domingo, 11 de janeiro de 2009

À segunda, só cai quem quer

Confer~encia de imprensa de Jesualdo Ferreira, n' O Jogo

Uma jornada foi quanto o FC Porto aguentou a liderança recuperada em Outubro. Desta vez, Jesualdo Ferreira pretende mantê-la mais tempo. De preferência, até ao final do campeonato. Para o conseguir, sabe que tem de começar por vencer o Trofense, uma equipa que elogiou e que não acredita que vá ao Dragão jogar "olho no olho" com o FC Porto. Por isso, pediu aos jogadores para ocuparem bem os espaços e privilegiarem o jogo exterior de forma a evitar o mesmo resultado do último jogo em casa: empate com o Marítimo. Numa conferência de Imprensa monopolizada pelo tema Cissokho [ver página anterior], o técnico apelou à presença dos adeptos e lembrou que os golos têm surgido tarde, justificando assim alguma instabilidade nas primeiras partes. A terminar, revelou que alguns jogadores dos sub-19 vão começar a treinar com o plantel principal.

Da outra vez que o FC Porto assumiu a liderança perdeu-a na jornada seguinte. E agora, tem condições para a manter?

Na primeira qualquer um cai, na segunda cai quem quer. E o FC Porto não quer cair. O Trofense merece-nos muito respeito porque é uma equipa que vem da II Liga, pequena, mas que tem tido um trabalho excelente. Não só pela forma como subiu de divisão, mas também pela forma como tem gerido essa subida: trocou de treinador e apostou num jovem, formou um plantel com pouca gente conhecida, embora agora já tenha três ou quatro com maior nome. E fez um resultado excelente na última jornada. Por isso, o Trofense é uma equipa difícil.

Está à espera de que tipo de adversário?

Espero uma equipa muito motivada depois do que aconteceu na última jornada e que nos vai colocar os mesmos problemas que todas as outras. Ou seja, apresentando uma maior densidade defensiva, agressividade e motivação na tentativa de intranquilizar o FC Porto. Não espero uma equipa que venha discutir o jogo olho no olho connosco, o que nos obriga a ter a responsabilidade, primeiro, de sermos líderes e queremos continuar a ser e, depois, de defrontarmos uma equipa que está mal classificada. Temos de ter essa consciência porque de cada vez que passa uma jornada e o FC Porto está na frente, deixa de haver um jogo para fazer e aproximamo-nos mais dos nossos objectivos.

No último jogo em casa, o FC Porto sentiu dificuldades perante a densidade defensiva do Marítimo. Como pode contornar isso?

Fazendo aquilo que não conseguimos nesse jogo. O nosso processo assenta num jogo exterior muito forte, que devemos potencializar, que permita que tenha largura e profundidade. É importante que a mobilidade esteja presente, assim como a ocupação dos espaços. É o que vamos tentar fazer.

Sem comentários: