quarta-feira, 18 de março de 2009

Sapos e príncipes

Não sei se a Quercus ou outra associação do género mantêm algum registo destas coisas, mas começo a ficar verdadeiramente preocupado com a biodiversidade e equilíbrio biológico do País. Porquê? Bem, porque nos últimos dias foram engolidos tantos, mas tantos sapos vivos que, por esta altura, já devem ser uma espécie em vias de extinção. Ainda por cima, a deglutição de sapos vivos tem sido um espectáculo público e explícito, com espaço nas páginas dos jornais, nas rádios e nas televisões onde um comentador atrás do outro os vão engolindo inteiros sem conseguirem disfarçar o desconforto. Primeiro foi a passagem do FC Porto aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, numa demonstração de clara superioridade sobre o Atlético de Madrid. Depois, foi o cavar da diferença para os perseguidores no campeonato, mesmo sem Hulk, apesar da ausência de Fernando e não obstante os três penáltis que Cosme Machado não marcou, certamente a bem da verdade desportiva. Agora é vê-los, aos tais comentadores, contrariados e de nariz torcido a engolir os sapos que andaram a engordar durante o resto do ano.

Jorge Maia n' O Jogo.

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