terça-feira, 4 de novembro de 2008

Treinadores e treinadores de bancada

As maiorias são coisas muito instáveis e por isso mesmo perigosas. Jesus, por exemplo, foi crucificado em vez de Barrabás por decisão da maioria. Ora, há coisa de um mês, na sequência da derrota frente ao Arsenal, promovemos um inquérito online a propósito da titularidade da baliza do FC Porto no clássico com o Sporting e as respostas foram esclarecedoras: Nuno recebia 53 por cento dos votos, Helton recolheu apenas 28 por cento das preferências e Ventura ficou-se com apenas 19 por cento dos votos. Ontem, um mês e três derrotas mais tarde, voltámos a perguntar quem deveria ser o eleito de Jesualdo Ferreira para a baliza do FC Porto. Mais de 70 por cento dos votantes querem Helton de volta à baliza e apenas 30 defendem a continuidade de Nuno. Imagino que muitos dos que ontem votaram em Helton tenham preferido Nuno na votação anterior. Aliás, pode muito bem acontecer que mudem de opinião num par de semanas e, se os maus resultados continuarem, não faltará até quem considere Ventura a escolha acertada para a baliza. Jesualdo Ferreira, contudo, não pode mudar de opinião de cada vez que as coisas correm mal. O FC Porto precisa de um rumo e de uma identidade definida. Urgentemente.

Jorge Maia n' O Jogo

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