A nossa opinião pública é facilmente intoxicável. Há muita intolerância, bastante ignorância e hipocrisia quanto baste, que são alimentadas por notícias tendenciosas e análises pouco isentas.
O futebol é um dos palcos onde essas distorções da realidade, que nos ficaram do antigo regime, se detectam com mais facilidade. O julgamento popular sobre o jogo entre FC Porto e Benfica e também sobre os jogos de FC Porto e Sporting em Belém ilustram bem o que se passa.
No primeiro caso, empolou-se a questão de um penalty discutível mas igual a tantos outros, e branqueou-se o caso do penalty indiscutível sobre Lucho. Pediu-se um castigo para Lisandro por simulação, esquecendo o mergulho sorridente de Di María contra o Braga. Além disso, exigiu-se uma punição a Bruno Alves, esquecendo uma falta não assinalada a David Luís.
No caso dos jogos do Restelo, o FC Porto sofreu um golo, numa jogada em que um jogador adversário estava ligeiramente em fora-de-jogo e interferiu na jogada, estorvando a acção de Rolando e de Hélton. O mesmo jogador do Belenenses, de seu nome Marcelo, estava também ligeiramente adiantado relativamente aos defesas do Sporting, antes de receber o passe e marcar o único golo da sua equipa. Foram dois golos ilegais e muito semelhantes, que não evitaram a derrota dos da casa.
No caso do golo marcado ao FC Porto, a comunicação social desculpou a arbitragem, salientando que cumpriu o regulamento segundo o qual, em caso de dúvida, se deve beneficiar a equipa atacante. Mas, o que é curioso, é que relativamente ao jogo do Sporting, toda a gente concordou com Paulo Bento, para quem esse foi um erro grave e não faltaram os «calimeros» do costume, a reclamar que se tratou de um roubo.
É assim, com vários pesos e várias medidas, que se vai disformando a realidade.
Rui Moreira n' A Bola.
O futebol é um dos palcos onde essas distorções da realidade, que nos ficaram do antigo regime, se detectam com mais facilidade. O julgamento popular sobre o jogo entre FC Porto e Benfica e também sobre os jogos de FC Porto e Sporting em Belém ilustram bem o que se passa.
No primeiro caso, empolou-se a questão de um penalty discutível mas igual a tantos outros, e branqueou-se o caso do penalty indiscutível sobre Lucho. Pediu-se um castigo para Lisandro por simulação, esquecendo o mergulho sorridente de Di María contra o Braga. Além disso, exigiu-se uma punição a Bruno Alves, esquecendo uma falta não assinalada a David Luís.
No caso dos jogos do Restelo, o FC Porto sofreu um golo, numa jogada em que um jogador adversário estava ligeiramente em fora-de-jogo e interferiu na jogada, estorvando a acção de Rolando e de Hélton. O mesmo jogador do Belenenses, de seu nome Marcelo, estava também ligeiramente adiantado relativamente aos defesas do Sporting, antes de receber o passe e marcar o único golo da sua equipa. Foram dois golos ilegais e muito semelhantes, que não evitaram a derrota dos da casa.
No caso do golo marcado ao FC Porto, a comunicação social desculpou a arbitragem, salientando que cumpriu o regulamento segundo o qual, em caso de dúvida, se deve beneficiar a equipa atacante. Mas, o que é curioso, é que relativamente ao jogo do Sporting, toda a gente concordou com Paulo Bento, para quem esse foi um erro grave e não faltaram os «calimeros» do costume, a reclamar que se tratou de um roubo.
É assim, com vários pesos e várias medidas, que se vai disformando a realidade.
Rui Moreira n' A Bola.
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