Falou-se pouco sobre o FC Porto-Benfica de domingo passado. Do jogo propriamente dito. Falou-se muito do antes e do depois, da violência, da troca de gentilezas entre os dois clubes, mas falou-se pouco do jogo que o FC Porto ganhou por 3-1 com apenas 10 jogadores em campo. Ora, há algumas coisas para dizer sobre um jogo que desmentiu algumas ideias pré-concebidas sobre Jesualdo Ferreira. Uma é que não sabe motivar os jogadores. Não me lembro de ver muitas equipas mais motivadas que o FC Porto frente ao Benfica no domingo. Outra é a de que lhe falta ambição. Não me lembro de ver nenhuma equipa tão ambiciosa que fosse capaz de reagir a uma expulsão e a um golo em menos de cinco minutos, reassumindo logo a seguir as rédeas do jogo. E finalmente a de que demora a reagir às incidências do jogo. Não me lembro de ver um treinador reagir tão rápida e eficazmente à expulsão de um jogador (entrada de Miguel Lopes para compensar a saída de Fucile) e, depois, à necessidade de gerir a vantagem no marcador em desvantagem numérica (entrada de Rodríguez para libertar a velocidade de Hulk). Para lá do antes e do depois, para lá da violência que todos repudiam, houve um grande jogo de futebol. E uma lição do professor.
Jorge Maia n' O Jogo.
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