sexta-feira, 12 de junho de 2009

Desculpas e fanfarronices

JESUALDO FERREIRA renovou com o FC Porto e «abriu o livro» em várias entrevistas. Sobre os seus ressentimentos, já me pronunciei na televisão e hei-de voltar ao tema numa crónica futura. O que mais me surpreendeu foi a forma cândida como, depois de se ter queixado, e com razão, de que tudo fora feito para que ele não estivesse no banco, no jogo do Dragão com o Manchester United, revelou que esteve no estádio e « num local longe, mas com comunicação directa para o banco», não sabendo, ainda assim, até que ponto o castigo influenciou o desfecho do encontro e da eliminatória.
Confesso a minha surpresa, porque qualquer comunicação que tenha havido foi muito bem «maquilhada». Admira-me que Jesualdo Ferreira o reconheça, ainda que esteja certo que não violou qualquer regra, e que o departamento jurídico lhe terá previamente garantido que não haveria consequências disciplinares para ele ou para o clube.

Para além do «fait divers», volto ou assunto porque critiquei José Gomes pelas substituições efectuadas, que julgava terem sido da sua autoria. Para quem não se recorde, Lucho deu lugar a Mariano, por motivo de lesão, e Farias e Tomas Costa substituíram Rodriguez e Sapunaru a meio da segunda-parte. Só que, agora fiquei a saber que, afinal, a escolha não foi do adjunto e, por isso, peço-lhe desculpa pela inadvertida injustiça.

Em nota de rodapé, gostei do golo «azul e branco» que resolveu o jogo da selecção na Albânia, onde Cristiano Ronaldo voltou a não jogar.

Talvez ele não saiba, mas a sua fanfarronice portofóbica, sobre os golos que gosta de marcar ao FC Porto, não basta para agradar aos adeptos portugueses. Mesmo os que são adeptos de outros clubes começam a estar fartos de tantos tiques e de tanta preguiça.

Rui Moreira n' A Bola.

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