Entrevista de Fernando Gomes ao JN:
Numa semana particularmente feliz para o F. C. Porto, Fernando Gomes, 57 anos, quebrou um longo silêncio e, em entrevista ao JN, abordou os diversos temas da actualidade do Dragão.
O administrador da SAD portista acredita que o clube já conseguiu dar a volta a uma situação difícil, criada pelo processo Apito Dourado, que chegou a pôr em causa a presença na Liga dos Campeões, e atribui todo o mérito dessa realidade a Pinto da Costa. Só lamenta que o presidente não possa durar para sempre...
Qual é o real significado do apuramento para os quartos-de-final da Champions para o F. C. Porto?
Os 2,5 milhões de euros garantidos não são desprezíveis, mas, acima de tudo, este apuramento tem um enorme valor desportivo. Não só por voltar a disputar os quartos-de-final, passados cinco anos, conhecendo a realidade dos países dos outros sete clubes, mas também pelo factor de valorização dos próprios jogadores. O valor de uma equipa que não vai à Champions, que fica na primeira fase ou de uma que é afastada da Taça UEFA é completamente diferente do de uma equipa que atinge os "quartos" ou as meias-finais de uma competição europeia de elite como a Champions League. A passagem tem um valor intrínseco muito elevado do ponto de vista da valorização dos activos da SAD.
A qualificação surge num ano em que a presença na prova esteve em risco...
Como é do conhecimento geral, todos os procedimentos relativos a este processo, quer desportivos quer criminais, ainda não estão terminados. Quando estiverem, teremos oportunidade para tecer algumas considerações sobre a forma como este processo foi desencadeado e conduzido. E, se calhar, algumas personagens do futebol nacional não vão ficar muito bem na fotografia.
Chegou a temer que o F. C. Porto não jogasse a Champions em 2008/09?
Foi um episódio muito negro e que só sucedeu porque houve uma pessoa que, exorbitando as suas competências, funcionou como "musa inspiradora" do senhor Cunha Leal, que, apesar de não perceber nada de regulamentos e de ter sido responsável por dois grandes escândalos do futebol português - a inscrição de Ricardo Rocha pelo Benfica e a permissão da realização do jogo Estoril-Benfica no Algarve - lançou a nuvem do artigo 1.04, gerando um alarido que levou a UEFA a abrir o processo. Foi também essa "musa" que deu todas as dicas ao "renomado" José Manuel Delgado, permitindo-lhe que efectuasse uma campanha lamentável contra o F. C. Porto no jornal A Bola. Ainda mais grave é um clube que não logrou atingir a Liga dos Campeões ter agido sem pensar nas consequências para o futebol português. E depois ainda tiveram a lata de vir dizer que, se ganhassem esse direito através dos tribunais, não iriam participar. Só dá mesmo vontade de rir!
A nível desportivo, a época não começou bem para a equipa de futebol...
Não podemos esconder que, na primeira fase da temporada, as coisas demoraram algum tempo a funcionar. A equipa perdeu três elementos importantes e teve dificuldades para reencontrar a estabilidade e o equilíbrio. Felizmente, com o trabalho, denodo e seriedade colocada em todo o processo de integração dos novos elementos, conseguiu estabilizar e hoje podemos dizer, passados nove meses da época se ter iniciado, que estamos praticamente em todas as frentes: nos "quartos" da Champions, no primeiro lugar da Liga e nas meias-finais da Taça de Portugal. Estamos satisfeitos.
O processo Apito Dourado afectou a credibilidade do clube e da SAD?
Muito mais do que o facto em si, até porque alguns processos estão a decorrer e outras decisões já foram favoráveis, alguns órgãos de comunicação social empolam as questões, denegrindo e desvirtuando o que está efectivamente a ocorrer, passando uma imagem negativa. Tudo o que foi dito neste processo tem impacto negativo sobre a sociedade. Não posso esconder que afectou a credibilidade, mas o que temos feito tem atenuado isso.
