terça-feira, 29 de março de 2011

Jorge Maia: Clássico por dentro e por fora

A única maneira de ganhar um clássico é marcar mais golos que o adversário. Acontece que, apesar dessa evidência, não falta quem tente marcar pontos por fora. Há pouco mais de uma semana, num diário desportivo surgiu a notícia do alegado interesse do FC Porto num jogador brasileiro. Havia declarações do empresário do atleta a garantir que, sim senhora, tinha recebido contactos dos portistas e até se apontavam valores para a concretização do negócio: qualquer coisa como oito milhões de euros. Ora, nem de propósito, alguns dias antes do clássico do próximo fim-de-semana o mesmo jogador aterra em Lisboa de mão dada com o mesmo empresário pronto para assinar pelo... suspense... Benfica. E, pelos vistos, por uma fracção daquele valor. Não tivesse o FC Porto desmentido de imediato a notícia original, não faltaria agora quem cantasse uma derrota retumbante dos portistas em mais um clássico com o Benfica. Assim talvez haja vergonha.


Capas de 29 de Março de 2011

António Simões n' A Bola

Miguel Sousa Tavares n' A Bola



segunda-feira, 28 de março de 2011

Basquetebol - Resultados da formação

Torneio Nacional de Sub14 Masculinos
FC Porto-Ovarense, 49-33

Campeonato Distrital de Sub14 B Masculinos
FC Porto B-Alfenense, 44-49

Campeonato Distrital de Sub14 C Masculinos
FC Porto C-Juv. Pacense B, 51-44

Torneio Inter-Associações de Sub14 Femininos
GICA-FC Porto, 61-65

Campeonato Distrital de Sub14 B Femininos
CLIP B-FC Porto B, 31-59

Campeonato Nacional de Sub16 Masculinos
FC Porto-Guimarães Basket, 79-61

Campeonato Distrital de Sub16 B Masculinos
Maia BC-FC Porto B, 59-60
FC Porto B-Juv. Pacense A, 50-68
Campeonato Nacional de Sub16 Femininos
Vitória SC-FC Porto, 84-51

Campeonato Nacional de Sub18 Masculinos
AD Sanjoanense-FC Porto, 86-49
FC Porto-CD Póvoa, 84-59

Torneio Inter-Associações de Sub19 Femininos
FC Porto-SC Braga, 64-54

Campeonato Nacional de Basquetebol 1 (CNB1) Sub24 Masculinos
Salesianos-FC Porto B, 70-75

Hóquei em patins - Porto vence

Campeonato Nacional de Juniores
Juventude de Viana-FC Porto, 3-9
(João Souto, 3; Tomás Castanheira, 2; João Ramalho, 2; Henrique Magalhães; Pinheiro)

Campeonato Nacional de Juvenis 
FC Bom Sucesso-FC Porto, 4-8
(Afonso Santos, 3; Renato Castanheira, 3; Pedro Cerqueira; João Almeida)

Campeonato Nacional de Iniciados 
Académica de Espinho-FC Porto, 3-5
(Luís Melo, 3; Diogo Cardoso; Hélder Pereira)

Campeonato Nacional de Infantis
Infante de Sagres-FC Porto, 2-6
(Francisco Ribeiro, 4; Nuno Moreira; Miguel Guimarães)

Andebol - Porto vence

O FC Porto Vitalis encerrou a sua participação na fase regular do campeonato nacional de andebol com mais uma vitória. Em Resende, os Dragões bateram o SC Horta por 34-28. Segue-se agora a fase final, com as seis melhores formações portuguesas, em que os azuis e brancos vão lutar pela revalidação do título.

Formação - resultados do fim-de-semana

Sábado:

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D
FC Avintes-FC Porto, 0-3
(Michael, 2; Gabriel)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (segunda divisão)
Vilanovense-FC Porto, 2-2

Sub-10 A: Campeonato Distrital de Juniores E (futebol de 7)
FC Alpendorada-FC Porto, 0-8

Sub-10 B: Campeonato Distrital de Juniores E (futebol de 7)
EF Macieira da Maia-FC Porto, 2-2

Sub-9: Campeonato Distrital de Juniores E (futebol de 7)
FC Porto-Trofense, 4-5

Sub-8: Liga Mini do Futuro 
FC Porto-Geração SLB, 2-3

Domingo:

Sub-14: Campeonato Distrital de Juniores C (segunda divisão, segunda fase)
Nogueirense-Dragon Force, 0-3

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores C (segunda divisão, segunda fase)
Leça-FC Porto, 3-1

Capas de 28 de Março de 2011

Varela - Festejar na Luz é especial para os adeptos

Varela é o jogador do momento. Marcou um golo no último jogo do FC Porto, à Académica, e também foi dele o único golo da Selecção Nacional, anteontem, com o Chile. A O JOGO, abre o livro de uma época.


Já imaginou como é que vai festejar o titulo?
Mais ou menos... Aliás, até já sei. [risos] Mas não vou dizer o que vou fazer, porque primeiro é preciso ser campeão.Neste momento não adianta estar a fazer previsões do que vai acontecer.

Mas não lhe passa pela cabeça perder o título?
Não, claro que não. Isso não passa pela cabeça de ninguém. Só nos falta uma vitória, e sabemos que temos vários jogos para garantir esse triunfo.

Como se sente em vésperas de ser campeão pela primeira vez?
É um sonho que vai ser tornado realidade. Como devem imaginar, vou ficar extremamente feliz. Mas neste momento é difícil antecipar o que de facto vou sentir no dia em que formos matematicamente campeões. No entanto, já me imaginei a festejar com os adeptos, com aquele mar de gente que costuma encher as ruas do Porto. Até agora, só assisti a esses momentos à distância, através da televisão, mas sei que vou ficar radiante quando estiver lá no meio.

E há, no seio do plantel, um sentimento especial se o FC Porto for campeão no Estádio da Luz?
Na Luz ou noutro estádio qualquer, o importante é ganhar mais um jogo para ser campeão. O local em que isso vai acontecer não nos interessa muito.

Mas tem consciência de que, para os adeptos, seria um acontecimento especial fazer a festa em casa do Benfica...
Não tenho dúvidas de que é especial, mas queremos apenas vencer esse jogo, como qualquer outro, sem pensar em tudo o resto.

A equipa está preparada para o ambiente que se vai viver na Luz?
Temos de estar tranquilos. Sabemos o excelente trabalho que temos realizado, e os resultados comprovam-no, nomeadamente no campeonato, onde ainda não perdemos. Estamos confiantes e tranquilos para fazer um bom jogo.

Teme que possa haver problemas no túnel, tendo em conta os episódios mais recentes nos jogos entre as duas equipas?
Acho que não vai chegar a esse ponto...

Qual vai ser o resultado e quem marcará os golos?
Aposto na nossa vitória. Depois, quem marca interessa-me pouco. Seja eu, Falcao, Hulk, James ou Cristian, é igual; o importante é vencer.

Qual é a mais-valia desta equipa relativamente ao Benfica?
É o nosso colectivo. A equipa esteve sempre unida, mesmo nos momentos mais difíceis. Temos superado tudo. Para além disso, o treinador está sempre a motivar-nos e nós temos tido um grande querer em tudo o que fazemos, porque jogamos sempre com amor à camisola.

Terminar o campeonato sem derrotas é um objectivo?
Pensamos ganhar jogo a jogo e, no final, logo veremos... É um objectivo bonito, mas veremos se é possível concretizá-lo.

Durante esta época temos assistido a várias trocas de palavras entre André Villas-Boas e Jorge Jesus. Como é que os jogadores recebem essas declarações?
Eu, pelo menos, não ligo a isso. [risos] São situações que não me dizem respeito. Acho piada a essas conversas, mas passam-me completamente ao lado. Mesmo nós, os jogadores, não comentamos muito esse assunto no balneário. Acho que as pessoas que estão fora, como os adeptos, dão mais importância a essas trocas de palavras do que propriamente os jogadores das duas equipas. Mas compreendo que este aspecto também faz parte do jogo.

