A resposta andava na ponta da língua há anos, sempre prontinha a saltar quando me pediam a definição de bom avançado: é aquele que marca golos óbvios. Ponto. Pouco me importava se alto ou baixo, gordo ou gordíssimo, como alguns fenómenos. Um bom avançado, para mim, costumava ser sempre a mesma coisa: aquele que marcava os golos óbvios. Continua a ser bom que os marque. Mas, completando a resposta, convém não esquecer os que gostam de arriscar para além do óbvio; os que investem em bicicletas, trivelas ou desenham manobras de calcanhar. Este golo de Falcao ajudou a puxar a memória de Madjer. Mais do que decalcar o gesto de um e outro, mais do que sublinhar os contextos diferentes - o que é óbvio, óbvio, óbvio - este exercício de revisitar Viena ajuda a recuperar o tempero dos momentos mágicos. Mas, não me interpretem mal: continuo a gostar de golos óbvios...
Hugo Sousa n' O Jogo.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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