sábado, 12 de setembro de 2009

É cada vez mais difícil jogar no Dragão

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Jesualdo Ferreira garante que não poupará ninguém a pensar no Chelsea, concentrando-se num problema de cada vez.

A equipa já tem saudades do campeonato?

Alguns jogadores têm, outros acabaram de jogar. Há dez que estiveram envolvidos nos trabalhos das selecções e que podem ter saudades da equipa, das nossas metas. Como sabem, daqui por um mês volta a haver selecções e a debandada normal. Até lá, estamos focalizados naquelas que são as nossas preocupações e obrigações, a começar pelo Leixões. Um jogo que considero difícil, porque, no Dragão, é cada vez mais complicado jogar. É mais difícil resolver os jogos, pelas capacidades das equipas e também pelas estratégias que utilizam. Este Leixões, que só sofreu um golo, e até foi um autogolo, vem discutir o jogo, até porque tem, no seu passado, uma jornada vitoriosa de que todos se recordam. Essa é a imagem que o seu treinador passará aos jogadores.

Disse que é cada vez mais difícil jogar no Dragão. Não deveria ser o contrário, cada vez mais fácil?

É cada vez mais difícil jogar com as equipas que defrontam o FC Porto, porque, sobretudo em nossa casa, assumem uma postura que nos dificulta a vida, através da diminuição dos espaços, da agressividade e de uma grande capacidade de motivação. Isso tem sido notório, o que nos obriga a ser, no Dragão, uma equipa diferente no registo de jogo. Para nós, é claro que, no nosso campeonato, é cada vez mais difícil jogar - os adversários estão talhados para determinadas tarefas defensivas e são capazes de ter, no seu funcionamento, ideias de como utilizarem os jogadores ofensivos de que dispõem. O FC Porto é visto em todos os jogos, pelo que todos os jogadores e treinadores conhecem as nossas características, obrigando-nos também a ser diferentes, mudando algumas perguntas e respostas que surgem nos jogos, e isso não é fácil de conseguir rapidamente. Esta época, só jogámos uma vez em casa e penso que ganhámos bem, com um resultado justo.

Considera o Leixões deste início de época, comparado com o da época passada, mais fraco?

Não, os resultados é que são diferentes, e somos influenciados por eles. Muitas vezes, os resultados configuram equipas diferentes, transmitem confiança, que foi aquilo que o Leixões foi tendo, além de revelar capacidades que, na época passada, lhe permitiram terminar numa posição boa. Desta vez, o campeonato não começou assim, os resultados também não, mas não há ainda margem para poder ter um comentário seguro sobre o que é capaz de fazer. A equipa continua a ser boa, mantém o mesmo treinador, a mesma filosofia e as mesmas coordenadas de jogo, embora tenha perdido alguns jogadores.

O facto de, na época passada, o Leixões ter sido a única equipa a ganhar no Dragão para o campeonato serve de aviso?

Já passou quase um ano. Não é esse tipo de motivação que trazemos para o nosso trabalho; é um jogo de campeonato, temos de o ganhar, porque queremos estar em cima, independentemente do que se tenha passado. Também fomos ganhar ao Estádio do Mar.

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