Já aqui escrevi algumas vezes sobre a pressa que algumas pessoas têm de fazer o funeral ao FC Porto, assim como quem faz questão de enterrar um passado incómodo. Ora, correndo o risco de ser profano, tenho de recordar Mark Twain para dizer que as notícias sobre a morte do tetracampeão nacional me parecem algo exageradas. O penta até pode ser uma miragem, mas não é uma impossibilidade e, tal como Jesualdo Ferreira e Bruno Alves sublinharam, é muito cedo para atirar a toalha ao chão. De resto, o FC Porto tem outros objectivos para atingir esta época. O acesso à Liga dos Campeões é um deles, a vitória na Taça da Liga e na Taça de Portugal é outro, e ainda há a hipótese de acesso aos quartos-de-final da Champions, a discutir com o Arsenal daqui por uma semana. Mais do que o suficiente para tornar positiva a época de muitos clubes. Ora, se é certo que o FC Porto ainda está vivo, já é mais discutível que ainda tenha alma. Pelo menos, quem vê alguns dos supostos símbolos do clube à toa, de braços caídos, impotentes no meio do relvado de Alvalade, tem o direito de duvidar.
Jorge Maia n' O Jogo.
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