sábado, 17 de abril de 2010

Belluschi sem comparações


Logo no início da época, quando explodiram os primeiros elogios a Belluschi, naquela pressa de tirar conclusões atrelada aos reforços, houve a inevitável colagem a Lucho. Jesualdo Ferreira ainda tentou avisar: olhem que não é bem assim, são diferentes etc. etc. Estava certo, e isso agora parece-nos tão óbvio, mas o problema é que, mesmo estando certo, não o dispensou - porque não quis ou, provavelmente, porque não pôde - das mesmas tarefas de Lucho. Belluschi definhou, perdido em funções que lhe eram estranhas e falhando o importantíssimo passo de causar uma boa primeira impressão. O esquema manteve-se, Belluschi foi aguentando sem deslumbrar; Tomás Costa não aparecia; Guarín também não; Meireles tardava a acertar o passo; não havia Rúben Micael; e a equipa encravava. Se calhar, mais do que a suposta liberdade de movimentos, sublinhada com diplomacia, Belluschi deve carregar noutra liberdade: a definitiva descolagem da comparação com Lucho. Mesmo que nem todos tenham visto a coisa assim desde o início, a ilusão acabou por ser partilhada. Sem excepções.

Hugo Sousa n' O Jogo.

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