Milhões embolsados, qualificação garantida. O FC Porto está nos oitavos-de-final da Champions outra vez, a quarta consecutiva guiada por Jesualdo Ferreira. E é por repetir-se tantas vezes que este hábito pode começar a ser confundido com uma coisa banal. Sabemos todos, ou deveríamos saber, que não é. Aliás, considerando a corda pendurada no pescoço de outros grandes europeus, nesta mesma Liga dos Campeões, dá para ter uma ideia da coisa, descontando as diferenças competitivas dos grupos. Mesmo assim, sabendo isso tudo, se quisermos ver o lado B de um feito que é extraordinário, não deixa de ser curioso sublinhar que o FC Porto fez uma das mais tranquilas primeiras fases de sempre na Champions praticando o futebol mais inseguro dos últimos tempos. Agora, comprovadamente sem razões para intranquilidades, porque um dos principais objectivos futebolísticos e financeiros da temporada está assegurado, chegou a hora de resolver coisas tão simples como a precipitação nos passes, a concentração na posse de bola ou a frieza na finalização. Se à mulher de César não bastava ser séria, a uma boa equipa não basta parecer eficaz.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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