sábado, 14 de fevereiro de 2009

Agredidos são os meus jogadores e isso passa ao lado

Conferência de imprensa de Jesualdo Fereira n' O Jogo:

O clássico ainda mexe, e Jesualdo Ferreira apresentou-se ontem com um discurso mais agressivo na tentativa de defender os seus jogadores e os interesses do clube. Atirou-se ao Benfica, sem nunca o referir directamente, e ainda falou da gestão que terá de fazer do plantel pelo avolumar de jogos e de... cartões amarelos.

O Benfica pediu castigos para Lisandro e Bruno Alves. Que comentário lhe merece esta atitude?

Este tipo de análises depende sempre das pessoas, que as fazem em função dos interesses dos seus clubes. Desde que estou no FC Porto que me habituei a esse tipo de situações, mas não tenho dúvidas em afirmar que os meus jogadores têm sido os mais atingidos; têm sido agredidos, e as situações passam ao lado... Toda a gente sabe disso. No entanto, não estou aqui para fazer esse tipo de análises, mas para falar de futebol e, sobretudo, de questões importantes.

Este tipo de atitudes desagradam-lhe?

Dentro do futebol português, são situações normais...

Mas podem condicionar a forma de preparar os próximos jogos, se perder os dois jogadores?

Não me condiciona nada, muito menos dentro dessa perspectiva. Temos de lidar com as questões dos castigos no momento próprio, e não é preciso criar qualquer tipo de ansiedade por antecipação. São cenários que existem, mas que serão equacionado no momento certo. Agora, o que fazemos é planear, antecipar as situações.

Mantém a opinião de que o Lisandro não simulou a grande penalidade no jogo com o Benfica?

Terminei a minha actuação como árbitro no domingo. Não faço mais análises, porque na altura não fui bem entendido.

Tem cinco jogadores em risco de exclusão, quando se aproximam os jogos com Sporting e Leixões. Admite fazer algum tipo de gestão?

A gestão não tem só a ver com o Sporting ou o Leixões... A gestão que tem vindo a ser feita está relacionada com os 21 jogadores de campo, em função do calendário e das provas em que o FC Porto está inserido. Não é agora que me vou preocupar com isso; preocupei-me e pensei nisso há muito tempo. Já tinha dito de que forma íamos abordar cada uma das competições e cumpri. É uma gestão que respeita os interesses do clube, contando com os jogadores na máxima força. Umas vezes consegue-se, outras não. Depois, há jogadores com cartões amarelos, há uma série de jogos, e a gestão dessas questões vai ser feita no próprio momento. A única preocupação que temos é a de colocar em campo a melhor equipa.

Voltava a repetir a equipa que usou em Alvalade, na Taça da Liga?

É preciso ter atenção ao seguinte: o FC Porto fez um jogo com o Braga intenso e difícil; na quarta-feira seguinte defrontou o Leixões, para a Taça; domingo foi ao Restelo; depois tinha o Sporting na quarta-feira, tinha o Benfica e ainda tinha oito jogadores nas selecções; e depois tenho o Rio Ave, o Paços de Ferreira. Gerimos o plantel de acordo com os interesses. Para que não restem dúvidas, falo da gestão do jogo com o Sporting assumindo as responsabilidades. Mas as análises são assim, sempre em função dos resultados: por exemplo, as do jogo com o Benfica foram feitas em função dos 20 minutos finais, depois de termos marcado de penálti, mas nunca foram feitas com o que ficou para trás. Parece que antes não existiu jogo, e acho que isso não é honesto.

Mas acha que há uma campanha contra o FC Porto?

Não, não... Aliás, até parece que nunca houve, que tem sido só este ano...

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