Sente Pinto da Costa cansado com todo este processo?
Se ele estivesse cansado, em função das dificuldades que o F. C. Porto tem tido nos últimos dois anos, não teríamos conseguido dar a volta como aparentemente temos conseguido. O seu entusiasmo, capacidade de liderança e atenção aos mais pequenos pormenores permitiram-nos ultrapassar as barreiras que surgiram. Não vou dizer que o presidente não se tenha desgastado com todo este processo, porque desgasta qualquer ser humano e o presidente é um ser humano, com todas as suas fortalezas mas também debilidades. Acima de tudo, a sua capacidade de superação das situações mais difícieis permitiu estarmos hoje onde estamos em termos desportivos.
Consegue imaginar a SAD do F. C. Porto sem Pinto da Costa?
Ao longo dos últimos 26 anos, Pinto da Costa tem tido uma liderança forte, fundamental para o sucesso do F. C. Porto. Esquecer essa realidade é escamotear a realidade do F. C. Porto. A vida tem de continuar porque as pessoas não são eternas. O que nós desejamos, em função daquilo que tem acontecido, é que o presidente seja eterno, mas infelizmente isso não é possível. Um dia, as coisas terão de evoluir sem o presidente. Espero que esse tempo ainda esteja muito longe de se concretizar porque a sua capacidade e visão estratégica são fundamentais para o sucesso que o F. C. Porto tem tido. Ele é um factor de coesão e de agregação.
"Só nos restava a alternativa de aumentar a massa salarial"
Como define o relatório e contas da SAD no 1.º semestre desta época, com um resultado operacional positivo de 2,8 milhões de euros ?
Não houve grandes surpresas, tendo em conta o passado do F. C. Porto, embora haja três ou quatro elementos que agravaram as contas e que saíram um pouco fora do nosso controlo, nomeadamente a questão da crise global.
A questão da falência técnica, pelo facto de o capital próprio da SAD (16,3 milhões) não atingir metade do capital social, deve colocar-se?
Há três anos, a lei previa que uma sociedade que apresentasse prejuízos em dois anos sucessivos e que tivesse menos de 50% do capital podia ser dissolvida automaticamente. Era uma legislação agressiva, que foi alterada para impedir que essa dissolução acontecesse de imediato. O facto de, pontualmente, a sociedade ter um capital inferior a 50% pode não ser o factor decisivo, pois nas sociedades anónimas desportivas não são permitidas as valorizações dos activos, existindo uma reserva oculta ao nível do plantel que não sendo expressa contabilistamente, poderá criar uma distorção em relação ao valor intrínseco da sociedade.
O passivo de 152,8 milhões preocupa?
O número em si pode não significar uma análise definitiva à sociedade. O segredo está na correlação do montante em dívida com a capacidade de gerar meios para a pagar. No grupo do F. C. Porto, não só a SAD, estamos relativamente confortáveis. Temos um endividamento elevado, da ordem dos 90 milhões de euros, a EuroAntas tem um endividamento de 30 milhões de euros no âmbito da construção do estádio, o F. C. Porto clube tem um endividamento sem expressão. Temos de analisar a evolução dos negócios, para podermos cumprir as nossas responsabilidades perante a banca, com a consciência de que temos uma situação financeira relativamente controlada.
Sente-se mais confortável do que se tivesse de gerir a SAD do Benfica ou do Sporting?
Acima de tudo, preocupo-me com o FC Porto. As análises comparadas são sempre relativas. Nas circunstâncias actuais, o F. C. Porto está bem e recomenda-se, embora atento ao futuro próximo para potenciar o que tem de bom: os activos que consegue recrutar e formar, que rapidamente se transformam em estrelas europeias. Por outro lado, muitas vezes diz-se que esta actividade é pouco rigorosa, mas temos dado uma imagem de transparência. No último ano, pagámos ao estado 15 milhões de euros, subindo esse valor para 20 milhões se contabilizado o F. C. Porto clube.
A filosofia é para manter?
