sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma cajadada, três coelhos

Matar dois coelhos com uma cajadada. Aí está uma expressão tipicamente portuguesa e, talvez por isso mesmo, muito politicamente incorrecta nestes tempos de preocupação com os direitos dos animais. Matar um coelho à cajadada evoca imagens de violência medieval que só fazem sentido num desenho animado da Warner Brothers. Matar dois coelhos com uma cajadada só, contudo, não é fácil. Acreditem. Um ainda vá, mas o segundo simplesmente não pára quieto. Deve ser por isso que a expressão é usada para descrever situações em que dois problemas são arrumados de uma só vez. Ora, ontem, o FC Porto matou três coelhos com uma cajadada só. Emprestou Adriano ao Braga, onde o brasileiro terá a oportunidade de voltar a jogar após duas temporadas parado e resolveu o problema criado pela ausência do avançado no treino de domingo depois de ter sido alegadamente agredido na noite. Pelo caminho, os portistas aproveitaram para reconhecer o crescimento da influência de Mariano na equipa promovendo-o a capitão e para dar um enorme voto de confiança a Hulk, renovando com o brasileiro por dois anos e fixando a cláusula de rescisão nos 100 milhões de euros.

Jorge Maia n' O Jogo.

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