Ainda falta disputar seis jornadas, mas já ninguém duvida de que o FC Porto será campeão. O campeonato português é pouco competitivo ou o FC Porto é que está muito forte?
Acredito que somos nós que estamos muito fortes, quando comparados com as outras equipas do nosso campeonato. Temos de valorizar o trabalho que estamos a realizar, porque, de facto, a nossa época tem sido extraordinária.

Acreditava se lhe dissessem, no início da época, que o FC Porto ia chegar à 24ª jornada sem derrotas e com apenas dois empates?
Os resultados foram aparecendo, e agora resta-nos continuar no mesmo caminho para terminarmos a época em grande. A verdade é que poucas equipas conseguiram chegar ao final do campeonato sem derrotas... Esse é um feito fantástico e difícil de repetir. Mas vamos tentar.

O onze mais utilizado não é muito diferente da última época, mas os resultados sim. Afinal, o que mudou de um ano para o outro?
O míster trouxe um querer enorme à nossa equipa e incutiu um grande espírito de sacrifício em todos. Ele é um treinador próximo dos jogadores e conversa muito connosco. Está sempre interessado em saber a nossa opinião sobre todos os assuntos e oferece uma maior liberdade aos jogadores.

Sendo assim, há muitas diferenças entre André Villas-Boas e Jesualdo Ferreira?
Diferenças? [grande pausa] Como já disse, o André trouxe um grande querer à equipa, porque é muito ambicioso. Está sempre atento aos jogadores, ao que fazemos.

E em termos tácticos?
Por acaso, acho que o nosso estilo não foge muito ao que apresentávamos no ano passado.

Alguma vez encarou com desconfiança a idade de André Villas-Boas?
Não, não. Além disso, ele sempre soube lidar com essa situação e é um excelente treinador. Quando soube que ia ser ele, fiquei curioso. Felizmente correspondeu às minhas expectativas, e sinto que ele pode ter uma grande carreira como treinador, não só no FC Porto, onde já provou o seu valor, mas também lá fora, se assim o entender.

A chegada de João Moutinho foi importante para o FC Porto?
Para mim, foi a melhor contratação desta época. Sem dúvida. É um grande jogador e veio dar muita qualidade à nossa equipa. Está a fazer uma grande temporada e tem sido muito importante para os nossos sucessos.

O que sentiu quando soube da notícia?
Fiquei surpreendido, porque não estava à espera. Saiu de um grande clube como o Sporting para jogar num rival, algo que não é muito normal acontecer em Portugal. Foi uma grande surpresa.

Como é que ele reagiu, na altura, às acusações vindas do Sporting?
Esteve sempre tranquilo. Costumo partilhar o quarto com Moutinho nos estágios e sei que ele tem uma personalidade muito forte. Aguentou tudo isso com relativa facilidade.

Já agora, como tem seguido o actual momento do Sporting?
O Sporting é um clube grande que está a passar por um momento complicado. Deveria estar a discutir o título... Mas não está, e de certeza que vão chegar dias melhores. É lógico que faz falta um Sporting forte, até para tornar o campeonato mais interessante e competitivo.

Taça: porque não marcar mais de dois golos na Luz?


Numa época que parece estar destinada ao sucesso, com o campeonato quase ganho e a presença nos quartos-de-final da Liga Europa, escolher um momento difícil pode mesmo ser complicado. "O mais difícil? [pausa] Acho que não há nenhum. Tem sido uma época fantástica", atirou o extremo portista. O JOGO ripostou com a derrota sofrida em casa com o Benfica, a contar para a Taça de Portugal, mas Varela não se intimidou. A eliminatória está a meio e, mesmo que a viagem à Luz se afigure como muito complicada, face aos dois golos de diferença, perdida é que não está de certeza. "Não vejo essa derrota com o Benfica como o momento mais difícil da temporada. Nada está perdido na Taça de Portugal." Da mesma forma que a equipa encarnada conseguiu marcar dois golos no Estádio do Dragão, Varela também confia que é possível fazer o mesmo em casa dos rivais lisboetas. "Acreditamos que é possível dar a volta à eliminatória. Podemos ganhar no Estádio da Luz por mais de dois golos, até porque, como se costuma dizer, o futebol é uma caixinha de surpresas", afirmou. Seja como for, um finalista da Taça de Portugal já está encontrado: o Guimarães. E se o FC Porto não for à final, interrompe um ciclo de três temporadas consecutivas com presenças no Jamor.

