sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O problema dos suplentes

O FC Porto não ganha em casa desde Novembro, porque tem problemas nas alas, nas acções defensivas e transições, é ineficaz nas bolas paradas, quer a atacar, quer a defender e dá-se mal com a pressão alta dos adversários. No meio-campo, Fernando defende bem mas não constrói, e falta um Lucho a cem por cento para conseguir vencer os duelos, o que obriga Meireles a desdobrar-se para suprir as funções dos seus colegas. Depois, quando ele se esgota, acentua-se o fosso no miolo, que não consegue municiar o ataque, principalmente se o adversário joga com quatro ou cinco médios, como foi o caso do Benfica. Viu-se isso no domingo em que cedo se passou a abusar de balões para a área onde as torres encarnadas chegavam para as encomendas.

Depois, mesmo com todo o plantel disponível, faltam soluções no banco. Há meses, parecia que tínhamos um plantel homogéneo, que Pélé, Guarin e Tomás seriam boas alternativas para o meio-campo, que Sapunaru iria evoluir, que Tarik voltaria à forma do ano passado, que Farias começaria a marcar golos. Infelizmente, isso ainda não sucedeu e apesar de terem tido oportunidades nas taças nacionais não se nota nos menos utilizados uma evolução na forma, motivação e adaptação. Assim se explica a substituição do apagado Lisandro a três minutos do fim, uma opção invulgar em face de um resultado desinteressante.

Vive-se agora a fase da época, em que se decidem os grandes objectivos. O FC Porto precisa de ter, no mínimo, três ou quatro jogadores suplentes com os quais possa contar para as substituições e para o caso de lesões ou castigos. Terá sido por isso que veio Andrés Madrid, em quem Jesualdo confia. Mas, é preciso encontrar formas de garantir que pelo menos mais alguns estarão física, técnica e mentalmente disponíveis, para as lutas que se avizinham.

Rui Moreira n' A Bola

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