sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Crónica de uma morte exagerada

Os meus limitados conhecimentos de física traíram-me. Tinha para mim que não havia nada mais rápido do que a luz - com minúscula, para não haver confusões -, mas estava redondamente enganado, que aliás é a forma geométrica perfeita para os equívocos. Afinal, há coisas mais rápidas do que a luz. A velocidade a que quiseram fazer o funeral ao FC Porto na sequência da derrota com o Arsenal é uma delas. É evidente que aquele foi um dos piores jogos dos últimos anos dos tricampeões nacionais, mas, numa adaptação livre das palavras de Mark Twain, que um dia foi confrontado com o anúncio do seu próprio falecimento, as notícias da morte do FC Porto são muito exageradas. Para já, para além do jogo e dos respectivos pontos, o FC Porto perdeu essencialmente uma dose considerável do prestígio europeu acumulado ao longo dos últimos anos. Mas, como dizia alguém, só se pode perder o que se tem. De resto, o FC Porto continua vivo e aos pontapés em todas as frentes. Há quem já não possa dizer o mesmo.

Jorge Maia n' O Jogo

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