Hulk brilha e Rolando ofusca

Varela tinha a resposta na ponta da língua quando surgiu a pergunta sobre quem está a ser o melhor jogador da Liga ZON Sagres: "Hulk, claro." Habituado a vê-lo fazer diabruras nos treinos, nos jogos são os adeptos que ficam extasiados com os arranques, as fintas e a velocidade estonteante do internacional brasileiro. "Escolho Hulk como o melhor do campeonato por tudo o que já fez, os golos, as assistências... Ele tem mesmo feito a diferença durante esta época", explicou Varela.

A sorte de Hulk é ter Rolando na mesma equipa. É que Varela garante que o defesa-central português é mesmo o mais difícil de ultrapassar. No Olival, o extremo sente as dificuldades na pele; e nas pernas. "O defesa mais difícil? Bem, vou escolher um que encontro todos os dias nos treinos. É Rolando. É muito complicado passar por ele", conta, sem conter um sorriso.

"Gosto da liga inglesa mas estou bem aqui"

Que balanço faz da época a nível individual?
Tem sido uma época muito boa, sobretudo para quem veio de uma lesão complicada, como foi o meu caso. Sinto que estou a a ter um ano espectacular, embora haja sempre margem para melhorar.

Já marcou nove golos. Tem a meta de ultrapassar os 11 da última temporada?
Nunca coloco os meus interesses pessoais em primeiro lugar. Com isto, quero dizer que em primeiro lugar penso sempre nos objectivos da equipa e depois encaro tudo o que vier como um extra. Apesar disso, seria bom ultrapassar essa marca, até porque era sinal de que tinha ajudado o FC Porto com os meus golos.

E como tem convivido com a concorrência de James?
Tenho aproveitado a concorrência, seja de James ou de Rodríguez, para tentar melhorar o meu jogo. É sempre bom ter grandes jogadores no plantel, porque faz aumentar o nível de exigência interna. E nós temos muitos: James, Rodríguez, Mariano ou Hulk, todos somos importantes para a equipa.

Está surpreendido com o rendimento de James?
É um miúdo com muito valor e que se adaptou bem ao clube. No entanto, ele ainda tem muito para crescer e, por isso, acredito que vai ser ainda melhor no futuro.

Fala-se do interesse de clubes estrangeiros em vários jogadores do plantel, mas nunca se ouve nada sobre o Varela. Consegue perceber porquê?
Não sei... [risos]. É uma pergunta difícil de responder, porque não faço a mínima ideia de como isso acontece.Ainda assim, acho perfeitamente normal que se fale lá fora de clubes interessados nos jogadores do FC Porto, porque isso só serve para comprovar a qualidade individual dos jogadores que formam esta equipa. No entanto, essas situações passam-me completamente ao lado. Quero é trabalhar bem e estar concentrado no FC Porto.

Já teve uma experiência no estrangeiro. Pensa lá voltar?
Neste momento sinto-me bem no FC Porto e só penso em continuar por aqui. Não estou obcecado com grandes voos, só em ser campeão. Sou ambicioso, gosto muito do campeonato inglês, mas sinto que ainda tenho muito tempo para lá chegar. Actualmente, só quero saber do FC Porto e nada mais.

Como é que o balneário encara o facto de, provavelmente, o FC Porto voltar a perder alguns dos jogadores mais influentes no final da época?
É uma situação normal... Os jogadores são ambiciosos e também querem dar o salto para os maiores clubes do mundo. Felizmente, o FC Porto sempre soube lidar bem com essa situação e acredito que continuará assim no futuro.

"Seria uma desilusão não chegar à final da Liga Europa"

Depois do CSKA, o FC Porto volta a Moscovo na Liga Europa. O que espera desta eliminatória com o Spartak?
Vamos defrontar uma equipa complicada e sabemos que teremos dois jogos muito difíceis pela frente. Para passarmos mais esta eliminatória, vamos ter de lutar muito. Por acaso, conheço relativamente bem o plantel do Spartak de Moscovo, e temos de ser cuidadosos na forma como vamos abordar este confronto, porque eles têm excelentes jogadores.

