terça-feira, 9 de março de 2010

Temos de fazer golos e vamos fazê-los

O FC Porto parte em vantagem para a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões que está a discutir com o Arsenal, mas Jesualdo Ferreira garante que os portistas não vão limitar-se a uma postura defensiva, esta noite, no Emirates Stadium. De resto, o treinador do FC Porto assume que "um golo de vantagem é pouco" e, por isso, assegura que o objectivo passa por marcar em Londres. No limite, o que interessa mesmo é garantir o apuramento para os quartos-de-final da Champions pela segunda época consecutiva. E para o conseguir, o FC Porto nem sequer precisa de ganhar, o que, de resto, nunca aconteceu em Terras de Sua Majestade. Não precisa, mas Jesualdo Ferreira sempre foi dizendo que "há uma primeira vez para tudo". Será desta?


Qual é o estado de espírito da equipa depois dos últimos jogos?
Amanhã [hoje] logo se vê. Quando as coisas não correm bem, a melhor forma de as avaliar é jogar.

Espera encontrar grandes diferenças entre o Arsenal da primeira mão e o deste jogo?
Esta é uma eliminatória que se disputa por diferença de golos e a grande diferença entre este Arsenal e o outro é o ambiente e aquilo que será o apoio dos seus adeptos, mas, a forma como o Arsenal encara os adversários não vai mudar muito.

A ausência de Fàbregas não é significativa?
Os processos dependem de muitos jogadores e é o colectivo que as comanda. Pode dar-se o caso de haver alterações por causa da ausência de um jogador, mas serão sempre pontuais e não será por aí que o Arsenal vai encarar o jogo de forma diferente.

O FC Porto parte em vantagem. Sente que é mais importante não sofrer golos ou tentar marcá-los?
Já disse que a eliminatória se disputa por diferença de golos. Ainda não sabemos se temos de jogar mais 90 ou 120 minutos, mas temos confiança naquilo que podemos fazer e a certeza de que um jogo disputado com o nosso espírito e o do Arsenal será sempre dividido. Teremos um Arsenal forte e pressionante de início, tal como nós fomos fortes e pressionantes no Dragão, e acredito que o jogo será definido por detalhes tácticos em que o Arsenal é muito forte, e nós também. De resto, sabemos que temos de fazer golos aqui e vamos fazê-los.

Mas não admite assumir uma posição de expectativa, dada a vantagem na eliminatória?
Não creio que a vantagem seja significativa. Um golo é pouco, porque os golos fora valem por dois. Sabemos isso. Por essa razão, vamos tratar disto como se fosse um jogo novo com o objectivo de conseguir um bom resultado. Estivemos nos quartos no ano passado e vamos voltar a tentar o mesmo. E tentaremos até aos limites.

O Arsenal vai tentar marcar cedo. Isso pode forçar uma mudança de estratégia?
A forma como o resultado evoluir vai definir o jogo. São possíveis todos os cenários, mas temos consciência de que temos armas para discutir com o Arsenal. Este jogo não é a pontos, e neste tipo de jogos é preciso adaptarmo-nos aos regulamentos da prova, porque há regulamentos que podem determinar os acontecimentos. A nossa posição é clara: vamos discutir o jogo porque só assim podemos discutir o resultado. Há imponderáveis que não controlamos, mas discutir o jogo compete-nos a nós, e é isso que vamos fazer.

Jorge Maia, José Manuel Ribeiro n' O Jogo.

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