quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Liga dos Campeões - Porto ganha

FCPorto 2 - Atlético de Madrid 0.

Liga Intercalar - calendário

Campeonato Inverno

1.ª jornada, 14/10: Vitória de Guimarães (fora)
2.ª jornada, 21/10: Varzim (casa)
3.ª jornada, 04/11: Trofense (casa)
4.ª jornada, 18/11: Leixões (fora)
5.ª jornada, 25/11: Paços de Ferreira (casa)
6.ª jornada, 16/12: Braga (fora)
7.ª jornada, 06/01: Feirense (casa)

Campeonato Primavera

1.ª jornada, 27/01: Vitória de Guimarães (casa)
2.ª jornada, 17/02: Varzim (fora)
3.ª jornada, 24/02: Trofense (fora)
4.ª jornada, 03/03: Leixões (casa)
5.ª jornada, 10/03: Paços de Ferreira (fora)
6.ª jornada, 17/03: Braga (casa)
7.ª jornada, 24/03: Feirense (fora)

Calendário dos jogos em iCal.

Capas de 30 de Setembro de 2009



Atlético frágil? Que ideia perigosa!

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

O Atlético de Madrid tem a pior defesa do campeonato espanhol - 13 golos sofridos em cinco jogos - mas Jesualdo Ferreira recusa-se a considerar a equipa colchonera um adversário fácil. Afinal, têm um ataque recheado de jogadores de qualidade e na época passada o FC Porto não conseguiu vencer nenhum dos dois jogos entre ambos. Por isso mesmo, o professor apela à força do colectivo

Jesualdo Ferreira desconfia dos maus resultados do Atlético e da aparente permeabilidade da sua defesa, pelo que procurou elogiar o adversário, afastando a ideia de que o jogo desta noite será fácil. O técnico portista recordou a qualidade do ataque dos colchoneros e a importância de conquistar os primeiros pontos na prova para sublinhar que este é um jogo difícil, mas não impossível.


A equipa está preparada para dar uma boa resposta contra o Atlético de Madrid?
Está. Temos que entender o momento, o adversário, o espaço em que o jogo se realiza e também que o último jogo nos deu confiança.


Até que ponto o FC Porto poderá beneficiar do período menos bom do Atlético de Madrid, nomeadamente da fragilidade defensiva?
O Atlético é um histórico do futebol espanhol, participa na Champions por mérito, conseguindo o acesso no melhor campeonato do mundo, pelo menos aquele que terá os melhores jogadores. Não faz sentido falar do Atlético parcialmente, ou seja, dos seus defesas, dos médios ou dos avançados. O facto de haver momentos em que aqui ou ali as equipas estão menos fortes é sempre resultante da capacidade e competências dos adversários. Estou convencido que uma defesa muito forte, num campeonato com menos capacidade será mais forte ainda; uma defesa muito forte num campeonato muito forte será, seguramente, mais fraca. O Atlético tem os seus pontos fortes e fracos como qualquer equipa. Contudo, não funcionamos nessa linha de raciocínio e é perigoso passar essa ideia de que a defesa do Atlético é frágil para o exterior, até porque poderíamos inverter a questão e dizer que tem um ataque poderoso porque é constituído pelo melhor marcador de Espanha e por jogadores de grande qualidade técnica e com experiência.


Então, como analisa o adversário?
O Atlético é visto por nós como equipa, tal como o treinador do Atlético observará o FC Porto. Temos os nossos processos, sabemos como é que temos de jogar e aquilo que podemos aproveitar das nossas capacidades. Muito mais do que as fragilidades dos adversários, acreditamos nas nossas capacidade, que pretendemos optimizar e explorar independentemente do adversário. A forma como se trata estas coisas pode criar falsas expectativas nos nossos adeptos.

Carlos Gouveia n' O Jogo.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Capas de 29 de Setembro de 2009



Maiorias maiorais

A notícia estava escarrapachada, ontem de manhã, nas primeiras páginas de todos os jornais generalistas - antes do caso das escutas em Belém havia quem lhes chamasse sérios: afinal, apesar de todos os protestos, de toda a contestação, de um ou outro caso, apesar de tudo e mais alguma coisa, vai tudo continuar mais ou menos igual ao que foi nos últimos quatro anos. Imagino que essa fosse uma boa notícia para os portistas lerem nas primeiras páginas de todos os jornais desportivos - antes do caso das escutas em Belém havia quem lhes questionasse a seriedade. No desporto, contudo, os vencedores não são eleitos pela maioria, mesmo que essa maioria seja absoluta com tiques absolutistas, nem os campeões têm mandatos para quatro anos, por muito que o FC Porto se esforce para desmentir essa regra. No desporto não se sabe muito bem como vão ser os próximos quatro anos, mas sabe-se como foram os últimos. Ontem o FC Porto voltou a recordá-lo, juntando ao almoço mais de 500 campeões. Um tributo ao passado, é certo, mas também uma promessa de futuro.

Jorge Maia n' O Jogo.

Meio milhar de campeões

O Dragão Caixa foi ontem palco da maior concentração de campeões por metro quadrado de que há memória, num almoço que reuniu 540 convidados, a grande maioria dos quais campeões das mais diversas modalidades do clube, na época passada. A homenagem juntou o útil ao agradável, à bolei das comemorações do 116º aniversário do FC Porto, que se iniciou ao final da manhã, com o já tradicional hastear da bandeira no Estádio do Dragão, imposição de coroas de flores nos bustos de Pavão e Rui Filipe, seguido de uma missa na igreja das Antas.

Ao almoço, no Dragão Caixa, foi a vez dos atletas desempenharem o papel principal e alguns até, como Pedro Emanuel, capitão da equipa tetracampeã, nem fugiram a um breve comentário sobre a actualidade: "Vencer o Sporting foi importante. Vivemos melhor com as vitórias do que com as derrotas. Mas ainda bem que se ganhou ao Sporting para repor alguma verdade desportiva, quando algumas pessoas já punham em causa muita coisa. Acho que vem ao de cima que o FC Porto continua a ter uma grande equipa, que vai lutar para ser campeã, mais uma vez". O próximo duelo é com o Atlético de Madrid, na Champions: "O FC Porto perdeu contra o Chelsea, mas jogando em casa é sempre favorito e vai tentar colocar-se em posição de conseguir a passagem aos oitavos-de-final".

Nuno Espírito Santo, guarda-redes e capitão da equipa, também reconheceu tratar-se de um jogo difícil, mas acredita na vitória. "Temos estado bem e vamos demonstrar isso quarta-feira", prometeu.

Andebol

Campeões Nacionais Seniores

Atletismo

Campeões Nacionais individuais

Seniores

Sub-23

Juvenis

Por equipas Sub-23

Por equipas Juniores

Bilhar

Campeões Nacionais individuais

Três tabelas

Pool

Boxe

Campeões Nacionais individuais

Seniores

Juniores

Iniciados

Desporto adaptado

Campeões Nacionais por equipas

Ténis de mesa

Boccia BC 4 Pares

Futebol

Seniores

Sub-17

Hóquei em Patins

Seniores

Juvenis

Infantis

Natação

Campeões Nacionais individuais

Seniores

Juniores

Juvenis

Juvenis (Femininos e Masculinos)

Campeões Nacionais por clubes

Pesca

Campeões Nacionais individuais

Juvenis

António Soares n' O Jogo.

