sexta-feira, 15 de maio de 2009

CONTRA o Nacional da Madeira, que foi um digno e valoroso adversário, o FC Porto garantiu, no domingo, a conquista do Tetra. Só falta, agora, garantir a dobradinha, para que esta época extraordinária, que coincide também com o fim do calvário dos «Apitos» e das tentativas de excluir o FC Porto das competições europeias, termine em beleza. É verdade que este foi o ano de Jesualdo Ferreira. É justo dizer que se não fossem a sua experiência e competência, talvez não tivesse sido possível ganhar este campeonato, depois dos aziagos dias do Outono, em que a equipa não parecia capaz de «dar a volta» por cima e reorganizar-se depois da saída de alguns dos seus melhores jogadores.
Também foi o ano de jogadores «à Porto», como Bruno Alves, Meireles, Lisandro e Fernando. É verdade que também houve o surpreendente Hulk e o fantástico Cissoko, e pode até parecer injusto esquecer a classe de Lucho, o grande maestro, ou a velocidade de Rodriguez e Mariano, que rasgam qualquer defesa, mas foi esse quarteto que, nos momentos mais difíceis, nunca perdeu o Norte.

No entanto, se há alguém que merece ficar ligado a mais este título, é seguramente Pinto da Costa. Por um lado porque a marca alcançada lhe permite ultrapassar o mítico Santiago Bernabéu, na lista dos dirigentes com mais títulos conseguidos. Por outro lado, porque pode celebrar esta vitória depois de ter ultrapassado uma fase de desventuras e amarguras pessoais, de processos judiciais, depois de insultos e das ofensas, de muitas perseguições de que foi alvo.

O presidente do FC Porto surge, pois, como o grande vencedor do ano. E, quando há vencedores, há naturalmente vencidos. A estes poupo-lhes os nomes. Afinal, o que importa é que os grandes derrotados foram a inveja e a insídia.

Rui Moreira n' A Bola.

1 comentário:

Carla Rocha disse...

Antes denmais nada muitos parabéns pelo blog que já faz parte das minhas visitas diárias.

Depois, gostaria de perguntar qual é o título da crónica do Rui Moreira de hoje? Não tem muita importância mas parece que falta.

Obrigada.

Carla Rocha