terça-feira, 2 de junho de 2009

Dois anos, dois ângulos positivos

Os tabus não são relevantes pelos mistérios que encerram, mas pelas discussões que abrem. Pegue-se no exemplo de Jesualdo: à boleia do entretenimento criado à volta do novo contrato, e à falta de elementos factuais que o alimentassem verdadeiramente, as últimas semanas serviram para pisar e repisar os quês e os porquês de uma continuidade justificada. E merecida. Ganhou títulos, formou jogadores e recuperou até algum fôlego europeu. Os dois anos de contrato introduzem uma variável nova, sobretudo num país de desgaste rápido, mas, por mais que me esforce à procura do contrário, só encontro ângulos positivos na decisão. O positivo-barra-maravilha: correndo bem, como o FC Porto espera que corra, haverá certamente aplausos, e isso pode até ditar uma tendência - a dos treinadores a longo prazo. Positivo-barra-perverso: correndo mal, coisa de que só está livre quem não toma decisões, haverá melhor maneira de evitar fantasmas?

Hugo Sousa n' O Jogo.

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