é incoerente castigar alguém que simulou ou agrediu quando, desportivamente falando, a "esperteza" não teve consequências para a equipa. Não devia ser a verdade desportiva o valor mais alto a preservar?
Sobre tudo isto, e para além de ser útil que quem decide o faça sempre e não só de vez a vez, parece claro que o recurso às novas tecnologias será a melhor forma de ajudar os árbitros e os membros da Comissão Disciplinar. De outra forma, será uma questão de dias até alguém ter legitimidade para reafirmar que há dois pesos e duas medidas!
Luís Avelãs n' A Bola
Falando mais a sério: não estou chocado com a decisão de castigar o argentino. Objectivamente, o sul-americano tentou (e conseguiu) iludir o árbitro, fazendo com que a sua equipa fosse beneficiada por um erro evidente. Ninguém pode garantir que os nortenhos não conseguissem marcar de outra forma, nem sequer vou avaliar se, antes do lance em causa, o juiz devia ter assinalado outra grande penalidade contra o Benfica. O que foi claro é que Lisandro enganou o árbitro e por extensão a equipa contrária. E nesse sentido, acho bem que seja castigado. O que me choca (e muito) é que, de repente, alguém se lembrou que, em Portugal, há quem tente, deliberadamente, dificultar a tarefa de quem dirige as partidas. Mas, meus senhores, este foi o único lance do género no Campeonato? Não me parece...
Ao enveredar por este caminho, e porque todos os clubes vão querer aproveitar-se da aberta, a Comissão Disciplinar da Liga está a arranjar "lenha para se queimar". Da mesma forma que já o fez (e continua a fazer) ao suspender futebolistas devido a agressões que passaram despercebidas aos árbitros. Em primeiro lugar, convém ter presente que o número de câmaras disponíveis nos jogos dos grandes não se compara aos dos restantes embates. Logo, a justiça televisiva será sempre como a outra: diferente consoante o caso de quem está a ser julgado. E isso, para mim, é simplesmente inadmissível num estado que se diz de direito. E depois porque é incoerente castigar alguém que simulou ou agrediu quando, desportivamente falando, a "esperteza" não teve consequências para a equipa. Não devia ser a verdade desportiva o valor mais alto a preservar?
Sobre tudo isto, e para além de ser útil que quem decide o faça sempre e não só de vez a vez, parece claro que o recurso às novas tecnologias será a melhor forma de ajudar os árbitros e os membros da Comissão Disciplinar. De outra forma, será uma questão de dias até alguém ter legitimidade para reafirmar que há dois pesos e duas medidas!
Luís Avelãs n' A Bola
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