Já lhe disseram que terá de substituir Bruno Alves?
Sinceramente, ainda não me inteirei de tudo, mas já estive a ver na internet quem serão os meus companheiros e os argentinos que fazem parte do grupo. Isso é importante.
Há vários sul-americanos. Por aí não deverá ter problemas...
Sim, já sei. Há argentinos, uruguaios, há o Falcao e o James Rodríguez, que conheço bem por ter jogado contra eles. Haver quem fale a mesma língua parece-me importante para entrar mais facilmente no grupo e para a adaptação.
Com Villas-Boas, já teve oportunidade de falar?
Não, não tive contacto, porque deixei tudo nas mãos do meu empresário e estou à espera que os dirigentes acertem tudo. Sou uma pessoa que vive o dia-a-dia, aproveitando as coisas à medida que vão ocorrendo. Sei é que, assim que fique tudo concretizado, terei de estar em forma para render à altura do que significa o FC Porto.
E qual é o desafio a que se propõe, que metas tem para concretizar?
Triunfar, sem dúvida. Ter um bom rendimento, e que o clube ganhe muitos títulos. Depois vê-se como evolui a carreira. Para mim, seria importante estar em bom nível para continuar a ser opção na selecção argentina.
Aqui na Argentina, a certa altura disse-se que iria para o Milan. Não foi porquê?
Não tinha passaporte comunitário. Estou a tratar disso, mas queriam que o tivesse já, pois só havia vaga para um extracomunitário.
Estreou-se há dois anos, jogou um Mundial e agora chega ao FC Porto...
É verdade que tem sido tudo muito rápido, mas sinto-me com ganas de me colocar à prova noutro futebol, de viver uma experiência nova. Não é que quisesse deixar o Vélez [Sarsfield], mas tinha vontade de enfrentar um desafio novo. Na Europa, o futebol é mais rápido, a dois toques, diferente do argentino.
Já deu para experimentar essa diferença no Mundial...
Sim, cruzei-me com os melhores. Aproveitei ao máximo, apesar da frustração que foi ser eliminado pela Alemanha. Agora compete-me fazer bem as coisas no FC Porto para ter a oportunidade de jogar outro Mundial, já com mais experiência.
Como se apresentaria aos adeptos do FC Porto?
Sou rápido e penso que bom na antecipação. Em campo, estou sempre totalmente concentrado no jogo; nem ouço o que se passa nas bancadas. Gosto de me antecipar aos avançados para que estes não possam controlar a bola. E, sim, falo muito, gosto de comandar a defesa e os meus companheiros; da defesa, temos uma visão mais alargada do campo e é importante ajudá-los.
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