terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Somos mais equipa

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Jesualdo Ferreira sente que a equipa está cada vez mais forte e disse-o ontem, na conferência que também serviu para expressar, repetidamente, uma vontade firme: passar aos quartos.

Existe uma grande expectativa relativamente a este jogo. Sente que o FC Porto está preparado para esta eliminatória?

Estamos preparados. A vida desportiva do FC Porto, e dos seus jogadores, fala por si; em ambientes difíceis, com muitos espectadores, e na Liga dos Campeões, os meus jogadores ganham motivação, ficam mais alerta, há empenho, e apresentam, quase sempre, um maior rendimento. Desta vez, estou seguro de que vai ser assim. Mas, vamos discutir a eliminatória com uma grande equipa, um histórico do futebol espanhol. É verdade que eles não têm a história do FC Porto na Champions, mas têm jogadores muito experientes do ponto de vista internacional. Estamos diferentes da época passada, é um FC Porto remodelado, mas igualmente forte e queremos continuar a fazer história. Queremos muito passar: treinadores, jogadores, administração e, sobretudo, os adeptos; queremos muito e vamos fazer todos os possíveis para concretizar esse objectivo, sabendo que temos de ser corajosos e competentes para o conseguir.

O FC Porto atravessa uma boa fase, ao contrário do Atlético de Madrid. Esse facto confere algum favoritismo à sua equipa?

São histórias e competições diferentes. Estamos a falar de dois jogos, de 180 minutos, ou mais um pouco, se formos a prolongamento e penáltis, e não de uma prova de regularidade. Os jogadores não se conhecem tão bem, como acontece nos jogos dos respectivos campeonatos, o clima também é diferente. O Atlético fez seis jogos nesta competição e não perdeu nenhum; nós qualificamo-nos em primeiro. Sentimos, por isso, que o facto de estarmos num bom momento não nos confere favoritismo para esta eliminatória.

Encontra diferenças entre o Atlético de Madrid de Javier Aguirre e este de Abel Resino?

As diferenças não são muito evidentes. Aguirre treinou a equipa durante algum tempo, qualificou-a, na época passada, para a Champions, e este ano para os oitavos-de-final. Agora, com o novo treinador, poderá existir o factor surpresa, porque com o anterior treinador sabíamos exactamente como jogavam… Por outro lado, ele também deverá conhecer menos bem a nossa equipa, porque teve, certamente, menos tempo para a analisar. Mas isso é secundário, porque quem vai decidir esta eliminatória são os jogadores.

Durante este tempo de paragem na Liga dos Campeões, sente que a equipa cresceu e ficou mais forte?

Esse crescimento é real e deve-se a uma maior maturidade dos meus jogadores; com o tempo, eles foram assimilando os processos de jogo, conhecem-se melhor e ganharam maior confiança com os bons resultados. Foi o trajecto normal na evolução de uma equipa. Somos mais equilibrados e a integração dos novos jogadores fez-se com segurança. Estamos a caminhar apara atingir os nossos objectivos, de forma gradual e segura, embora não tão exuberante como desejaríamos. Mas somos mais equipa.

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