terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cmunicado do FCP

No seguimento do último jogo da Liga 2008/09 no Estádio do Dragão e da sequência de declarações infelizes que este motivou, vem o F.C. Porto esclarecer o seguinte:

1 – Tendo em conta o jogo do passado domingo, o F.C. Porto concebeu o esquema de segurança habitual para desafios considerados de alto risco e para a previsão de 2500 adeptos visitantes;

2 – O planeamento da segurança para este jogo foi feito em consonância com a PSP. Na reunião de preparação para o encontro, o F.C. Porto alertou que, tendo em conta a expectativa de dois comboios com adeptos visitantes, o ideal seria separá-los em dois grupos de 750 cada, o que facilitaria o processo de revista no acesso ao Estádio do Dragão. A PSP decidiu juntá-los numa única coluna;

3 – O F.C. Porto comunicou à PSP que, face às ocorrências recentes em compromissos da equipa visitante, a revista dos adeptos seria forçosamente minuciosa. Como se comprovou com a apreensão de diverso material pirotécnico e de material passível de ser arremessado, como esferas de aço, esta medida foi acertada. Alguns desses objectos proibidos, como petardos, apenas foram detectados após a vistoria ao calçado de alguns adeptos;

4 – O F.C. Porto estranha que, apesar de dizer que ainda se encontra «a analisar» os factos, o Director Nacional da PSP já apresente conclusões. No entender de Oliveira Pereira, «o problema surgiu no estádio, com o número de entradas da fiscalização da segurança privada, dos ARD’s [assistentes de recintos desportivos], que eram só dois e tivemos de solicitar o reforço do número de agentes, para que fosse mais acelerada a entrada dos apoiantes do Benfica»;

5 – Na realidade, e como pode ser comprovado com a consulta às gravações das câmaras do estádio, os ARD’s destacados para este processo começaram por ser 18, número que subiria para 25, ainda antes da hora do jogo, com o intuito de agilizar os procedimentos de revista. Não eram cinco, como foi anunciado por um comentador desportivo, nem dez, como relatou um adepto visitante a um programa de rádio. Muito menos dois, de acordo com as palavras do Director Nacional da PSP;

6 – Perante tamanha incerteza, as palavras do Director Nacional da PSP não podem deixar de provocar alguma perplexidade. O F.C. Porto tem larga experiência na organização de esquemas de segurança para jogos de alto risco. Como se comprovou com o aparecimento de algumas tochas no sector visitante, não há planos infalíveis, mas estas excepções apenas vêm confirmar o acerto das medidas assumidas;

7 – O F.C. Porto costuma proceder à análise dos factos antes de avançar com conclusões e está sempre disponível para discutir com todas as entidades no sentido de melhorar os procedimentos de segurança. Não é hábito do clube dirigir responsabilidades próprias para terceiros. Muito menos em eventos que envolvem o bem-estar de 50 mil pessoas e extravasam em muito lógicas meramente clubísticas.

Porto, 10 de Fevereiro de 2009

Sem comentários: