sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Chegou o que faltava

EM Kiev, apareceu o Porto que faltava. E, se a sorte sorriu na segunda parte, também é verdade que ela começou por ser madrasta. Com o remate de Meireles ao poste e o golo dos ucranianos a frio e na primeira tentativa, parecia que estávamos mais uma vez condenados ao sofrimento das últimas semanas.
O FC Porto acabou por ganhar, e bem, sem jogar muito bem. Teve dificuldades e momentos de desconcentração. Helton não teve culpas no golo sofrido, Pedro Emanuel esforçou-se para cumprir uma missão ingrata, mas a defesa oscilou. Lucho marcou um excelente golo, a passe do inevitável Lisando, mas não está em forma, o que condiciona a equipa.

Felizmente, as substituições saíram bem a Jesualdo. Pelé entrou bem no jogo, empurrando Fernando para lateral, sem qualquer prejuízo pois este esteve melhor do que Sapunaru. Também Hulk voltou a estar bem. Pena é que nem sempre combine o seu jogo com os companheiros, uma vez por culpa própria, outra vez porque não lhe passam a bola. Apesar disso, é uma força da natureza, com enorme margem de progressão.

Mas, se houve um jogador que encheu o campo e mereceu esta vitória, esse foi, a meu ver, Raul Meireles. Foi ele quem dominou os espaços a meio-campo, quem tentou desequilibrar, quem cortou jogadas perigosas dos ucranianos e marcou o ritmo quando a equipa tinha a posse de bola. Foi sempre a imagem do inconformismo, e fez uma prestação «à Porto», até mesmo nos momentos em que a equipa oscilava.

Reinaldo Teles mereceu que lhe dedicassem esta vitória. Espero que esta alegria lhe dê força e ânimo para vencer a sua batalha…

Agora, a Liga dos Campeões volta a estar em aberto. Se pontuarmos em Istambul, dificilmente ficaremos fora da fase seguinte. Mas, é já no domingo que temos um novo e decisivo confronto…

Rui Moreira n' A Bola

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