Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:
Não há engano: a atitude para enfrentar o Manchester United, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, insere-se na cultura competitiva do FC Porto. O favoritismo que se atribui aos actuais campeões europeus não atrapalha nada Jesualdo Ferreira, que não se vê entregar de mão beijada a eliminatória dos quartos-de-final. Este foi o fio condutor da reacção do treinador ao sorteio, ocorrido horas antes em Nyon, na Suíça. O técnico recusou até a fórmula cómoda do não ter nada a perder contra o campeão europeu, invertendo o ângulo de abordagem e atirando a sua equipa para a frente. E mais: sublinhou o feito extraordinário que seria para o FC Porto eliminar o Manchester United.
Se tivesse sido possível, teria escolhido o Manchester United?
Sim. Era a equipa que queríamos. Não houve choque nenhum em relação a essa questão.
Como reagiram os jogadores?
Bem.
Se forem eliminados pelo Manchester United saem com uma menção honrosa?
Pelo contrário. Se eliminarmos o Manchester United é que será uma coisa fantástica.
Mas não acha que é um jogo mais fácil? O FC Porto só tem a ganhar contra o Manchester...
Não, não é bem assim. É difícil de preparar, porque é o Manchester United, porque é o campeão europeu, porque, antes, temos dois jogos extremamente importantes para os nossos objectivos . Mas, vamos preparar bem essa eliminatória, no tempo próprio. Até lá, é secundário para nós.
Disse que queria ganhar tudo. Significa que também quer ganhar a Liga dos Campeões?
Em futebol, habituei-me a ter a noção da realidade e do equilíbrio. O futebol é um jogo, é uma realidade que tem factores que não são controláveis e outros que são previsíveis. Depois há um conjunto de elementos que rodam em torno e que têm um resultado imprevisível. A realidade que temos em relação a Manchester United e FC Porto, em termos de receitas, é a de que há diferenças de milhões de euros - e isto tem um peso muito grande. Também sabemos que o Manchester nem sequer tem melhor currículo europeu do que o FC Porto. Não tem; andam muito próximos. São, portanto, mercados diferentes, campeonatos diferentes, jogadores diferentes, mas há uma coisa em que não é diferente: existe, da nossa parte, condições para discutirmos esse jogo, porque discutir resultados e títulos é aquilo que perseguimos.
Quer dizer que o favoritismo do Manchester United não lhe diz nada?
Não seria nunca uma atitude correcta da parte do treinador do FC Porto, da parte dos jogadores do clube, muito menos tendo em conta aquilo que é a história do clube, hipotecar, logo à partida, o apuramento e colocá-lo no patamar do impossível. Era o que faltava! Neste contexto, é preciso ter em conta duas situações importantes, que passam por enquadrar o futebol actual com a realidade diferente do Manchester United e FC Porto e essas duas realidades com o jogo em si. Há muita coisa que pode acontecer, nomeadamente a vontade de transformar esse jogo em coisas mais sólidas, que constituem a história do FC Porto, a sua qualidade e tudo aquilo que conquistou, exactamente com este tipo de cultura que estou a referir. Existe um sentimento que nos diz que podemos efectivamente vir a discutir outros títulos para além daqueles que o FC Porto está habituado, porque já o fez e já os ganhou. Se é um jogo, vamos ter de falar nele no dia 6 de Abril.
É seu objectivo continuar à frente do FC Porto na próxima época?
Em relação à renovação, vou puxar um pouco a história atrás e recordar que quando cheguei ao FC Porto, o presidente foi claro e disse-me que quem escolhia o treinador era ele. Foi muito claro. Quando chegar o momento de ele falar comigo em relação a uma análise que temos de fazer, do que se fez e do que pode ser feito no futuro, poderá haver respostas. Até lá, não me parece que seja nem justo, nem inteligente, nem sensato estar a fazê-lo, porque, como disse, estou cómodo e aquilo que quero é ganhar em todos os objectivos a que nos propusemos no início. É importante que percebam que há, necessariamente, tempos para que estas situações sejam tratadas. Estar a perguntar-me essas coisas sem que este quadro que referi, não só o de autoridade como a prerrogativa que enumerei, seja accionado, não faz sentido. Não seria correcto da minha parte estar a especular sobre coisas que, para mim, não são a verdade daquilo que me foi dito quando cheguei ao FC Porto.
