Há cerca de um ano, numa entrevista a O JOGO, Jesualdo Ferreira definiu Raul Meireles como o melhor médio de transição português. Foi um elogio fácil, mas não foi gratuito. Foi fácil por ser sincero e não foi gratuito porque Raul Meireles tinha feito, nessa época que terminou a conquista do tetra pelo FC Porto, mais do que o suficiente para o merecer. Este ano, esse Meireles capaz de recuperar a bola no meio-campo e oferecê-la numa bandeja aos avançados, mas também disponível para surgir na zona de finalização a rematar praticamente não se viu no FC Porto. Aliás, a última época parece ter sido encarada por Meireles como um longo e cuidadoso estágio para o Mundial da África do Sul. Com sucesso. O melhor médio de transição português de que falava Jesualdo Ferreira voltou a ver-se agora na Selecção Nacional, fundindo num só gesto e num só pensamento a defesa e o ataque. Vem mesmo a calhar para Carlos Queiroz e para a Selecção Nacional. Para Jesualdo Ferreira e para o FC Porto, contudo, Meireles não foi um médio de transições, foi apenas um médio transitório.
Jorge Maia n' O Jogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário