sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tanto bate até que fura

Era mais ou menos inevitável que Hulk fosse lesionado com gravidade. Da mesma forma como foi mais ou menos inevitável que, a seu tempo, Anderson fosse lesionado com gravidade. Entre as duas lesões, separadas por mais de duas temporadas, manteve-se em comum, inalterável, a tolerância dos árbitros em relação à violência exercida dentro do relvado sobre os jogadores mais talentosos do futebol português. Jesualdo Ferreira já tinha avisado que Hulk era vítima de abusos constantes por parte dos adversários perante a complacência dos árbitros e quem teve oportunidade de seguir a maior parte dos jogos do FC Porto esta temporada só pode surpreender-se pelo facto de não ter acontecido antes. Aliás, Carlos Xistra na quarta-feira e Lucílio Baptista há dois anos não só deixaram que Hulk e Anderson fossem lesionados com gravidade como nem sequer acharam pertinente qualquer tipo de sanção disciplinar para os respectivos carrascos, permitindo-lhes concluir que, tal como eles já suspeitavam, o crime compensa. E como compensa, vai voltar a praticar-se em breve, num relvado perto de si.

Jorge Maia n' O Jogo.

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