Não há engano: a atitude para enfrentar o Manchester United, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, insere-se na cultura competitiva do FC Porto. O favoritismo que se atribui aos actuais campeões europeus não atrapalha nada Jesualdo Ferreira, que não se vê entregar de mão beijada a eliminatória dos quartos-de-final. Este foi o fio condutor da reacção do treinador ao sorteio, ocorrido horas antes em Nyon, na Suíça. O técnico recusou até a fórmula cómoda do não ter nada a perder contra o campeão europeu, invertendo o ângulo de abordagem e atirando a sua equipa para a frente. E mais: sublinhou o feito extraordinário que seria para o FC Porto eliminar o Manchester United.
Se tivesse sido possível, teria escolhido o Manchester United?
Sim. Era a equipa que queríamos. Não houve choque nenhum em relação a essa questão.
Como reagiram os jogadores?
Bem.
Se forem eliminados pelo Manchester United saem com uma menção honrosa?
Pelo contrário. Se eliminarmos o Manchester United é que será uma coisa fantástica.
Mas não acha que é um jogo mais fácil? O FC Porto só tem a ganhar contra o Manchester...
Não, não é bem assim. É difícil de preparar, porque é o Manchester United, porque é o campeão europeu, porque, antes, temos dois jogos extremamente importantes para os nossos objectivos . Mas, vamos preparar bem essa eliminatória, no tempo próprio. Até lá, é secundário para nós.
Disse que queria ganhar tudo. Significa que também quer ganhar a Liga dos Campeões?
Em futebol, habituei-me a ter a noção da realidade e do equilíbrio. O futebol é um jogo, é uma realidade que tem factores que não são controláveis e outros que são previsíveis. Depois há um conjunto de elementos que rodam em torno e que têm um resultado imprevisível. A realidade que temos em relação a Manchester United e FC Porto, em termos de receitas, é a de que há diferenças de milhões de euros - e isto tem um peso muito grande. Também sabemos que o Manchester nem sequer tem melhor currículo europeu do que o FC Porto. Não tem; andam muito próximos. São, portanto, mercados diferentes, campeonatos diferentes, jogadores diferentes, mas há uma coisa em que não é diferente: existe, da nossa parte, condições para discutirmos esse jogo, porque discutir resultados e títulos é aquilo que perseguimos.
Quer dizer que o favoritismo do Manchester United não lhe diz nada?
Não seria nunca uma atitude correcta da parte do treinador do FC Porto, da parte dos jogadores do clube, muito menos tendo em conta aquilo que é a história do clube, hipotecar, logo à partida, o apuramento e colocá-lo no patamar do impossível. Era o que faltava! Neste contexto, é preciso ter em conta duas situações importantes, que passam por enquadrar o futebol actual com a realidade diferente do Manchester United e FC Porto e essas duas realidades com o jogo em si. Há muita coisa que pode acontecer, nomeadamente a vontade de transformar esse jogo em coisas mais sólidas, que constituem a história do FC Porto, a sua qualidade e tudo aquilo que conquistou, exactamente com este tipo de cultura que estou a referir. Existe um sentimento que nos diz que podemos efectivamente vir a discutir outros títulos para além daqueles que o FC Porto está habituado, porque já o fez e já os ganhou. Se é um jogo, vamos ter de falar nele no dia 6 de Abril.
É seu objectivo continuar à frente do FC Porto na próxima época?
Em relação à renovação, vou puxar um pouco a história atrás e recordar que quando cheguei ao FC Porto, o presidente foi claro e disse-me que quem escolhia o treinador era ele. Foi muito claro. Quando chegar o momento de ele falar comigo em relação a uma análise que temos de fazer, do que se fez e do que pode ser feito no futuro, poderá haver respostas. Até lá, não me parece que seja nem justo, nem inteligente, nem sensato estar a fazê-lo, porque, como disse, estou cómodo e aquilo que quero é ganhar em todos os objectivos a que nos propusemos no início. É importante que percebam que há, necessariamente, tempos para que estas situações sejam tratadas. Estar a perguntar-me essas coisas sem que este quadro que referi, não só o de autoridade como a prerrogativa que enumerei, seja accionado, não faz sentido. Não seria correcto da minha parte estar a especular sobre coisas que, para mim, não são a verdade daquilo que me foi dito quando cheguei ao FC Porto.
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