À falta de melhor explicação, sobra esta: a calendarização da Taça da Liga revelou pouca fé na habilidade europeia dos clubes portugueses, sobretudo os que estavam na Liga Europa. Se há muito que se sabia que a final seria no Algarve - justificação que ouvi esta semana, acompanhada por um encolher de ombros na reacção às críticas geográficas -, também há muito que o calendário da UEFA estipulava que os oitavos-de-final da Liga Europa acabariam por dinamitar o intervalo necessário para viabilizar a final hoje, como chegou a ser pensado. No meio de tanto desmazelo e de uma verdadeira falta de bom senso, valeu à Liga o nome dos finalistas para muito provavelmente garantir boa casa e fazer de conta que será um sucesso, mesmo que seja um sucesso desnivelado nas cores. Se a localização é discutível, mas aceitável, o dia e a hora têm explicação mais difícil. Só faltava dizer agora que é para encurtar o tempo de presença dos adeptos no Algarve - terão de regressar depressa se forem trabalhar... - e assim evitar confrontos depois do jogo.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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