terça-feira, 3 de novembro de 2009

Este jogo tem de ser uma marca



Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:



Ivan Jovanovic disse que contra equipas mais fortes não há outra táctica senão a defesa, mas Jesualdo Ferreira não foi na cantiga. O treinador do FC Porto espera um APOEL diferente daquele que viu no Dragão. Uma equipa mais perigosa, consciente da necessidade de pontuar e apoiada por um público fervoroso. Nada que o impeça de assumir "a intenção clara de ganhar" e deixar já resolvido o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Para o conseguir, o treinador do FC Porto admite fazer uma ou duas alterações, até porque assume que a equipa ainda não tem condições para estabilizar um onze, e promete um FC Porto bem melhor do que aquele que derrotou os cipriotas no Dragão.

O objectivo para este jogo é deixar o apuramento para os oitavos-de-final da Champions resolvido já?
O nosso objectivo, num jogo que pode ser decisivo, é assegurar um resultado que nos possa garantir o apuramento. Por outras palavras, viemos cá para ganhar, mas há outros factores que são decisivos para podermos garantir esse apuramento e que podem não contribuir para isso. A nossa intenção clara é ganhar, mesmo sabendo que este jogo tem um posicionamento diferente do outro, no Dragão, e reconhecendo que para o conseguirmos vamos ter de ser bem melhores do que fomos, porque também vamos encontrar um adversário diferente e mais forte do que o que encontrámos lá.

Considerando as dificuldades sentidas nos últimos jogos, haverá alterações na estrutura da equipa?
Não haverá alterações na estrutura, mas sim de comportamento. Vamos ter um público apaixonado que vai defender o APOEL, mas, desde que estou no FC Porto, já conseguimos resultados importantes em Istambul e em Inglaterra, com ambientes igualmente hostis. Haverá duas ou três alterações, porque ainda não temos os níveis necessários para garantir estabilidade ao nível da equipa. Resumindo: este é um estádio bom e um público bom, com uma equipa boa que nos vai provocar, criando um momento bom para nos assumirmos.

Há um ano a deslocação a Kiev marcou um momento de mudança no FC Porto. Espera que aconteça o mesmo aqui?
Este jogo tem de ser uma marca. Já disse que o FC Porto não vai ser uma equipa igual e acredito que o APOEL também será diferente. É uma equipa que respeitamos muito, até porque conseguiu garantir a presença na Champions por um caminho difícil. Perderam por um com o Chelsea, empataram a zero com o Atlético de Madrid e perderam no Dragão por um golo de diferença. Serão, certamente, um teste às nossas capacidades, tal como foram os jogos com o Sporting e o Atlético de Madrid, ambos ultrapassados com mérito.

Espera um APOEL mais ofensivo do que aquele que enfrentou no Dragão?
Nos três jogos que faltam, o APOEL sabe que pode garantir em casa, frente ao FC Porto e ao Atlético de Madrid, os pontos necessários para abrir novas perspectivas na Champions ou na Liga Europa. Depois, sabemos que esta equipa em casa é muito diferente. É uma equipa nova na Champions, mas com jogadores muito experientes, que contam com o apoio de um estádio que se espera cheio de adeptos fervorosos. É o tipo de ambiente que pode influenciar equipas menos experientes e, neste quadro, vamos certamente ter comportamentos diferentes das duas equipas. Sabíamos que, ganhando no Dragão, podíamos chegar aqui em condições de deixar o apuramento quase resolvido, mas também sabemos que este será um jogo em que teremos de sofrer para conseguirmos os nossos objectivos.

Jorge Maia e Tomaz Andrade n' O Jogo.

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