terça-feira, 2 de março de 2010

Bipolaridade

Este FC Porto é um desafio para qualquer analista. Goleia o Sporting na Taça, empata com o Leixões no campeonato, goleia o Braga no campeonato, ganha ao Arsenal na Liga dos Campeões e é goleado pelo Sporting no campeonato. Não se trata apenas de instabilidade, trata-se de uma oscilação exibicional capaz de rebentar a escala de Richter, tornando impossíveis quaisquer previsões que não sejam aquelas que prevêem ser este FC Porto completamente imprevisível, uma equipa de extremos, capaz do melhor hoje e do pior amanhã sem nada de concreto que justifique tal variação. Parece evidente que, apesar das suas claras limitações, o plantel do FC Porto tem qualidade suficiente para enfrentar qualquer adversário e ganhar. Tal como é claro que, apesar de toda a sua qualidade, o plantel do FC Porto tem as limitações suficientes para enfrentar qualquer adversário e perder. A única diferença entre o FC Porto que goleia e o FC Porto que é goleado é o estado de espírito, a motivação, a estabilidade emocional. Precisamente aquilo que costumava fazer a diferença a seu favor.

Jorge Maia n' O Jogo.

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