Com a liderança de Pinto da Costa, a sociedade assumiu a filosofia de estar neste negócio com alguma dose de risco, para criar equipas competitivas, eventualmente com custos maiores do que outras, para estar a um nível elevado nos mercados nacional e europeu. Isto é impossível de conseguir com custos reduzidos, sabendo que estar sempre na alta roda do futebol europeu vai permitir gerar as mais-valias para colmatar os défices de exploração.
Nesse contexto, considera normal gastar 40 milhões em salários?
Só nos restava a alternativa de aumentar a massa salarial, para termos um Lucho, um Lisandro ou um Hulk, com a consciência de que, através da montra que é a Champions, poderíamos valorizar os jogadores com mais-valia e reequilibrar as contas. Mas temos consciência de que as condições de mercado se alteraram de forma significativa. Alguns passos já foram dados, com a aposta no projecto Visão 611, para criar condições internas para desenvolver uma política de formação que nos últimos anos tem andado arredada do F. C. Porto e de fazer uma maior procura de valores portugueses e jovens, para reforçar a capacidade competitiva da equipa com um eventual menor custo.
Jesualdo à espera do "timing" apropriado
Na entrevista ao JN, Fernando Gomes não desvendou o mistério em que se está a tornar a situação do treinador Jesualdo Ferreira, que termina contrato com o F. C. Porto no final desta época e ainda não revelou se renova ou se vai abandonar o comando técnico dos dragões. "Sou um membro de um órgão colegial. Essas questões têm um timing de análise e de avaliação. No tempo oportuno, a administração irá tomar a decisão que, no seu entender, melhor defende os interesses do F. C. Porto, não deixando de fazer a avaliação correcta de todo o trabalho desenvolvido pelo professor Jesualdo Ferreira nos últimos três anos", afirmou o administrador da SAD portista, igualmente reservado quanto a questões como a renovação de Lisandro e a quantidade de jogadores no plantel azul e branco: "Reservo a minha opinião para a divulgar no sítio certo, quando me é solicitada, e não a exteriorizo".
Numa semana particularmente feliz para o F. C. Porto, Fernando Gomes, 57 anos, quebrou um longo silêncio e, em entrevista ao JN, abordou os diversos temas da actualidade do Dragão.
O administrador da SAD portista acredita que o clube já conseguiu dar a volta a uma situação difícil, criada pelo processo Apito Dourado, que chegou a pôr em causa a presença na Liga dos Campeões, e atribui todo o mérito dessa realidade a Pinto da Costa. Só lamenta que o presidente não possa durar para sempre...
Qual é o real significado do apuramento para os quartos-de-final da Champions para o F. C. Porto?
Os 2,5 milhões de euros garantidos não são desprezíveis, mas, acima de tudo, este apuramento tem um enorme valor desportivo. Não só por voltar a disputar os quartos-de-final, passados cinco anos, conhecendo a realidade dos países dos outros sete clubes, mas também pelo factor de valorização dos próprios jogadores. O valor de uma equipa que não vai à Champions, que fica na primeira fase ou de uma que é afastada da Taça UEFA é completamente diferente do de uma equipa que atinge os "quartos" ou as meias-finais de uma competição europeia de elite como a Champions League. A passagem tem um valor intrínseco muito elevado do ponto de vista da valorização dos activos da SAD.
A qualificação surge num ano em que a presença na prova esteve em risco...
Como é do conhecimento geral, todos os procedimentos relativos a este processo, quer desportivos quer criminais, ainda não estão terminados. Quando estiverem, teremos oportunidade para tecer algumas considerações sobre a forma como este processo foi desencadeado e conduzido. E, se calhar, algumas personagens do futebol nacional não vão ficar muito bem na fotografia.
Chegou a temer que o F. C. Porto não jogasse a Champions em 2008/09?
Foi um episódio muito negro e que só sucedeu porque houve uma pessoa que, exorbitando as suas competências, funcionou como "musa inspiradora" do senhor Cunha Leal, que, apesar de não perceber nada de regulamentos e de ter sido responsável por dois grandes escândalos do futebol português - a inscrição de Ricardo Rocha pelo Benfica e a permissão da realização do jogo Estoril-Benfica no Algarve - lançou a nuvem do artigo 1.04, gerando um alarido que levou a UEFA a abrir o processo. Foi também essa "musa" que deu todas as dicas ao "renomado" José Manuel Delgado, permitindo-lhe que efectuasse uma campanha lamentável contra o F. C. Porto no jornal A Bola. Ainda mais grave é um clube que não logrou atingir a Liga dos Campeões ter agido sem pensar nas consequências para o futebol português. E depois ainda tiveram a lata de vir dizer que, se ganhassem esse direito através dos tribunais, não iriam participar. Só dá mesmo vontade de rir!
A nível desportivo, a época não começou bem para a equipa de futebol...
Não podemos esconder que, na primeira fase da temporada, as coisas demoraram algum tempo a funcionar. A equipa perdeu três elementos importantes e teve dificuldades para reencontrar a estabilidade e o equilíbrio. Felizmente, com o trabalho, denodo e seriedade colocada em todo o processo de integração dos novos elementos, conseguiu estabilizar e hoje podemos dizer, passados nove meses da época se ter iniciado, que estamos praticamente em todas as frentes: nos "quartos" da Champions, no primeiro lugar da Liga e nas meias-finais da Taça de Portugal. Estamos satisfeitos.
O processo Apito Dourado afectou a credibilidade do clube e da SAD?
Muito mais do que o facto em si, até porque alguns processos estão a decorrer e outras decisões já foram favoráveis, alguns órgãos de comunicação social empolam as questões, denegrindo e desvirtuando o que está efectivamente a ocorrer, passando uma imagem negativa. Tudo o que foi dito neste processo tem impacto negativo sobre a sociedade. Não posso esconder que afectou a credibilidade, mas o que temos feito tem atenuado isso.
Sente Pinto da Costa cansado com todo este processo?
Se ele estivesse cansado, em função das dificuldades que o F. C. Porto tem tido nos últimos dois anos, não teríamos conseguido dar a volta como aparentemente temos conseguido. O seu entusiasmo, capacidade de liderança e atenção aos mais pequenos pormenores permitiram-nos ultrapassar as barreiras que surgiram. Não vou dizer que o presidente não se tenha desgastado com todo este processo, porque desgasta qualquer ser humano e o presidente é um ser humano, com todas as suas fortalezas mas também debilidades. Acima de tudo, a sua capacidade de superação das situações mais difícieis permitiu estarmos hoje onde estamos em termos desportivos.
Consegue imaginar a SAD do F. C. Porto sem Pinto da Costa?
Ao longo dos últimos 26 anos, Pinto da Costa tem tido uma liderança forte, fundamental para o sucesso do F. C. Porto. Esquecer essa realidade é escamotear a realidade do F. C. Porto. A vida tem de continuar porque as pessoas não são eternas. O que nós desejamos, em função daquilo que tem acontecido, é que o presidente seja eterno, mas infelizmente isso não é possível. Um dia, as coisas terão de evoluir sem o presidente. Espero que esse tempo ainda esteja muito longe de se concretizar porque a sua capacidade e visão estratégica são fundamentais para o sucesso que o F. C. Porto tem tido. Ele é um factor de coesão e de agregação.
"Só nos restava a alternativa de aumentar a massa salarial"
Como define o relatório e contas da SAD no 1.º semestre desta época, com um resultado operacional positivo de 2,8 milhões de euros ?
Não houve grandes surpresas, tendo em conta o passado do F. C. Porto, embora haja três ou quatro elementos que agravaram as contas e que saíram um pouco fora do nosso controlo, nomeadamente a questão da crise global.
A questão da falência técnica, pelo facto de o capital próprio da SAD (16,3 milhões) não atingir metade do capital social, deve colocar-se?
