A época do FC Porto tem sido mais ou menos como uma versão "hardcore" daquelas provas dos Jogos Sem Fronteiras em que, não só a equipa A tem de atravessar uma piscina cheia de crocodilos por cima de um tronco de madeira coberto com sebo, como durante a travessia os adversários da equipa B podem abanar o tronco e atirar cocos só para manter as coisas animadas. Esta temporada, quando o desafio de reconstruir a equipa e o próprio calendário não colocam obstáculos suficientes no caminho dos tetracampeões nacionais, são os castigos mais ou menos polémicos a complicar as contas de Jesualdo Ferreira, ou as lesões mais ou menos graves a imporem-lhe mudanças, desequilibrando a equipa, impedindo a consolidação do sistema e forçando alguns deslizes. Agora mesmo, quando Jesualdo Ferreira parecia ter encontrado uma solução para a ausência forçada de Rodríguez, Varela e Mariano, eis que mais uma lesão lhe rouba Guarín, forçando mudanças no onze, impondo mais uma solução de recurso e potenciando eventuais desequilíbrios. Um desafio complicado, numa altura em que o FC Porto não tem margem para erros.
Jorge Maia n' O Jogo.
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