sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Decifrando as entrelinhas

Em entrevista ao jornal Público Jesualdo Ferreira falou da saída de Quaresma e das opções para esta época. Percebe-se, pelo tom, que está ressentido com algumas críticas que se têm ouvido.
O treinador terá as suas razões. É um profissional respeitado e com currículo, conhece o plantel e os seus trunfos. Além do mais, os jogos não se repetem e ninguém pode garantir que os resultados seriam melhores, se as opções fossem outras. Mas, o professor convirá que os adeptos que o têm apoiado podem ser fracos treinadores de bancada, mas não são cegos.

Compreende-se que recorde à crítica e a esses adeptos que, depois da saída de três titulares, precisa de tempo para remodelar a equipa. Percebe-se que seja politicamente correcto ao falar e assumir a paternidade pelos reforços. Mas, se o problema passa, como diz, por garantir a constância, como se explica que ainda não tenha atinado com um trinco e jogue na Luz com uma equipa, e um sistema, que ainda não testara? E, se é indispensável fazer alterações em função do adversário e da forma pontual dos jogadores, não seria óbvio, depois dos falhanços que os de Belém só não tinham aproveitado por aselhice, que Helton não deveria jogar no Estádio da Luz?

A teimosia em optar por um guarda-redes que não inspira confiança aos adeptos e, pior, não merece a confiança dos seus colegas da defesa, prejudica o próprio atleta, desanima os seus substitutos e ricardiza toda a equipa.

Mas a parte mais intrigante da entrevista é aquela em que o treinador refere que a equipa se vai moldar através da integração dos novos jogadores em torno dos mais antigos. Depois, cita estes como sendo Pedro Emanuel, Lucho, Lisandro, Helton e Raul Meireles que são óbvios, mas também Fucile. Terá sido lapso, ou esquecimento, ou haverá outra razão para omitir Bruno Alves desta lista?

Rui Moreira n' A Bola

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