Como vai ser voltar a jogar num relvado sintético?
Pelo menos temos uma certeza: jogar num sintético nunca será uma vantagem para nós, mesmo que já lá tenhamos defrontado o CSKA. Nunca treinamos naquele tipo de piso, e é muito complicado jogar lá. A bola prende e salta muito, para além de que o terreno é mais duro. Mas não devemos perder muito tempo com isso.

O que sente quando se fala na final de Dublin?
É um sonho, claro. Jogar uma final de uma competição europeia é sempre um momento especial na carreira de um jogador e eu gostaria de experimentar essa sensação. E, de preferência, gostava de sair de lá com um sorriso. [risos]

Gostava de encontrar o Benfica ou o Braga na final?
O que me interessa é que o FC Porto esteja lá. Não estou preocupado com o eventual adversário, apesar de considerar que, para o futebol português, seria bom ter uma final entre dois dos nossos clubes.

Está surpreendido com a carreira do Braga na Liga Europa?
O Braga está a surpreender tudo e todos, mas a mim nem por isso; eles têm uma excelente equipa, composta por jogadores de grande qualidade e muita experiência.

Para as casas de apostas, para a Imprensa internacional e até para os adeptos, o FC Porto é o grande favorito a vencer a Liga Europa. Isso representa uma motivação ou uma pressão extra?
É uma motivação; só pode ser. Esse facto é apenas mais um sinal de que as pessoas, seja em Portugal ou lá fora, valorizam o nosso trabalho e que estamos a realizar uma grande temporada.

Tendo em conta as circunstâncias, será uma desilusão para os adeptos se o FC Porto não chegar à final. E para os jogadores?
Confesso que seria uma desilusão se não conseguíssemos lá chegar. Honestamente, todos pensamos em atingir a final, apesar de sabermos que temos adversários complicados para ultrapassar até chegar a Dublin.

Das equipas que estão em prova, qual é o adversário mais forte?
Para se chegar a esta fase da Liga Europa, tem de se ter qualidade. Não há forma de fugir a esta realidade. Por isso sabemos que qualquer jogo será difícil.

E como encara o regresso do FC Porto à Liga dos Campeões?
Isso é só para o ano... [risos] Já temos a garantia de que vamos lá estar na próxima época, mas, sinceramente, ainda nem penso nisso. Para já, quero é pensar no que ainda temos para conquistar esta temporada, antes ainda de pensar na próxima. Queremos, por exemplo, vencer a Liga Europa.

À procura do golo

Sintéticos, com neve ou encharcados, Varela tem sido decisivo em vários pisos europeus. Só lhe falta mesmo marcar na Liga Europa, porque os nove golos que tem foram todos conseguidos em competições internas.

"Iturbe? Dizem que é o novo Messi"

A próxima época já começou há muito tempo nos gabinetes da SAD. Iturbe e Kelvin estão assegurados e, mesmo com a quantidade de tinta que o craque argentino faz correr, Varela não sente curiosidade em dar uma espreitadela no YouTube. "Confesso que não vi vídeos do Iturbe [risos]." Mas já ouviu falar dele? "Claro que sim. Dizem que é o novo Messi... O importante é que continuem a chegar jogadores jovens e com qualidade ao FC Porto, de forma a mantermos o hábito de vencer mais vezes do que os nossos adversários."








Pedro Matos Costa e Tomaz Andrade n' O Jogo.

sábado, 26 de março de 2011

Capas de 26 de Março de 2011

Jorge Maia: A fama tem custos

André Villas-Boas passou a última semana a preparar o clássico da Luz com apenas onze jogadores à sua disposição. Desses, apenas Helton, Maicon, Fernando e Hulk costumam integrar o lote de habituais titulares, o que mesmo sem autorizar a conclusão de que foi uma semana perdida, não deixa de limitar o âmbito do trabalho realizado. O facto é que, como dizia Lydia Grant, a professora de dança da série "Fame" no início de cada episódio, "a fama custa e o preço paga-se em suor". No caso do FC Porto, não apenas em suor, mas também em solicitações. Em concreto, de jogadores internacionais, nada menos que uma dúzia, chamados a representar as respectivas selecções. Alguns deles, como é o caso de Belluschi, Fucile, João Moutinho, Varela ou Rúben Micael, jogadores que estavam fora dos planos dos respectivos seleccionadores antes de começarem a jogar no FC Porto. É, a fama tem custos, e o FC Porto paga com internacionais.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Capas de 25 de Março de 2011

Jorge Maia: Uma questão simbólica

Da última vez que esteve no Estádio da Luz, o FC Porto perdeu mais do que um jogo. Perdeu Hulk e Sapunaru durante a maior parte da temporada e hipotecou ali mesmo as hipóteses de discutir o campeonato com o Benfica e o Braga. A esta distância, já pouca gente se lembra, mas o FC Porto estava a um ponto dos encarnados e dos arsenalistas antes do jogo na Luz, uma diferença que não parou de aumentar nas semanas seguintes, curiosamente até Hulk voltar à equipa, na 26ª jornada do campeonato, ainda a tempo de ajudar a impedir o Benfica de festejar o título no Dragão. O regresso do FC Porto, de Hulk e Sapunaru à Luz, mais de um ano depois daquele jogo e em condições de carimbar o 25º título de campeão nacional em casa do rival, não deixa, por muito que os protagonistas o neguem, de encerrar um simbolismo especial para os portistas.

Rui Moreira n' A Bola



Francisco José Viegas n' A Bola

quinta-feira, 24 de março de 2011

Capas de 24 de Março de 2011


Jorge Maia: E... responsabilidade?

Um pouco mais de 24 horas depois de o FC Porto ter criticado o ministro da Administração Interna pelo teor das suas declarações na sequência do incidente com o autocarro do Benfica no final do jogo com o Paços de Ferreira, o Governo caiu. Bem sei que é um disparate, mas tal como as coisas estão, aposto que alguns dos mais histéricos teóricos da conspiração não hão-de resistir a traçar um paralelo entre aquela eventual causa e a sua improvável consequência para insinuar que a crise instalada no país é responsabilidade do FC Porto. Sem pretender desresponsabilizar os imbecis que atiram pedras às janelas dos autocarros de um clube ou das filiais de outro, o facto é que há demasiadas pessoas mais interessadas em regar as faíscas que saltam dos inevitáveis choques entre FC Porto e Benfica com gasolina do que em atirar água para a fogueira. E esses são tão responsáveis como os imbecis que passam das palavras aos actos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Capas de 23 de Março de 2011

Belluschi - Volta olímpica já na Luz

Belluschi já se imagina a dar a volta de consagração pelo título em pleno Estádio da Luz. Mas sabe que do outro lado estará um rival complicado que tudo vai fazer para evitar os festejos. Tal como o FC Porto fez na época passada, de resto. Em declarações exclusivas a O JOGO, antes de partir para a seleção, o médio disse acreditar que pode ajudar esta equipa a entrar para a história do clube.

Conquistar o título na Luz é a prioridade?

Sim. Estamos a um jogo de sermos campeões, mas primeiro vamos desfrutar desta semana nas selecções e depois voltaremos com a cabeça no título, para o qual temos trabalhado tanto tempo.

Há um ano era o Benfica que estava nesta situação e perdeu de forma categórica no Dragão...

O futebol é assim. Cabe-nos agora a nós essa possibilidade e vamos tentar aproveitá-la. Vamos defrontar um adversário complicado que não nos quer deixar fazer as coisas como pretendemos.

Mas admite que será especial para os jogadores e, sobretudo, para os adeptos festejar no estádio do maior rival?

Sim. Isso é algo que não acontece muitas vezes e que marca uma era. Seria fantástico. Mas se não acontecer nesta jornada será noutra. Claro que queremos dar a volta olímpica o mais cedo possível...

A questão da invencibilidade mexe com o grupo de trabalho?

Estamos invictos, a campanha tem sido excelente e seria fantástico terminar dessa forma. Seria uma pena perder um jogo.

Existe a consciência de que esta equipa do FC Porto pode entrar para a história do clube?

Lutamos em várias frentes e para ganhar. Seria histórico ser campeão invicto e na Luz. Vamos trabalhar para isso.

Qual é o segredo deste FC Porto?

Jogamos bem colectivamente, com bom controlo de bola e somos fortíssimos do meio-campo para a frente. As individualidades têm estado bem e isso ajuda. É um bom grupo, dentro e fora dos relvados. O que não se passa em muitas equipas. É excelente estar num grupo destes.

Portanto, não pensa em sair?

Não. Penso é em ser campeão.

Por capricho do sorteio, o FC Porto vai ter de regressar a Moscovo, a 14 de Abril, para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Belluschi espera que esta seja mais uma escala para Dublin, palco da final da competição. "Cada prova que disputamos é para ganhar e não para ver jogar. Esperemos que corra tudo bem, porque a ideia é chegar à final", sublinhou, considerando que uma final totalmente portuguesa seria "muito boa para o prestígio do país".

O próximo obstáculo é o Spartak de Moscovo, onde actua o brasileiro Ibson, que passou pelo Dragão em 2004/05. "Todas as equipas russas são difíceis e duras. Temos de fazer o nosso jogo e conseguir um bom resultado cá para depois ir a Moscovo definir a eliminatória", referiu, apontando o relvado sintético como mais um obstáculo. "É difícil de jogar, diferente do que estamos habituados, mas já lá jogámos e temos de estar preparados para qualquer campo. Há que ganhar e seguir em frente", acrescentou.

Belluschi tem-se dado bem com o Benfica, contra quem tem assumido um papel determinante. Seja com golos ou assistências. Esta época, bateu o canto que resultou no 1-0 na Supertaça e fez duas assistências na goleada do Dragão. Na época passada, foi ainda mais decisivo no triunfo que adiou o título do Benfica: marcou o canto para o 1-0, assistiu Farías para o 2-1 e encerrou as contas com um golaço de fora da área.

No início da época passada, Belluschi assumiu grande protagonismo no FC Porto, ao ponto de ser uma espécie de talismã porque a equipa não perdia com ele em campo. Porém, aos poucos foi perdendo fulgor e presença no onze. Esta época a regularidade tem sido maior e Villas-Boas praticamente não abdica dele. O argentino diz que é tudo uma questão de confiança." Mudou um monte de coisas de um ano para o outro. Desde logo, a confiança em mim próprio, a confiança da família e do treinador. Sinto que estou melhor, mas a equipa ajuda porque está a ter uma época brilhante. E se a equipa está bem, isso favorece o rendimento individual", sublinhou.

Além disso, houve mais uma mudança que Belluschi considera ter sido favorável: a entrada de João Moutinho. "Entendemo-nos muito bem. Sinto-me muito cómodo a jogar com ele, mas também com o Guarín e o Rúben Micael", referiu.

O clássico que pode fechar o campeonato é só no dia 3 de Abril, mas já mexe com os clubes e com os jogadores. Belluschi vai ter a oportunidade de o antecipar nos treinos da selecção da Argentina. Aí, o equilíbrio de forças será perfeito: Belluschi e Otamendi de um lado, Salvio e Gaitán do outro terão de esquecer a rivalidade entre os clubes durante uma semana e remar todos para o mesmo lado. No mínimo irónico. "Estaremos do mesmo lado, mas de certeza que vamos brincar um pouco com a situação", admitiu. Quem sabe não serão feitas algumas apostas?

Belluschi está de volta à selecção, quatro anos depois. "Esta é uma fase muito boa da minha carreira. Estamos a definir o campeonato, que está a apenas um passo, e agora fui chamado à selecção. A verdade é que está a ser um grande ano e espero que termine da melhor maneira", referiu, admitindo que alimentava este sonho há algum tempo. "Tinha a esperança de voltar. Trabalhei duro para as coisas saírem bem no FC Porto e com a ideia de ter a possibilidade de ir à selecção. Se puder entrar, nem que seja um minuto, quero demonstrar que tenho qualidade para estar na equipa. Vou trabalhar da mesma forma como faço no FC Porto", garantiu.

O médio do FC Porto não esconde o orgulho por ter sido convocado para os jogos particulares com os Estados Unidos e Costa Rica quando há muitos médios de qualidade na Argentina. "A selecção tem dos melhores jogadores do mundo, a actuar nas melhores ligas do mundo. Estar lá é um orgulho e vou dar tudo pela camisola."




Carlos Gouveia n' O Jogo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Públicas virtudes, pecados privados

PÚBLICAS VIRTUDES, PECADOS PRIVADOS

Públicas virtudes, pecados privados. Por causa de mais um caso em que o futebol português é, infelizmente, pródigo, o carro de um dirigente foi atingido por pedras lançadas não se sabe por quem. Lamentável. Condenável. Desta vez e de todas as outras em que aconteceu. Mas não mais desta vez do que noutras.

Apesar de tudo, o FC Porto saúda o ministro Rui Pereira, que menos de 12 horas depois do incidente já o estava a condenar publicamente e a anunciar ser “implacável neste tipo de situações”. Pena o silêncio ensurdecedor a que se remeteu quando o carro do presidente do FC Porto foi igualmente atacado e atingido por pedras ao passar por baixo de um viaduto quando circulava na auto-estrada A5, a 24/01/2010.

Rui Pereira é ministro de Portugal, não é ministro de nenhum clube ou de nenhum grupo de adeptos. Como responsável pela Administração Interna tem a obrigação de cuidar para que todos os cidadãos circulem à vontade no país, como tem a obrigação de ordenar investigações igualmente implacáveis para situações similares. Fazê-lo só às vezes, é lamentável e só ilustra como não reúne as condições para ser ministro de Portugal.

Todos nós condenamos a violência. Ninguém no seu perfeito juízo deixa de o fazer. No FC Porto condenamos todo o tipo de violência e não aceitamos que outros gostem de se colocar em bicos de pé, como de paladinos pela paz. Condenar a violência é um axioma de qualquer sociedade, como condenar a fome, porque isso faz parte do nosso ser.

Também jamais aceitaremos que sistematicamente se procure associar o nome do FC Porto e dos seus adeptos a qualquer tipo de incidentes. Para o sr. ministro Rui Pereira e para toda a gente que parece não o querer entender, os adeptos do FC Porto são cidadãos como outros quaisquer, nem melhor nem pior do que qualquer outro português. Que nunca mais seja preciso explicar uma evidência tão grande.

É contra este caldo de cultura que o FC Porto sempre lutou e continuará a lutar. Um caldo de cultura que leva a Comunicação Social a não cumprir as mais elementares regras de tratamento idêntico para situações equivalentes. Basta observar as capas dos três jornais desportivos do dia 25/01/2010, em que o apedrejamento do carro do presidente do FC Porto mais não é do que um título em fundo de página em corpo pequeno, enquanto as edições de hoje dos mesmos três jornais, duas fazem manchete e o terceiro dedica-lhe uma das chamadas mais nobres, com direito a foto. Haja decoro.

Capas de 22 de Março de 2011

Jorge Maia: Um jogador à Porto

Guarín faz-me lembrar uma expressão tornada famosa por Pinto da Costa para caracterizar o seu futebolista ideal: "um jogador à Porto". Também se pode escrever "um jogador à FC Porto", mas sempre achei que "à Porto" traduzia melhor uma certa capacidade para fazer das tripas coração que caracteriza esse tipo de jogador e que também é património histórico da Invicta. Ora, mesmo sendo incontornavelmente colombiano, Guarín é genuinamente um jogador à Porto. O tipo de jogador que não desiste, que cresce perante a adversidade, que assume a responsabilidade de decidir e que é capaz de quebrar um adversário que se recuse a torcer. Guarín marcou nos últimos quatro jogos do FC Porto, quase sempre grandes golos e quase todos decisivos, mas, mais do que isso, jogou nas três posições do meio-campo, substituindo sucessivamente Fernando, Belluschi e Moutinho e sendo invariavelmente o melhor em campo. O protótipo do jogador à Porto.

Miguel Sousa Tavares n' A Bola



Liga Zon Sagres - resultados e classificação após a 24.ª jornada