sexta-feira, 29 de maio de 2009

Romantismo

Não sabia, mas sou um romântico. Descobri-o anteontem, enquanto via a final da Liga dos Campeões, disputada em Roma. Ora, Roma é, até etimologicamente, o cenário perfeito para alguém descobrir que é romântico, mas foi o Barcelona que me deu a volta, a mim que sempre me tive como um racionalista convicto e que até só gosto de blockbusters de acção e trash-metal. O que me partiu todo, o que me deixou com vontade de ouvir o Claire de Lune e jantar à luz das velas foi perceber que, afinal, mesmo em pleno século XXI, num tempo de futebol científico feito de transições rápidas, os jogadores de futebol não têm de ser todos super-homens com dois metros de altura, capazes de correr os cem metros em menos de dez segundos. Podem ser humanos como o Iniesta, como o Xavi ou como o Messi e mesmo assim, como dizia o poeta, voar como o Jardel entre os centrais. E essa é uma excelente notícia para os comuns mortais, românticos, como eu.

Jorge Maia n' O Jogo.

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