O que se sofre de longe!

AS últimas semanas foram um calvário para um portista de todos os dias, como eu. Ausente onde nem sequer a televisão portuguesa chega, falhei sucessivamente o FC Porto-Leixões, Chelsea-FC Porto, Braga-FC Porto e FC Porto-Sporting. Quatro jogos, de que a única coisa que soube foi o resultado final. No mais, limitei-me a tentar adivinhar, a antecipar o onze e a forma como a equipa se portaria e a desejar a notícia de uma vitória no final. O saldo acabou em duas vitórias e duas derrotas e, como sempre e absurdamente me acontece, invadiu-me o remorso de ter estado ausente, acreditando que, se aqui estivesse, não teríamos perdido dois jogos.
O black-out total só foi rompido uma vez, no jogo de Stamford Bridge, em que consegui aceder a um site inglês que ia relatando o jogo em tempo praticamente real, mas sem direito a quaisquer imagens. Mais valia que não o tivesse conseguido: é que bastou-me ver a equipa que Jesualdo Ferreira tinha escolhido para iniciar o jogo, para ficar logo mal-disposto.

Uma vez mais (e já aqui escrevi tantas vezes sobre isso!), Jesualdo Ferreira não fugiu ao comportamento típico do treinador português no momento de enfrentar um desafio europeu que surge como maior do que a aparente capacidade da equipa: mudar tudo o que é habitual e está treinado e rotinado, para reforçar a defesa e o meio-campo e enfraquecer o ataque, na esperança que do céu caia um empatezinho a zero. E, todavia, ele já adquiriu suficiente experiência internacional à frente dos dragões para que lhe seja exigível um comportamento menos provinciano e menos medroso. Aliás, na véspera, Jesualdo Ferreira, ao comentar o triste histórico dos jogos do FC Porto em Inglaterra para as competições europeias (13 jogos, 2 empates e 11 derrotas), tinha dito que algum dia o FC Porto acabaria por ganhar um jogo, quando tivesse attitude para isso, e prometendo que, pelo seu lado, nada iria mudar na forma habitual de jogar da equipa, apesar de ir ter pela frente a que ele considerava a melhor equipa inglesa do momento.

Afinal, tudo aconteceu ao contrário. Pelo que li nas crónicas subsequentes e nos próprios comentários do site inglês, o Chelsea que o FC Porto enfrentou está longe de estar em forma e, desfalcado de Drogba, mostrou-se um adversário perfeitamente ao alcance, pelo menos de um empate — assim houvesse coragem para o enfrentar olhos nos olhos. Logo aí, Jesualdo mostrou que tinha o adversário mal estudado e que os seus temores tinham mais que ver com o passado do que com o presente.

Depois (meu Deus!), o homem que tinha prometido nada mudar na equipa, fez só isto: num dos flancos de ataque tirou a boa surpresa desta época, Silvestre Varela, para entregar o lugar ao seu fiasco de estimação — Mariano González — assim preferindo um peso-morto a um desequilibrador nato. E, para rematar em beleza (numa equipa cuja grande dificuldade tem sido conseguir marcar golos), tira o ponta-de-lança Falcao, preferindo, à boa maneira dos treinadores portugueses, «reforçar o meio-campo», com o trapalhão do Guarín (que, desde que chegou ao FC Porto apenas fez um jogo conseguido, contra uma equipa dos distritais, para a Taça). Ou seja, Jesualdo tratou, logo à partida, de mostrar que estava borrado de medo do Chelsea e, como era inevitável, transmitiu esse medo à equipa, que jogou todo o primeiro tempo entricheirada atrás dos escudos, como uma corte romana enfrentando um exército de bárbaros muito superior. E, claro, aconteceu o que sempre acontece quando se joga para o zero-zero, com medo do adversário: num golpe fortuito, o Chelsea chegou ao golo e só então é que Jesualdo, perdido por cem, perdido por mil, desfez os erros cometidos de entrada e soltou os cavalos para que o FC Porto corresse atrás do prejuízo e da sorte. Mas está escrito, está escrito desde há muito, que a sorte só ajuda os audazes, não os medrosos. O FC Porto perdeu em Londres porque o seu treinador teve medo de tentar ganhar. Esta história já é antiga e já começa a fartar. Não que seja justo exigir que o FC Porto vá jogar fora com os colossos ingleses, com um orçamento infinitamente mais elástico, e se bata sempre de igual para igual. Mas é justo exigir que o seu treinador não se coloque à partida numa atitude de submissão e temor, auto-diminuindo a capacidade da equipa para conseguir uma proeza. E, como já vi esta história escrita várias vezes, pergunto: digam-me quando é que esta fabulosa estratégia lusa de tirar avançados e reforçar o meio-campo, em jogos de dificuldade maior, deu resultados? Quando?

A seguir — ao que li e ao que me contaram — tanto em Braga, como depois contra o Sporting, o FC Porto acusou sobremaneira o cansaço do onze mais utilizado, perdendo o primeiro jogo e ganhando periclitantemente o segundo. E aí chegamos a um outro problema, que já vem da época passada e que aparentemente se repete este ano, apesar de mais onze reforços comprados no mercado de Verão, toda uma equipa: Jesualdo não dispõe de suplentes, não apenas ao nível dos titulares habituais, mas ao nível exigível para suplentes de uma equipa que disputa a Champions e o penta-campeonato. Com tantos e tantos jogadores de categoria por aí emprestados ou dispensados de borla, olha-se para o banco do FC Porto e suspira-se de impotência. E amanhã, num jogo que é absolutamente necessário vencer contra o Atlético de Madrid, e com as baixas de Fernando, Varela e Rodriguéz, adivinhem quem é que Jesualdo Ferreita tem para os substituir? Guarín, Mariano e Farías. Um trio que mete medo!

Vale ao FC Porto que o Atlético de Madrid atravessa um péssimo momento, de resultados e exibições, e que conseguiu até a proeza de empatar a zero, em casa, contra o Apoel de Chipre — os tais que, em tempos idos, encaixaram 16-0 do Sporting, em Alvalade. Mesmo assim, e desfalcado daqueles três, com Raul Meireles a arrastar-se, segundo rezam as crónicas (e que mal reforçado que foi o meio-campo, que tanto precisava de bons reforços, ainda mais depois da saída de Lucho!), o grande problema amanhã vai ser o habitual: construir jogadas para golo. Mas tenhamos fé, porque a vontade de vencer e o espírito de conquista, esses, felizmente, nunca morrem por ali.

E é bom estar de volta e poder seguir intimamente o meu FC Porto. Mas não só: também estou muito curioso de ver, porque ainda não vi, o novo Benfica, que dizem transfigurado, uma máquina de futebol e golos, apontada a uma vitória certa entre muros. E também a surpresa deste início de campeonato (todos os anos há uma, que rapidamente se esfuma…): o Sportingt de Braga. Quero ver com os meus olhos se as tais seis vitórias a abrir são fruto do mérito, da sorte, das circunstâncias ou de tudo um pouco. Este ano chego atrasado, mas espero bem que ainda muito a tempo de ver o melhor da época. E isso inclui a qualificação da Selecção para a África do Sul.

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Liga Sagres - Classificação

Capas de 28 de Setembro de 2009


O mais importante

Há um lugar-comum que garante que o próximo jogo é sempre o mais importante. Ora, como me disse uma vez um antigo chefe de redacção, os lugares-comuns são nossos amigos e por isso mesmo convém não abusar deles. Ainda assim, é indesmentível que o próximo jogo do FC Porto é o mais importante dos últimos e dos próximos tempos, especialmente depois de o triunfo sobre o Sporting ter demonstrado que nem tudo está bem com os tetracampeões nacionais. A visita do Atlético de Madrid ao Dragão acontece numa altura crucial, sobretudo considerando que os espanhóis são adversários directos dos portistas na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final da Champions. Sem poder contar com Fernando, Rodríguez e Varela, com Raul Meireles e Mariano limitados ao rendimento mínimo aceitável, Jesualdo Ferreira tem um enorme e apertado nó para desatar. Em contrapartida, se conseguir vencer com as limitações que a equipa sente agora estará a dar um pequeno passo na Champions, mas um passo gigantesco para a construção da equipa.

Jorge Maia n' O Jogo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Sub-12: Porto empata

A equipa sub-12 do FC Porto empatou este sábado 1-1 no terreno do Rio Tinto, em encontro da primeira jornada da série quatro do Campeonato Distrital de Juniores D – II Divisão. O marcador do golo portista, aos 35 minutos, foi Ricardo Schutte.

O treinador Raul Jorge fez alinhar a seguinte equipa: Daniel, Bruno Lopes (Marcelo, 37m), Gonçalo, Pedro Marques, Diogo Portela, João António, Scholles, João Bola, Ricardo Schutte, Ricardinho (Pedro Pereira, 44m) e Bruce Iuri (Casimiro, 27m).

Sub-13: Porto vence

A equipa sub-13 do FC Porto goleou este sábado o Salgueiros por 7-0, em encontro da primeira fase do Campeonato Distrital de Juniores D – II Divisão. Os marcadores foram Bruno Almeida (1m e 22m), Francisco Sousa (34m), Vítor Costa (47m), Eiras (52m), João Alves (57m) e Bruno Costa (58m).

Os Dragões marcaram na primeira oportunidade de golo de que dispuseram, aos 47 segundos, por Bruno Almeida, de livre directo. Ao intervalo, o resultado era de 2-0, mas no segundo tempo os portistas melhoraram a eficácia e construíram a goleada.

Sub-17: Porto vence

A equipa sub-17 do FC Porto venceu este sábado no terreno do CD Candal por 2-0, em encontro da quinta jornada da série B do Campeonato Nacional de Juniores B. Os marcadores foram Tó Zé (15m) e Alexandre (17m).

Os Dragões criaram várias oportunidades de golo na primeira parte, marcando, no entanto, apenas dois golos. No segundo tempo, o desafio foi mais dividido, mas os portistas mantiveram sempre o controlo e domínio de jogo.

O treinador Pedro Emanuel fez alinhar a seguinte equipa: Igor Rocha, Ruben Teixeira, André Teixeira, Tiago Ferreira, Gil Santos, Paulo Jorge (João Novais, 60m), Ricardo Catarino, Ricardo Alves, Joaquim Lupeta (Fábio Martins, 65m), Tó Zé e Carlos Alexandre (Erik Gray, 50m).

116º ANIVERSÁRIO

O FC Porto festeja esta segunda-feira, dia 28 de Setembro, o seu 116º aniversário. As comemorações incluem os seguintes eventos:

11h00 – Hastear da Bandeira no Estádio do Dragão, seguido de imposição de coroas de flores, no hall junto aos elevadores (piso -3), nos bustos de Rui Filipe e Pavão;

12h15 – Missa na Igreja das Antas;

13h00 – Almoço com todos os Campeões de 2008/09, no Dragão Caixa.

Capas de 27 de Setembro de 2009



sábado, 26 de setembro de 2009

Andebol - Porto perde

O FC Porto Vitalis disputou, este sábado, a 3ª jornada do campeonato, tendo saído com apenas um ponto do Pavilhão Dragão Caixa. Os azuis e brancos foram derrotados pelo Xico Andebol, por 29-33.

Liga Sagres - Porto vence

FCPorto 1 - sporting 0.

Porto vence Supertaça António Livramento






O FC Porto conquistou hoje a 17.ª Supertaça António Livramento da sua história – a quinta consecutiva –, ao bater o Benfica por 6-4, num encontro disputado em Viana do Castelo. Os golos dos octacampeões nacionais foram apontados por Pedro Moreira, Pedro Gil, Jorge Silva, André Azevedo e Emanuel Garcia (2). Ao intervalo, o marcador registava 2-2.

Capas de 26 de Setembro de 2009






sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Capas de 25 de Setembro de 2009


Críticas? Sorrio com algumas e desprezo outras

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

O momento do FC Porto, com duas derrotas consecutivas, tem sido propício para se criticar algumas opções de Jesualdo Ferreira. Ainda não se fala de crise, porque, como o técnico explicou, foram derrotas em competições diferentes, mas são precisamente essas duas competições que se atravessam nos dois próximos jogos: o Atlético ficou para depois, sobrando apenas o Sporting e tudo o que anda à volta do clássico. Com destaque inevitável para a arbitragem de Duarte Gomes. Mas, antes disso, a tal conversa das críticas...

Como é que convive com as críticas, depois de três campeonatos ganhos e das boas campanhas na Champions, a seguir a duas derrotas que parecem querer pôr tudo em causa?

Acho que convivo bem, ou já me tinha ido embora. É evidente que algumas me provocam sorrisos, outras desprezo e outras ainda não as consigo entender, embora saiba, muitas vezes, os factores subjacentes a determinado tipo de questões. Mas, concluindo, não vale a pena ganhar três campeonatos e taças e fazer o que se fez, porque, no dia em que se perde um jogo, tudo é limpo, passa a zero, e é neste quadro que vivo e que vou continuar a viver.

FC Porto e Sporting estão pressionados pelo facto de Benfica e Braga estarem na frente?

Em relação ao FC Porto não, do Sporting não sei. Estamos com os olhos bem abertos. Mas, por que razão me está a fazer essa pergunta?

Porque, no ano passado, por esta altura, o FC Porto também estava a tentar chegar ao primeiro lugar...

O FC Porto, no ano passado, tinha menos um ponto. Tinha perdido um jogo da Champions e o alarido, naquela altura, era feito no sentido de tentar que o FC Porto não recuperasse a equipa que tinha ganho o campeonato com 20 pontos de avanço, era importante pressionar. Neste momento é igual, e sabem que é igual. Temos de continuar a fazer o nosso papel, o nosso trabalho, construir a nossa equipa. Jogar com as lesões, a integração dos jogadores, ultrapassar as nossas próprias exigências diárias e as do clube e ganhar os jogos.

Esta semana, Raul Meireles disse que o Sporting era o adversário ideal para dar a volta...

E é verdade. É o ideal porque é o próximo.... Mas, sobre as últimas derrotas, vamos ver se nos entendemos: que eu saiba, o FC Porto não perdeu dois jogos seguidos na Champions, nem perdeu dois jogos seguidos no campeonato. Ainda hoje [ontem] voltei a ver uma série de coisas com números. Jogamos com os números como queremos. O FC Porto perdeu um jogo no campeonato e é isso que estamos aqui para discutir. A Champions é outra competição, não vamos misturar as coisas. O FC Porto perdeu um jogo em Braga e o que temos de discutir é isso: vem de uma derrota em Braga e tem o Sporting a seguir. Estas coisas tanto se prolongam muito tempo - as duas derrotas consecutivas - como rapidamente se eliminam e se fala apenas de uma.

Pois, mas vem aí o jogo com o Atlético de Madrid, que implicação tem uma eventual derrota com o Sporting?

Nessa altura veremos. A implicação discute-se na conferência depois do jogo com o Sporting e antes do do Atlético de Madrid. Façam-me essa pergunta depois do jogo com o Sporting e antes do jogo com o Atlético de Madrid. Antes, não faz sentido perder tempo com situações que ainda não aconteceram.

A ausência de Varela é um golpe duro para a sua estratégia?

Foi mau, péssimo, especialmente para ele. É mau para a equipa, mas é como perder outro qualquer. Sei lá se não vou perder outro até amanhã... Perder jogadores é sempre perder opções, capacidade para ser mais forte, nunca é uma boa notícia.

António Soares n' O Jogo.

Lavagem completa, se faz favor

Eu, que não sou treinador, e que por isso estou autorizado a impressionar-me à vontade com Hulk, acho que ele só precisa de um daqueles golpes de génio para acabar de vez com esta associação directa a árbitros e erros de arbitragem, ainda que eles possam ser, como têm sido, factuais e indiscutíveis. Ou seja, Hulk precisa mesmo da tal lavagem, um termo usado ontem por Jesualdo e que começou por me esfregar o cérebro. Mas, depois de bem ensaboado, não é que acabou a fazer todo o sentido? Nem mais: Hulk precisa de uma lavagem que ajude a descolar rótulos recentes, os quais, de tão batidos e repisados, acabaram por prejudicar mais do que ajudar, secundarizando o essencial. E o essencial, em Hulk, é o futebol que lhe tem faltado nos pés. Para grande azar de quem não é treinador e, digamos, se entusiasma com essas coisas...

Hugo Sousa n' O Jogo.

A herança londrina

DEPOIS de Londres, Jesualdo deveria ter tirado algumas conclusões. Não o fez, talvez por achar que o jogo correra bem, algo que, a meu ver, só acontecera nos últimos vinte minutos em que optara pelo seu sistema habitual. É verdade que, em Braga, deixou Mariano e Rodriguez de fora, optando por Varela e Falcao como titulares. Mas, ao regressar ao seu desenho táctico, escolheu um meio-campo defensivo, sem nenhum criativo.
Quereria premiar Guarín, mas o colombiano transporta bem a bola e tem força, mas não é um bom distribuidor de jogo. Por isso, só poderia ter sido titular à custa de Meireles, que, como vai sendo hábito este ano, se fartou de asneirar. Curiosamente, Belluschi voltou a ficar 90 minutos no banco e Valeri não faz parte das opções do professor… Todos esses equívocos no meio-campo fizeram com que a linha avançada do FC Porto tivesse que buscar a bola a 40 metros da baliza adversária, o que limita a prestação de jogadores como Varela, Hulk e Falcao. Hulk, em particular, não sabe jogar de costas para a área e não havia quem lhe fizesse um passe longo que o fizesse ganhar, em corrida, aos defesas que o marcavam. Além disso, parece ter entendido mal os recados do treinador e o mais que dele se viu foi que se entreteve a adornar as jogadas, a tentar «quaresmices» e a simular faltas.

O FC Porto, que passara a primeira parte sem criar uma única situação de perigo, regressou do balneário com a mesma disposição táctica, o que não admira, porque para Jesualdo é tabu mexer na equipa antes dos 60 minutos. E, com a dupla substituição, as coisas ainda se complicaram mais, porque Rodriguez, que substituiu Meireles, também não era o organizador de jogo de que o FC Porto precisava, e também porque o Braga marcou de seguida, o que lhe permitiu fechar mais as suas linhas.

Jesualdo reconheceu a justeza da derrota mas não encontrou explicação para a exibição, que apelidou de irreconhecível. Ora, houve desde logo um problema com a linha média, mas há um problema de forma de alguns jogadores, que não se limita a Hulk e Meireles. Fucile não tem velocidade, o que lhe causou grandes contratempos defensivos, Helton voltou a não fazer tudo o que é exigível, Rodriguez ainda não tem velocidade. Ou seja, e como Jesualdo reconheceu, há um problema no FC Porto, mas talvez se possa recordar que ele não era tão visível antes de mexer na equipa.

Por outro lado, o FC Porto defrontava o tal Sporting de Braga que dizem que joga mal, mas que, como eu prevenira, é uma equipa bem treinada e com muito bons jogadores que, ainda por cima, apostam tudo na entreajuda. Os desgarrados jogadores do FC Porto perderam contra uma equipa que jogou como equipa. Agora segue-se o Sporting e o Atlético de Madrid. São jogos diferentes, e o FC Porto parte, para ambos os embates, como favorito. Será sem grandes invenções, escolhendo os melhores e com o tal espírito que tem faltado que o FC Porto ganhará ambos os jogos.

Um problema recorrente

A forma como Helton actuou em Braga, e não escrevo isto apenas pelo 'frangolo' que sofreu (dando um passo à frente para tentar defender uma bola alta e fácil é um erro de principiante) mas também pelas suas 'movimentações', obriga-me a voltar a escrever sobre um jogador que, ainda por cima, aproveitara uma boa exibição para logo falar de mais...
Gostaria de saber por que razão o FC Porto mandou Ventura estagiar para Olhão e adquiriu Beto, que não é um jogador da nossa formação. É que se não veio para disputar a titularidade, se o seu destino é o banco ou um lugar na bancada, mais valia ter poupado o investimento, ou ter contratado alguém que estivesse à altura das aspirações do clube.

O candidato esquecido

COMO escrevi na última crónica, a equipa do Sporting de Braga e o seu treinador não mereciam a desvalorização de que estavam a ser alvo por parte da imprensa, por contraste com a equipa do ano passado.
No sábado, percebeu-se que, haverá um quarto candidato ao título, ainda que reste saber se Domingos conseguirá jogar, com os mais pequenos, como tem jogado com os grandes.

E, a quem o tenta ridicularizar por ser grato ao FC Porto, lembro que Rui Costa também não gostava de ganhar ao Benfica, mas isso não o impedia de fazer o seu melhor quando estava ao serviço de outra equipa. É esse carácter e essa lealdade que distinguem os grandes desportistas dos melhores mercenários.

O 'penalty' evidente

FOI só depois de ver a segunda repetição que verifiquei que Alvaro Pereira cometera uma infracção sobre Alan. Na imagem corrida, parecera-me que Alvaro Pereira tocara a bola antes de ser abalroado por Alan e não vira que o defesa impedira a progressão do avançado, elevando a perna.
Quer-me parecer, por isso, que o lance está longe de ser evidente, ao contrário do que já li, e compreende-se a dificuldade do árbitro em interpretar o que sucedeu.

É nessas jogadas que a equipa de arbitragem é vítima da falta dos meios técnicos que nós, os espectadores, e também a crítica, temos à nossa disposição, e que a eles são recusados.

E, como já se viu, é um problema que não se resolverá com mais árbitros.

A lavandaria do costume

ORA, já não precisei de repetições para ver que o penalty de Leiria foi fantasma. O árbitro, na dúvida, não descortinou o corte da bola pelo defesa leiriense, e assinalou uma falta que não existiu, tal como não existira a falta junto à lateral de que resultara o primeiro golo encarnado. A imprensa, essa, concluiu que foi uma vitória da raça… Pois, e vão quatro penalties em cinco jogos para este Benfica «à moda antiga». Também não precisei de repetições para ver o escândalo de Alvalade, onde o Sporting também foi favorecido e levado ao colo. A arbitragem já entrou no campeonato, interferindo nos resultados. Veremos o que acontece agora no Dragão, com a imprudente nomeação de Duarte Gomes.


Rui Moreira n' A Bola.

Factos & argumentos

PERCEBE-SE o que Jesualdo Ferreira quer dizer quando afirma que «o clube, os jogadores e os treinadores não convivem bem com as derrotas». Ele próprio não o consegue. Por exemplo, no final do jogo com o Sp. Braga, Jesualdo foi mais demolidor com o FC Porto do que Domingos Paciência a elogiar a sua equipa. Também se percebe: Jesualdo preparava, estrategicamente, a defesa. Ou seja, se alguém podia punir o plantel seria ele. O problema é que, com mais ou menos pedagogia, o resultado do jogo com o Braga foi inteiramente justo. E, justo ou injusto, não podia ter sido aquele, depois da derrota em Londres.
Outro problema que nasceu das declarações de Jesualdo foi a sua tentativa (conseguida) de separar a campanha da Champions da carreira na I Liga. Portanto, segundo Jesualdo, não houve duas derrotas consecutivas; houve, pelo contrário, uma derrota na Champions e, na semana seguinte, uma derrota na I Liga. Faz toda a diferença, não faz? Faz alguma. Por isso, será que pode perguntar-se por que razão o FC Porto jogou com o Sporting de Braga com uma linha parcialmente semelhante à que defrontou o Chelsea?

Contra estes argumentos, não há factos que resistam. Mesmo que sejam «bons factos», como aqueles que se esperam para este fim-de-semana, no Dragão. Sobre isso não vale a pena fazer futurologia, sondagens ou previsões. O Sporting leu Jesualdo. Esperemos, no nosso caso, que os jogadores tenham sobrevivido à pedagogia.

Volto a Hulk, para dizer que é cada vez mais fácil pespegar-lhe cartões amarelos e, em consequência, pô-lo fora de jogo. O epifenómeno conhecido por Apito Dourado (um julgamento popular e feito à medida) inaugurou um campeonato paralelo e original apenas aberto a árbitros: saber quem assinala mais faltas duvidosas contra o FC Porto e quem mostra mais cartões a jogadores da equipa. Quanto mais prejudicarem o FC Porto, mais pontos acumulam. No final, têm direito a aplauso e, quem sabe, a promoção na carreira. Para esta gente, os campeonatos de futebol deviam ganhar-se por televoto.

Francisco José Viegas, n' A Bola.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Capas de 24 de Setembro de 2009



A virtude do meio tinha nome

Diz-se que no meio está a virtude. E no meio-campo do FC Porto ela até tinha nome: chamava-se Lucho. Descobre-se agora, à falta dele, que o pior Lucho - e viu-se essa face negra algumas vezes - talvez fosse melhor do que o melhor que algumas das alternativas têm oferecido. Ponto para Jesualdo nisto. Não custa reconhecer que, se calhar, a tal insistência na titularidade de Lucho, mesmo quando se tornava evidente que o argentino não estava bem, era mesmo um mal necessário. A conclusão a que O JOGO chega hoje pode até nem ser definitiva, mas será, entre outras, uma explicação válida: Guarín e Belluschi cumprem, cada um, metade das tarefas que Lucho assumia sozinho. Um defende, o outro ataca. O problema não começa, nem termina nos dois. Já disse uma vez, e repito, que Meireles é formidável a duas velocidades: rápido e rapidíssimo, mesmo que agora isso pareça ironia pelo momento de forma menos bom. Mas, o meio-campo do FC Porto também precisa de quem saiba assumir a batuta noutros ritmos mais pausados.

Hugo Sousa n' O Jogo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Capas de 23 de Setembro de 2009



Castas

Há quem goste de separar os jornalistas em castas, mantendo os que trabalham em jornais desportivos afastados dos restantes, assim como se fossem "intocáveis", para não lhes macular a superioridade ética e a firmeza deontológica que lhes sustenta o ar grave e afectado com que desdenham o jornalismo que se faz por aqui. Ora, todo este lamentável caso das alegadas escutas em Belém, mais as respectivas notícias alegadamente encomendadas e devidamente plantadas tiveram o condão de quebrar o feitiço, revelando aquilo que, deste lado, sempre soubemos: a seriedade do jornalismo e dos jornalistas não depende do carimbo que lhes colam. Claro que os jornalistas ditos desportivos não falam com assessores do Presidente da República, mas, bem vistas as coisas, talvez seja melhor assim. Quer para os jornalistas desportivos, que evitam passar vergonhas; quer para os assessores do Presidente da República, que se lidassem com jornalistas desportivos talvez ainda o fossem.

