sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O insustentável peso dos nomes

O FC PORTO acabou o ano com um empate caseiro que interrompeu a melhor série de resultados com Jesualdo Ferreira como treinador. Desta forma, e apesar de não ter perdido pontos para os adversários directos, também não conseguiu, antes das festas, a liderança que os adeptos tanto esperavam.
O treinador do Marítimo entende que a sua equipa mereceu ganhar. Só se foi pelas duas bolas que atingiram a trave da baliza do FC Porto, ou pelo mérito do seu guarda-redes, que não devia ter jogado se os regulamentos fossem justos, pois fora expulso na jornada anterior mas limpou o castigo na Taça da Liga… De resto, a sua equipa foi tímida e só não perdeu o jogo porque os jogadores azuis e brancos foram muito perdulários. Rodriguez, à sua conta, poderia ter marcado quatro golos fáceis, e o jogo teria terminado numa natural goleada. Mas, também é verdade que o FC Porto só jogou bem durante a primeira meia hora, enquanto Meireles teve forças para colmatar a ausência de Lucho Gonzalez, que se arrastou em campo, mais uma vez, durante 90 minutos. No final, voltou a haver pressão, mas esta foi sempre na forma de um 'chuveirinho' atabalhoado.

Neste jogo, Jesualdo foi, afinal, igual a si próprio. Sóbrio, competente, mas tímido nas substituições e vergado ao peso dos nomes das camisolas. Só assim se entende que tenha apostado em Fucile e Pedro Emanuel como laterais, num jogo em que era preciso alguém que jogasse rápido pelas alas, e que tenha deixado Lucho, que agora até falha no passe, em campo, quando tinha Guárin, que tanto elogiou, no banco.

Veremos o que acontece em Janeiro próximo. Fala-se da saída de Stepanov, Farias e Bolatti e do regresso de João Paulo e de Pitbull. Este último será uma opção para alguns jogos, mas continua a faltar um lateral de qualidade e um pouco mais de ousadia e atrevimento.

Rui Moreira n' A Bola.

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