O que pode parecer uma evidência tornou-se para mim uma doutrina quando ouvi a frase, mais coisa menos coisa, sair da boca de José Mourinho, dava o FC Porto os primeiros passos na época que terminaria na glória de Gelsenkirchen. No final de um jogo com o Leiria, ganho pelos portistas com as dificuldades que o 3-1 não expressa, Mourinho disse que "fácil era ganhar a jogar bem", atribuindo aos triunfos mais ou menos imerecidos a importância decisiva para consagrar um campeão. Ouvi, há dias, algo parecido numa transmissão de uma corrida de carros e lembrei-me: ora, o FC Porto que durante quatro anos teve direito a errar - em especial no título de Adriaanse e no primeiro de Jesualdo -, não tem esta época a mesma simpatia do destino, algo de que Braga e Benfica não podem queixar-se. Se é verdade que tem até goleado quando joga bem, o autogolo com o Marítimo, os empates com Belenenses e Leixões são prova de que este FC Porto não percebeu que este ano tinha de dar sempre um pouco mais de si. Em todos os jogos.
Alcides Freire n' O Jogo.
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