domingo, 24 de agosto de 2008

Nem anjo nem demónio

Bruno Alves não é um anjo. Também não é um demónio. É um bom central. Um dos melhores centrais do futebol português. Uma afirmação contestável hoje, quando parece evidente que vai continuar no FC Porto, mas quase unânime há coisa de um mês, por exemplo, quando foi avançada a possibilidade de uma transferência para o Inter de José Mourinho. Como muitos outros jogadores do FC Porto antes dele, Bruno Alves há-de ser unânime quando deixar de vestir de azul-e-branco, uma inevitabilidade considerando a sua evolução ao longo dos últimos anos. Aliás, à distância, sem o ruído provocado pelas preferências cromáticas de cada um, já houve quem o conseguisse reconhecer como um dos melhores centrais europeus. Agora, também é verdade que Bruno Alves não é um central macio, jogando muitas vezes no limite da legalidade, o que faz com que seja admirado pelos seus e odiado pelos adversários. Para tirar a teima, podia perguntar-se a Paulo Bento ou Quique Flores se não gostariam de o ter entre as respectivas opções, mas todos sabemos qual seria a resposta.

Jorge Maia n'O Jogo

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