Algumas pessoas, certamente mal-intencionadas, poderiam imaginar que Duarte Gomes e o seu auxiliar Pedro Garcia pretendiam prejudicar o FC Porto - ou beneficiar o Benfica, tanto faz - quando resolveram admoestar Fucile com um cartão amarelo depois de um lance em que a bola, chutada à queima-roupa, bateu na mão do lateral portista. Imaginariam essas pessoas que a intenção dos árbitros lisboetas seria a de "meterem a mão" no clássico do próximo fim-de-semana impedindo a utilização do lateral pelo FC Porto na recepção aos encarnados. Pelo caminho, garantiriam a devida retribuição pelo desentendimento entre o seu motorista e um assessor do FC Porto no jogo com o Marítimo, na 12.ª jornada. Ora, essa tese, ainda que perfeitamente credível, ignora as subtilezas do humor do árbitro lisboeta, tão evidentes na forma como mandou o banco de suplentes do tricampeão nacional acalmar-se logo depois de ter punido Fucile. Na verdade, parece-me que a intenção de Duarte Gomes, ao mostrar amarelo a Fucile por um lance tão claramente casual, não foi mais do que demonstrar o seu apoio e solidariedade ao companheiro Pedro Henriques, tão violentamente criticado na Luz por um lance semelhante. Claro que, para o gesto ser completo, Duarte Gomes devia passar umas semanas na jarra.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário