Os judeus têm um provérbio que avisa os mais apressados a terem cuidado com o que desejam, porque correm o risco de serem atendidos. Lembrei-me disso ontem, quando soube que Pedro Proença teve negativa no último clássico entre o FC Porto e o Benfica. Levou um 2,4, equivalente a um desempenho Insatisfatório, atendendo as preces de vários milhões de almas, embora segundo um recente estudo alemão não sejam tantos milhões como quando se conta ao perto. O "twist", a "punchline", ou, para os menos dados a estrangeirices, a reviravolta final que dá razão aos judeus e aos seus avisos sobre os cuidados a ter com aquilo que se deseja é que o árbitro lisboeta só não teve positiva por não ter assinalado o penálti de Reyes sobre Lucho. Isso mesmo, o penálti da primeira parte, quando o jogo estava empatado a zero. Se o tivesse feito, teria recebido 3,4, o equivalente a um desempenho Bom a uma décima de ser Muito Bom. Claro que o observador avalia o trabalho do árbitro segundo o que vê desde a bancada e talvez a sua opinião fosse diferente se visse uma ou duas repetições em câmara lenta do lance entre Lisandro e Yebda. Talvez. Mas mesmo em câmara acelerada Reyes fez falta sobre Lucho. E essa deu pra ver da bancada.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
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