Há três anos, a lei previa que uma sociedade que apresentasse prejuízos em dois anos sucessivos e que tivesse menos de 50% do capital podia ser dissolvida automaticamente. Era uma legislação agressiva, que foi alterada para impedir que essa dissolução acontecesse de imediato. O facto de, pontualmente, a sociedade ter um capital inferior a 50% pode não ser o factor decisivo, pois nas sociedades anónimas desportivas não são permitidas as valorizações dos activos, existindo uma reserva oculta ao nível do plantel que não sendo expressa contabilistamente, poderá criar uma distorção em relação ao valor intrínseco da sociedade.
O passivo de 152,8 milhões preocupa?
O número em si pode não significar uma análise definitiva à sociedade. O segredo está na correlação do montante em dívida com a capacidade de gerar meios para a pagar. No grupo do F. C. Porto, não só a SAD, estamos relativamente confortáveis. Temos um endividamento elevado, da ordem dos 90 milhões de euros, a EuroAntas tem um endividamento de 30 milhões de euros no âmbito da construção do estádio, o F. C. Porto clube tem um endividamento sem expressão. Temos de analisar a evolução dos negócios, para podermos cumprir as nossas responsabilidades perante a banca, com a consciência de que temos uma situação financeira relativamente controlada.
Sente-se mais confortável do que se tivesse de gerir a SAD do Benfica ou do Sporting?
Acima de tudo, preocupo-me com o FC Porto. As análises comparadas são sempre relativas. Nas circunstâncias actuais, o F. C. Porto está bem e recomenda-se, embora atento ao futuro próximo para potenciar o que tem de bom: os activos que consegue recrutar e formar, que rapidamente se transformam em estrelas europeias. Por outro lado, muitas vezes diz-se que esta actividade é pouco rigorosa, mas temos dado uma imagem de transparência. No último ano, pagámos ao estado 15 milhões de euros, subindo esse valor para 20 milhões se contabilizado o F. C. Porto clube.
A filosofia é para manter?
Com a liderança de Pinto da Costa, a sociedade assumiu a filosofia de estar neste negócio com alguma dose de risco, para criar equipas competitivas, eventualmente com custos maiores do que outras, para estar a um nível elevado nos mercados nacional e europeu. Isto é impossível de conseguir com custos reduzidos, sabendo que estar sempre na alta roda do futebol europeu vai permitir gerar as mais-valias para colmatar os défices de exploração.
Nesse contexto, considera normal gastar 40 milhões em salários?
Só nos restava a alternativa de aumentar a massa salarial, para termos um Lucho, um Lisandro ou um Hulk, com a consciência de que, através da montra que é a Champions, poderíamos valorizar os jogadores com mais-valia e reequilibrar as contas. Mas temos consciência de que as condições de mercado se alteraram de forma significativa. Alguns passos já foram dados, com a aposta no projecto Visão 611, para criar condições internas para desenvolver uma política de formação que nos últimos anos tem andado arredada do F. C. Porto e de fazer uma maior procura de valores portugueses e jovens, para reforçar a capacidade competitiva da equipa com um eventual menor custo.
Jesualdo à espera do "timing" apropriado
Na entrevista ao JN, Fernando Gomes não desvendou o mistério em que se está a tornar a situação do treinador Jesualdo Ferreira, que termina contrato com o F. C. Porto no final desta época e ainda não revelou se renova ou se vai abandonar o comando técnico dos dragões. "Sou um membro de um órgão colegial. Essas questões têm um timing de análise e de avaliação. No tempo oportuno, a administração irá tomar a decisão que, no seu entender, melhor defende os interesses do F. C. Porto, não deixando de fazer a avaliação correcta de todo o trabalho desenvolvido pelo professor Jesualdo Ferreira nos últimos três anos", afirmou o administrador da SAD portista, igualmente reservado quanto a questões como a renovação de Lisandro e a quantidade de jogadores no plantel azul e branco: "Reservo a minha opinião para a divulgar no sítio certo, quando me é solicitada, e não a exteriorizo".
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