segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um empate, duas medidas

Curiosas algumas das análises que se fizeram ao clássico de sábado, sublinhando o mérito da resistência encarnada às adversidades do jogo, nomeadamente às lesões musculares que limitaram a capacidade da equipa de Quique Flores nos instantes finais do encontro. Como se as lesões musculares fossem uma fatalidade que pelo seu carácter acidental e aleatório ilibam o técnico encarnado e a restante equipa técnica de responsabilidades por elas. Nos antípodas está Jesualdo Ferreira. Sem lhe reconhecerem qualquer mérito pela resistência física evidenciada pelo FC Porto, as mesmas análises são implacáveis quanto ao desaproveitamento da vantagem numérica de que o FC Porto beneficiou durante cerca de meia hora. E concluiu-se, por isso, que o empate foi bom para o Benfica e mau para o FC Porto. Mesmo que o Benfica tenha dois pontos e o FC Porto quatro depois de já ter jogado na Luz. Talvez seja verdade. Empatar com o Benfica na Luz talvez seja mesmo um mau resultado para o FC Porto.

Jorge Maia, n' O Jogo

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