domingo, 1 de novembro de 2009

Outros ritmos


A menos que se queira entrar num domínio bipolar, que não encontra um ponto de equilíbrio entre elogios e críticas, talvez seja melhor isolar o jogo com o Belenenses sem tentar fazer dele tese de grandes conclusões. O futuro dirá se os problemas detectados são estruturais ou apenas acidentais. Viu-se neste jogo em concreto um FC Porto a duas velocidades: começou lento-barra-desinteressado; acabou rápido-barra-atabalhoado. Os números sugerem um FC Porto dominador. E foi um FC Porto dominador. Mas, se ter a bola é importante, mais importante ainda é saber o que fazer com ela. Adaptado de outra ideia, este princípio é capaz de ajudar a explicar parte do contraste entre o que dizem as estatísticas e o que efectivamente se produziu em campo. Apesar das virtudes que este empate não apaga, houve também pecados que se repetiram: Jesualdo Ferreira ainda não encontrou um jogador que pense e execute a ritmos equilibrados; um jogador que saiba desacelerar o jogo sem adormecer e acelerar de uma forma que não seja desgovernada. Esse pecado nota-se mais quando o adversário não "colabora". A boa notícia é que costuma notar-se menos com a ambição natural das equipas... da Liga dos Campeões.

Hugo Sousa n' O Jogo.

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