Jorge Maia n' O Jogo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Capas de 21 de Setembro de 2009



Falta de comparência

É curioso como duas derrotas tão parecidas podem ser completamente diferentes. O FC Porto perdeu em Braga por apenas um golo, tal como aconteceu em Stamford Bridge e, tal como Anelka foi feliz no ressalto que lhe permitiu bater Helton à segunda, também Alan teve sorte no ligeiro desvio de Varela, suficiente para transformar o cruzamento num remate e bater o guarda-redes portista. O que separa a derrota frente aos minhotos da sofrida em Londres é o facto de, em Braga, o FC Porto nunca ter feito por merecer outro resultado. Se conseguiu olhar nos olhos o todo-poderoso Chelsea, teve de se por em bicos de pés para se equivaler ao Braga e, mesmo assim, só nos últimos dez minutos de uma partida na qual fez quase sempre figura de corpo presente. Ora, o Braga é uma excelente equipa, mas não é o Chelsea pelo que a explicação para a diferença entre os dois jogos se deve procurar no FC Porto, na inadequação de Guarín, no esgotamento de Raul Meireles ou na inconsequência de Hulk. Seria injusto para o Braga dizer que foi o FC Porto que perdeu o jogo, mas é certo que foi o FC Porto que abdicou de o discutir. E um campeão não pode perder jogos por falta de comparência.

Jorge Maia n' O Jogo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Liga Sagres - Porto perde

Braga 1 - FCPorto 0.

Capas de 19 de Setembro de 2009



Dragão é símbolo de força e conquista

Avesso a polémicas, sem uma palavra sobre a actualidade desportiva do FC Porto e com escassas referências aos adversários do costume, foi um Pinto da Costa tranquilo aquele que foi recebido por cerca de duas centenas de adeptos na inauguração da 133ª Casa do clube, por sinal construída em Alfena, a poucos quilómetros da cidade do Porto.

A propósito dessa proximidade, o presidente portista fez expressar a admiração por "quem teve de lutar para ter um cantinho azul e branco aqui, às portas do Porto", mas também fez questão de frisar que o FC Porto já ultrapassou há muito as estreitas fronteiras da cidade que lhe serve de casa. "É por isso que vestimos de azul e branco e não de verde, que é a cor da nossa cidade: porque desde a sua fundação, o FC Porto sempre foi um clube de dimensão nacional."

Uma dimensão que, alegou Pinto da Costa, há quem se esforce por não reconhecer. "Não devo ser muito bom a matemática", atirou. "Afinal, há um clube com seis milhões de adeptos, outro com três, e vários com meio milhão e, pelas minhas contas, já ultrapassámos os dez milhões de adeptos sem que nenhum seja do FC Porto. Mas as estatísticas mostram que há cada vez mais dragões, e cada vez dragões mais jovens", referiu, sem, contudo, se esquecer dos mais velhos. "Temos de olhar ao exemplo do sócio mais antigo, o sr. Manuel Moreira, aqui de Alfena, porque é com a perseverança de décadas sem ganhar que é possível manter a chama do dragão acesa."

E, ainda a propósito de idade, Pinto da Costa sempre foi dizendo que "nada nem ninguém é eterno", acalmando dessa forma os inúmeros pedidos para que nunca deixe a presidência do clube. "Não é por ser este ou aquele presidente, este ou aquele treinador, que o FC Porto vai deixar de ganhar", garantiu, recordando a todos que "o dragão é um símbolo de força e de conquista". Uma força e uma conquista que deverão ser colocadas à prova amanhã, quando a equipa discutir, com o Braga, o primeiro lugar do campeonato.

António Soares n' O Jogo.

Benfica está forte mas não mais que o FC Porto

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Curto e incisivo. Jesualdo Ferreira falou do Benfica, Braga e Champions, mas a ideia-chave foi uma: o FC Porto tem condições para fazer ainda melhor do que na última temporada.

Depois da exibição em Londres, considera que o FC Porto é a equipa mais consistente em Portugal?

Como sabem, não é isso que toda a gente diz e profetiza... Mas isso não nos preocupa. Temos analisado aquilo de que somos capazes de ser no presente e aquilo que pretendemos fazer no futuro. Ainda estamos muito longe dos patamares competitivos desejáveis, do equilíbrio, potencialização táctica... Para isso, precisamos de tempo, indiscutivelmente. Sinto que este grupo pode crescer, e que o crescimento natural dos jogadores levará a isso mesmo. Acredito que vamos ter uma equipa tão ou mais forte do que na época passada.

O facto da opinião pública/comunicação social não colocar o FC Porto no topo das prioridades acaba por ser benéfico para a sua equipa?

Acho que há duas leituras que se podem fazer sobre esse assunto: ou já se habituaram que o FC Porto não precisa de ser falado porque ganha mais vezes, ou não interessa falar no FC Porto. Sendo assim, como é importante ter sempre assuntos novos para discutir, falam de outras coisas...

Considera que a concorrência está mais forte esta época?

Nós tivemos sempre concorrência. O que distanciou os três candidatos foi o facto de termos ganho mais vezes. E até ao momento, só houve uma equipa que ganhou mais do que nós... Se bem se recordam, no primeiro ano, o FC Porto ganhou com um ponto de avanço, mas venceu mais vezes; no segundo ganhou com 20 e voltou a vencer mais vezes; no terceiro ano ganhou com quatro pontos e também venceu mais vezes. Por isso, dependemos apenas de nós para continuar a ganhar mais jogos do que os nossos adversários.

Como referiu, ao longo dos últimos três anos, o FC Porto ganhou mais vezes, teve o melhor ataque e a melhor defesa. Esta época ainda não tem nada disso...

Isso não quer dizer nada. Ainda estamos na quarta jornada. Não se esqueçam que o FC Porto fez 10 golos em três jogos, ou seja, se mantivermos esta média vamos conseguir um bom registo final.

Considera que o Benfica está mais forte do que na última época?

Neste momento está...

Mas está mais forte do que o FC Porto?

Isso já não digo... O número de pontos é igual, assim como o número de vitórias e empates. Para além disso, a análise dos golos não é importante e é perfeitamente irreal neste momento.

Pedro Marques Costa n' O Jogo.

A ameaça do professor

Os atractivos do jogo entre o Braga e o FC Porto não se esgotam na frenética luta pela liderança do campeonato. No menu desta noite há um ingrediente suculento que envolve a série de vitórias consecutivas do Braga, que vai em quatro e ameaça tornar-se recorde em caso de mais uma, e Jesualdo Ferreira. Explique-se. O Braga de Domingos Paciência arrancou como só um Braga tinha arrancado até aqui. Foi o de Manuel Cajuda, na época de 2000/01, em que, tal como agora, quatro vitórias seguidas puseram os bracarenses na liderança. E é aqui que entra Jesualdo Ferreira. Quando Cajuda procurava o quinto êxito, Jesualdo Ferreira travou-lhe a loucura. O Alverca, treinado pelo professor, empatou no 1º de Maio. Nessa mesma jornada, a quinta, José Mourinho estreava-se como treinador principal, aos comandos do Benfica, com uma derrota mínima frente ao Boavista, no Bessa. A tarefa de Jesualdo Ferreira esta noite é mais ou menos a mesma de há nove anos: travar o Braga. Um travão que servirá de alavanca ao primeiro lugar. Mas, o nome de Jesualdo Ferreira cruza-se mais vezes com o tema das vitórias consecutivas do Braga. É que também ele, como técnico bracarense na época de 2005/06, a última antes da transferência para o FC Porto, conseguiu o mesmo feito de Manuel Cajuda e, agora, de Domingos: quatro seguidas. Aliás, se metermos a Taça de Portugal nas contas, Jesualdo Ferreira até tem cinco vitórias consecutivas no Braga. Esta noite há actualização de dados.

Tomaz Andrade n' O Jogo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Capas de 18 de Setembro de 2009



Uma questão de marketing

Já não sei onde foi que ouvi dizer que tudo o que separa um rato de um hámster é o marketing, mas lembrei-me da frase quando passava os olhos pelos jornais de ontem. De um lado, o tom de reprovação em relação a Jesualdo Ferreira, acusado de mexer na equipa do FC Porto para se adaptar ao Chelsea. Do outro, os elogios a José Mourinho pela forma como o Inter foi capaz de resistir ao Barcelona. Ou seja, o treinador do campeão português é criticado pela falta de ambição que se deduz do pecado de mexer na equipa para a deslocação ao terreno do líder do campeonato inglês, uma das equipas mais ricas e mais fortes do futebol mundial. Em contrapartida, o treinador do todo-poderoso campeão italiano é elogiado pela forma inteligente como resistiu ao Barcelona, segurando o nulo no marcador na recepção aos campeões europeus. Com recursos completamente diferentes à disposição, tanto Jesualdo Ferreira como José Mourinho fizeram exactamente o mesmo. Conclusão: ao que jogou fora de casa, frente a um adversário várias vezes mais poderoso, faltou ambição; ao que jogou em casa frente a um adversário equivalente, sobrou inteligência. Digam lá se não é tudo uma questão de marketing.

Jorge Maia n' O Jogo.

Uma derrota tolerável

O FC Porto voltou a perder em Stamford Bridge onde, como vai sendo hábito, jogou bem e deixou a ideia que o desfecho poderia ter sido outro. Uma derrota destas não deslustra, como aliás se comprova pelas declarações do treinador adversário e pelos ecos na imprensa internacional, mas não pode ser tomada por um bom resultado. Este FC Porto é uma equipa que nunca se conforma com a derrota e este é um clube que deixou de acreditar nas vitórias morais há trinta anos.
Preferíamos todos, naturalmente, que o FC Porto tivesse ganho, mesmo que o tivesse conseguido jogando mal. Ainda assim, e a frio, depois da ressaca ter passado, dificilmente se poderia exigir mais da equipa. É fácil, agora, e injusto, criticar as opções de Jesualdo, dirão muitos portistas, para quem a boa exibição é um bom augúrio para os próximos jogos da Liga dos Campeões, e todos convirão que para ganhar em Londres teria sido preciso que tudo corresse na perfeição, o que depende da sorte, das opções tácticas e, também, do desempenho individual dos jogadores.

Não vou, por tudo isso, censurar as opções que foram feitas, e muito menos criticar este ou aquele jogador, porque até os menos felizes — que os houve de facto — jogaram com brio e arreganho. Prefiro, desta vez, elogiar aqueles que melhor jogaram. Helton, que tantas vezes critico quando falha num ou outro jogo, fez de salva-vidas no charco londrino. Guarín, a quem finalmente foi dada a oportunidade de jogar no lugar que mais lhe convém, explicou porque razão, apesar de pouco utilizado, continua no clube e faz parte da selecção colombiana. Varela foi, também ele, um dos jogadores que melhor jogou, desmentindo quem se preocupava com a sua pouca experiência.

Jesualdo tem razão quando diz que, nos últimos minutos, encostou os ingleses às cordas, mas fica-nos um certo travo amargo por não se terem concretizado as oportunidades de que o FC Porto então dispôs, e a dúvida se essa superioridade não terá acontecido por, então, a equipa estar a jogar na sua táctica habitual, o se o desfecho não teria sido outro se essa tivesse sido usada de início. Jesualdo explicou a sua opção por reforçar e alargar o meio-campo para tentar limitar as incursões dos laterais adversários pelas alas. Mas, foi quando Varela entrou em jogo, com uma atitude que a sua pouca experiência não deixaria adivinhar, que os laterais ingleses deixaram de arriscar as subidas.

A verdade é que a equipa está a crescer e terá, em breve, argumentos para replicar os feitos do ano passado. Para conseguir isso, será preciso que algumas das suas peças fundamentais apurem a sua forma, já que pouco mais se pode exigir aos recém-chegados. Veremos o que acontece daqui a duas semanas, no jogo no Dragão com o Atlético de Madrid, que não conseguiu melhor que um empate a zero contra os cipriotas e que agora precisará de jogar aberto para ganhar.

'Frangos' e incómodos
HELTON que está, justamente, na berlinda depois da imaculada exibição londrina, veio dizer que «só criticam quem incomoda». Pois o simpático jogador tem toda a razão. Só posso falar por mim, mas pode ter a certeza que, de facto, só critico negativamente o que me incomoda. Ora, o que me incomoda não é Helton: são os frangos que por vezes tem dado, e que comprometem o trabalho da equipa e o resultado dos jogos, principalmente quando me parecem displicências. Quando, pelo contrário, cumpre a sua missão e exibe todas as suas qualidades, nada me incomoda. E sempre que marca a diferença, como foi o caso em Londres, notará que a única referência que faço é, como acima constatará, muito elogiosa.

Como fechar o trinco
COM a expulsão de Fernando, e não sendo previsível que a disciplina da UEFA corrija o erro do árbitro, que se equivocou no primeiro cartão que resultou de uma falta de Guarín, Jesualdo Ferreira passa a ter um problema difícil, por não ter, nos jogadores inscritos, qualquer candidato natural ao vértice defensivo do triângulo do meio-campo. Por isso, é previsível que se veja obrigado a inverter o vértice desse triângulo ou, em alternativa, opte por jogar com um meio-campo reforçado com um quarto jogador. Não me parece que Meireles, que está melhor mas a quem ainda falta fulgor físico, ou Tomás Costa, cuja passagem por esse lugar não deixa saudades, possam resolver esse problema.

Mingos e os samurais
AGORA, segue-se mais um jogo difícil em Braga, em casa do comandante do campeonato que, ao contrário do que transparece, ainda não é o Benfica. Diz-se que a equipa bracarense não joga tão bem como na época passada, em que era treinada por Jesus, e que tem sido ajudada pelas arbitragens. Ora, eu desconfio dessa lógica e, pelo que vi, por exemplo em Alvalade, o Sporting de Braga é uma equipa bem estruturada, com alguns valores individuais de grande qualidade. Ainda por cima, é treinada por Domingos Paciência, um homem discreto e humilde, e que não goza, por isso, dos favores da imprensa e dos louvores dos comentadores, mas que tem o hábito de surpreender os maiores.

