O que se segue é um exercício assumidamente subjectivo, capaz de ser resumido numa das mais odiosas frases feitas de sempre: vale o que vale. Mesmo sem aquecer nem arrefecer na opção do FC Porto, para mim, entre os dois candidatos sobre os quais se esgrimem argumentos nesta recta final da escolha do substituto de Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas parece-me a opção mais natural. Conhece a estrutura do clube, a forma como funciona, o campeonato e os jogadores. A estrutura também o conhece a ele, e acredito que, além da inevitável competência, a troca de uma peça tão nuclear como é um treinador integra esses princípios na equação. André Villas-Boas tem sido encarado com alguma desconfiança por ser novo e ter poucas provas dadas. É verdade que é novo e que tem um currículo curto. Mas, por outro lado, já alguém parou para pensar como é que tão poucas provas conseguiram atrair tantas atenções? É esse "não sei quê", um magnetismo que não se explica, que muitas vezes faz a diferença num treinador. E, além de uma bola, a maior parte das vezes os jogadores tendem a correr atrás de uma boa ilusão. Ou de alguém que a saiba criar e tirar partido dela.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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