sexta-feira, 22 de maio de 2009

Seis nomes num restrito olimpo

SEIS jogadores, apenas seis, de uma longa lista de 68 nomes, celebraram em toda a extensão o pentacampeonato portista. O restrito olimpo é ocupado por Jorge Costa, Drulovic, Aloísio, Paulinho Santos, Rui Barros e Folha; no paraíso dos marcadores, o deus maior é brasileiro e chama-se Mário Jardel.
O campeonato de 1998/99 terminou nas Antas para o FC Porto, anfitrião do Estrela da Amadora, em ambiente de grande festa, assim mais ou menos como se antevê para depois de amanhã, quando a equipa de Jesualdo Ferreira receber o Sp. Braga no Dragão. Há 10 anos, Drulovic e Jardel ofereciam à plateia azul e branca mais uma vitória para comemorar e selava-se com um 2-0 para os portistas o ciclo do pentacampeonato, iniciado em 1994/95, também em casa e com um triunfo por 2-0, sobre o Sp. Braga.

Rui Filipe assinou o primeiro dos 397 golos apontados pelo FC Porto nos cinco títulos consecutivos. Uma semana depois, um acidente de viação roubou-lhe a vida, mas o balneário soube romper o espartilho do drama, e no final da época, a memória de Rui Filipe seria, como é tantas vezes, evocada.

MATADORES, RUI BARROS...

O FC Porto pentacampeão foi uma máquina de fabricar golos, mesmo antes de Jardel voar sobre os centrais adversários. Domingos Paciência precedeu o brasileiro no ataque às balizas adversárias e desde a Bola de Prata (25 golos) conquistada pelo agora treinador da Académica em 1995/96 que nenhum outro português se sagrou artilheiro do campeonato. A chegada de Jardel às Antas forçou a emigração de Domingos (Tenerife, Espanha) e Mário tornou-se a super-referência atacante dos dragões: melhor marcador nas três últimas épocas do penta e também na seguinte (1999/2000) - viria a repetir o êxito em 2001/02, já no Sporting.

Curiosamente, não há um ponta-de-lança entre os seis jogadores que realmente foram pentacampeões. Desse painel, extrai-se ainda um pormenor: Rui Barros, permanecendo na estrutura técnica dos dragões, avançará para a próxima época em condições de repetir o êxito como treinador adjunto. Para já, iguala o tetra como futebolista celebrado em 1997/98.

Paulo Horta n' A Bola.

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