A justiça depenada
COMO se esperava, quem antes gabava a justiça desportiva, anda incomodado com as leis e com os tribunais. Afinal, queriam uma justiça justiceira, mas as contas saíram-lhes furadas. Definitivamente, as escutas telefónicas não podem ser utilizadas como meio de prova em processos disciplinares, como é o caso do Apito Final. Ora, mesmo sabendo que Ricardo Costa alega que as penas aplicadas nos processos que envolvem o Boavista FC e o FC Porto não se fundamentaram apenas nesse meio de prova, a verdade é que a Comissão Disciplinar da Liga o utilizou, de forma imprudente e pouco avisada. Mais não seja por isso, espero que o FC Porto não prescinda de qualquer dos seus direitos.

Rui Moreira n' A Bola.

Marcar golos

1 Este fim-de-semana, o FC Porto joga em Braga depois de uma presença especialmente importante na Liga dos Campeões; poder-se-ia pensar que a equipa iria desmoralizada para Braga, mas convém fazer contas. Que são estas: a derrota com o Chelsea não pesou no ânimo da equipa (já lá vamos — não falemos de finanças por agora), com o Braga só contará realmente uma vitória. É uma situação estranha mas compreensível: na Champions, o FC Porto mostrou que joga de igual para igual com qualquer equipa, e ainda há jogos para o apuramento; na Liga, a corrida começou e cada fim-de-semana é uma etapa crucial até que aconteça uma de duas coisas — ou o mais directo competidor acusar o esforço ou o Braga ser ultrapassado. Leiam Sun Tzu, o da Arte da Guerra. Vem lá o essencial sobre estratégia, sobre táctica, sobre delegados da Liga e sobre política. Mas uma coisa não vem: como marcar golos.

2 Eu volto ao meu pecado original: vale a pena valorizar Hulk e deixar-lhe caminho aberto para a baliza? Vale. Hulk é peso bruto, velocidade e oportunidade. Teve, até agora, todas as coisas; mais uma, notável: no jogo com o Leixões, fez o passe que deu um golo depois de dois dribles e de uma corrida em pontas, o que significa que foi bem treinado para avaliar o seu próprio egoísmo. Mas às vezes o melhor perde-se em matéria de concretização. Um amigo referiu, durante o jogo do Chelsea, que ele tem pernas. Tem pernas. Mas, confesso, se eu procuro pernas, penso em Sharon Stone, não preciso das de Hulk. E é isso que todos nós, sentados no estádio, precisamos de Hulk: um passo em frente depois do fantástico jogo de pernas.

3 Belluschi e Falcao merecem o lugar (há quem diga que Guarín, mas só depois do jogo com o Chelsea). Mas entre um e outro há uma diferença: Belluschi usa a milonga (não o tango, que tem volteio, graça e uma história de arrependimento,); Falcao corre como um gaúcho em busca do prémio. Lisandro faz-me falta, porque tenho memória (ainda hoje choro Diego); mas Falcao procura a oportunidade como o vento no pampa.

Francisco José Viegas n' A Bola.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Capas de 17 de Setembro de 2009



Vénias e saltos

Um jornalista inglês, no final do jogo, perguntava a Carlo Ancelotti: "Como explica que o FC Porto tenha conseguido rematar aqui 17 vezes?" Ancelotti lá disse que o Chelsea fora bem amarrado no meio-campo e que depois do golo sentira dificuldades em parar a reacção portista. Pouco dados a ver para lá do próprio umbigo, os jornais ingleses reforçaram ontem a vénia aos portistas. Uma vénia inconsequente, porque não anula o resultado, mas, ainda assim, uma vénia. E justa. Desta vez, as alterações pensadas por Jesualdo para o onze fizeram sentido. Melhor ainda: tinham o peso e a medida certa para aquele jogo, mesmo que alguns dos jogadores tenham ficado abaixo das expectativas. Reconhecer que as opções pareceram adequadas não é incompatível com a distribuição de elogios a quem saltou do banco - Falcao e, sobretudo, Varela. Os dois confirmaram estar em forma e, em condições normais - que é como quem diz, em Braga -, deveriam passar à frente de outros. Falcao passa seguramente; Varela... merece passar.

Hugo Sousa n' O Jogo.

Helton - Críticas não me abalam

A opinião foi unânime: Helton foi a grande figura do FC Porto em Londres. Precisamente no mesmo palco onde há dois anos e meio se viu sujeito a críticas pela forma como sofreu o primeiro golo e na mesma cidade onde encaixou quatro golos no último dia de Setembro de 2008, diante do Arsenal.

Imune a pressões ou a fantasmas, o brasileiro personificou a tranquilidade em campo e, com um punhado de fantásticas intervenções, brilhou intensamente, alimentando a esperança num resultado positivo até ao fim. Ainda assim, não foi um jogo de raiva, garantiu. "Criticar é fácil, mas tirei sempre proveito de algumas coisas que lia a meu respeito. As críticas são feitas apenas a quem incomoda, mas tenho uma confiança imensa em Deus e nada me abala. Fico triste, mas sem raiva ou mágoa a quem quer que seja. O futebol é assim. Trabalhamos e, se incomodarmos, acabamos por ser visados", referiu, mostrando-se tranquilo e seguro do seu valor. "Estamos muito mais expostos e, como jogadores, não podemos opinar na escrita. Vocês [jornalistas] podem. Neste jogo de palavras, é preciso ter personalidade, perseverança e tirar proveito das críticas. É o que tenho feito", frisou.

Em relação ao desempenho da equipa em Stamford Bridge, o brasileiro destacou a personalidade e lembrou que "não é qualquer um que chega a Londres e encosta o Chelsea às cordas". "Mostrámos atitude e conseguimos jogar de igual para igual. Houve alguns momentos em que eles foram superiores, mas, nos 20/30 minutos finais, demonstrámos que tínhamos força e categoria para chegar com perigo à baliza deles", analisou.

O golo dos ingleses é que estragou uma noite que podia ter um desfecho diferente, e a culpa até foi de um francês. Helton recordou o minuto 48 do encontro. "Temos de ressalvar o mérito de um grande jogador. O Anelka sabe muito bem o que faz e não era qualquer um que, naquela situação difícil, faria o que ele fez", sublinhou.

Apesar da derrota, Helton considerou que o FC Porto começou a Liga dos Campeões de uma forma positiva, mas espera melhores resultados nos próximos jogos. "Temos de fazer o nosso trabalho e entrar para ganhar", disse em relação à visita do Atlético de Madrid e aos embates seguintes com o Apoel. O empate caseiro dos espanhóis com os cipriotas foi considerado bom para as contas do Grupo D pelo guarda-redes. "É um resultado que nos deixa à vontade. Eles empataram, e está tudo em aberto. Só o Chelsea é que beneficiou nesta jornada, mas ainda agora começou", recordou. E, por falar outra vez no Chelsea, Helton confia que, no Dragão, a história será diferente. "Porque não vencer? Temos de continuar com esse objectivo. É óbvio que sabemos da capacidade da equipa do Chelsea, mas temos capacidade para jogar de igual para igual", referiu.

Carlos Gouveia n' O Jogo.