McCarthy abre a porta de um caminho que será inevitável nos próximos dias: recuperar Manchester e as memórias associadas a uma eliminatória histórica, quanto mais não seja para aliviar o ambiente depressivo que por aí anda. Há mais: esse é provavelmente um caminho para Jesualdo complementar o inevitável trabalho táctico que será feito. Sabemos todos, e McCarthy recorda-o aqui outra vez, que Mourinho usou a táctica de fazer das palavras dos outros forças próprias. Mas, o problema talvez seja esse: sabemos todos. Mal comparado, é seria como que cair na cantiga de um vendedor da banha da cobra sabendo quem ele é. Dito de outra maneira: não sendo de descartar, forçar outra vez a estratégia dos jogos psicológicos pode soar junto dos jogadores a isso mesmo: estratégia. E quando ela parece forçada, é pouco provável que se obtenha a receita extraordinária que McCarthy reduz numa frase emblemática. "Com Mourinho, pensávamos: vamos entrar em campo e rebentar tudo". Provavelmente, nessa época, não tinham consciência de que fazia parte da estratégia. Nesse sentido, recuperar memórias positivas, mesmo que os tempos sejam outros, pode ser um estímulo alternativo. Outro estilo. E uma coisa é certa: mal não faz.
Hugo Sousa n' O Jogo.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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