domingo, 7 de fevereiro de 2010

Não podemos baixar os níveis

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira ao jornal O Jogo:

Jesualdo Ferreira fez, para O JOGO, a antevisão do encontro com a Naval em que, garantiu, a responsabilidade será maior do que na recepção ao Sporting. Isto porque depois do nível atingido no clássico, "não é permitido" descer a patamares inferiores. Contudo, o professor está à espera de um adversário mais fechado. Para o bater conta com Bruno Alves e uma equipa mais estável do que há uns meses, mesmo voltando a não contar com elementos como Raul Meireles e Rodríguez.

Espera conseguir capitalizar a confiança que a equipa tem após a vitória com o Sporting?

Esperamos sempre que as coisas corram tão bem ou melhor do que no jogo anterior, mas o jogo com o Sporting foi especial, a eliminar, que nos correu muito bem, com uma boa exibição. Como houve outras, mas em que o FC Porto, em largos períodos, foi idêntico ao melhor momento com o Sporting, mas em que acabámos por ser penalizados ao não conseguir ganhar ou ao não ter a estabilidade necessária para impedir o adversário de empatar ou reduzir o marcador no final. Com o Sporting, o FC Porto conseguiu jogar bem, fazer golos, foi eficaz, mostrando uma boa dinâmica ao longo dos 90 minutos.

Falou em estabilizar o jogo da equipa, o FC Porto vai ser mais constante com a Naval?

Este jogo vai ser diferente: é a Naval e para o campeonato. São expectativas diferentes para os jogadores, maiores exigências para os adeptos, e será jogado tacticamente de outra forma. É um jogo diferente, mas ainda com mais responsabilidades, porque quando se atingem os níveis que o FC Porto atingiu no último jogo, não se permite que desça a patamares inferiores.

Espera menos espaços para jogar do que contra o Sporting?

O jogo vai ser marcado pelo ataque do FC Porto e uma Naval a defender mais, a tentar chegar à nossa baliza e fazer um golo em quatro ou cinco situações de ataque rápido ou duas ou três de bola parada. Vai ter um figurino idêntico a tantos outros e cabe-nos desmontá-lo.

Consegue explicar como é que o FC Porto faz o seu melhor jogo da época sem os habituais Raul Meireles, Bruno Alves, Rodríguez e Helton?

Talvez porque ao fim de algum tempo houve jogadores que já estão mais integrados, já percebem melhor o jogo da equipa e estão mais confiantes. Estamos habituados a que, depois de chegarem e as coisas ainda estarem por acontecer, já se tirem conclusões. A história do FC Porto desde que cá estou foi sempre assim. É normal que a equipa tenha jogador melhor do que há uns tempos. Quero recordar que jogámos apenas com quatro jogadores da época passada e se a equipa foi capaz de jogar naquele nível é porque os processos foram adquiridos. É consequência normal do trabalho. Às vezes não há paciência porque queremos ganhar ontem, mas é minha obrigação saber quais os tempos necessários para que se possa jogar aos níveis de exigência do FC Porto.

O FC Porto falhou a contratação de Kléber, mas fechou com David Addy. O que pode dizer sobre este reforço?

Estamos a falar de um campeão do mundo sub-20, como foi o Figo, o João Pinto e tantos outros. É um ganês que tem experiência na Europa, o que é importante, e um miúdo com qualidade que está cá para continuar a aprender.

Carlos Gouveia n' O Jogo.

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