sábado, 31 de outubro de 2009

Hóquei em Patins - Porto empata

O FC Porto Império Bonança empatou este sábado por 2-2 frente ao Benfica, em encontro da quarta jornada do campeonato nacional, disputado no pavilhão da Luz, em Lisboa. Os octocampeões nacionais recuperaram de uma desvantagem de 2-0 para chegar à igualdade, graças a dois tentos de Reinaldo Ventura. A dois minutos do fim, Emanuel Garcia não conseguiu converter um livre directo que podia ter consumado a reviravolta.

Os Dragões alinharam com Edo Bosch, Filipe Santos, Reinaldo Ventura, Pedro Moreira e Pedro Gil. Jogaram ainda André Azevedo, Emanuel Garcia e Jorge Silva.

Sub-17: Porto vence

A equipa de sub-17 do FC Porto averbou este sábado mais uma vitória no Campeonato Nacional de Juniores B (Série B). A equipa de Pedro Emanuel recebeu e goleou o Trancoso por 4-1, revelando-se quase sempre superior ao seu adversário. Os golos azuis e brancos foram apontados por Tozé (7m), Adriano Castanheira (26m), Erik Gray (44m) e João Graça (76m).

O FC Porto alinhou com a seguinte equipa: Eloi Silva, Ruben Teixeira, Hugo Bastos, João Novais (João Graça, 66m), Tiago Bragança, Júlio Santos (Gil Santos, 40m), Erik Gray (Alexandre, 73m), Fábio Martins, Joaquim Lupeta, Tozé e Adriano.

Formação - resultados de hoje

Superioridade e resultados robustos em vários campos. Eis o resumo de mais um sábado preenchido com muitos jogos da formação do FC Porto.

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (I Divisão)
FC Porto-Boavista, 3-0
(Tiago Couto, 8m; José Pedro Leite, 14 e 59m)

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, Série 2)
FC Porto-Coimbrões, 8-0
(Bernardo Martins (2), João Bernardo (2), Diogo Eiras (2), João Gonçalves e Francisco Sousa)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, Série 4)
FC Porto-Gondomar, 3-0
(Bruce Iuri, 11 e 57m; Scholles, 20m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, Série 1)
FC Porto-Oliveira do Douro, 8-0
(David Aguiar (3), Gabriel Lopes (2), Marcelo, Manuel Namora e Gonçalo Resende)

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 5)
Baião-FC Porto, 1-14
(Hugo Almeida (3), Nuno Valente (3), Francisco Trincão (2), Diogo Fernandes, Dylan Barbosa, Gonçalo Silva, Fernando Braga, André Pinhal e Filipe)

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 2)
FC Porto-Rio Ave, 9-3
(Hélder Silva (3), Paulo Alves (2), Diogo Leite, António Pedro, Leandro Teixeira e Francisco Caetano)

Sub-10: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 3)
Ringe-FC Porto, 1-9

Sub-10: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 4)
FC Porto-FC Lagares, 8-0

Sub-9: Campeonato Distrital de Futebol de 7 (Série 1)
FC Porto-Gervide, 4-1
(André Ramalho (2), Gonçalo Marques e Rodrigo Ferreira)

Capas de 31 de Outubro de 2009


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Liga Sagres - Porto empata

FCPorto 1 - Belenenses 1.





Capas de 30 de Outubro de 2009


Continuamos a ganhar

 Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Jesualdo Ferreira reconheceu dificuldades neste arranque de temporada, muito por culpa das lesões que têm afectado muitos jogadores, mas recordou, igualmente, a boa série de vitórias do FC Porto. Prometeu mais e melhor para os próximos jogos e abordou ainda a simulação de Aimar ou a chamada de Hulk à selecção brasileira. Pelo meio, elogiou o Belenenses, o adversário que se segue antes das deslocações ao APOEL e ao Marítimo

Por entre elogios ao Belenenses, Jesualdo Ferreira fez um apelo aos adeptos do FC Porto: "Venham ver o jogo". A eles, garante-lhes melhorias na qualidade do futebol praticado pela sua equipa.

Numa jornada em que os dois primeiros classificados se vão defrontar, torna-se ainda mais importante para o FC Porto vencer?

A nossa linha de funcionamento sempre foi a mesma: preocupamo-nos apenas com os nossos jogos. O jogo entre os dois primeiros classificados vai acontecer depois do nosso, e não funcionamos fora daquilo em que estamos realmente focados, ou seja, nos nossos desafios, muito menos quando vamos entrar apenas para a nona jornada. Neste momento, queremos apenas garantir uma equipa competitiva, resolver algumas questões que toda a gente conhece e focarmo-nos sempre no jogo que se segue.

Criticou a primeira parte do jogo com a Académica e disse que esperava que servisse de exemplo. Sente que a equipa não vai repetir aquela exibição com o Belenenses?

No futebol temos exames constantes e alguns interregnos para nos prepararmos para os exames seguintes, que neste caso é o Belenenses. Vai ser um jogo difícil, apesar de estarem numa situação não muito agradável. O Belenenses tem uma equipa em reconstrução e qualidade, assim como um bom treinador. Recordo que empataram em Alvalade. É uma equipa que vem colocar os mesmos problemas de todas as que visitaram o Dragão num passado recente. Temos de repetir a fórmula dos últimos anos, corrigir o que não está bem, sobretudo alguns aspectos a que pudemos assistir durante o jogo com a Académica. A avaliação do que fizemos nestes três dias de trabalho vai ser conhecida no próprio jogo com o Belenenses.

Que balanço faz deste arranque de temporada?

Antes de mais, gostaríamos de ter mais gente no estádio, mais sócios, mais adeptos, porque apesar das dificuldades que estamos a atravessar, as pessoas não se podem esquecer que continuamos a ganhar. Até ao momento, disputámos 13 jogos oficiais, e vencemos 10. E ganhámos 10 num contexto de desenvolvimento difícil. Os adeptos do FC Porto sabem isso, eles são exigentes, obrigam-nos a ser cada vez mais fortes e melhores e, nesse sentido, gostaríamos que viessem ainda mais do que no último jogo, sabendo que estaremos melhor a cada jogo que passa.

Pedro Marques Costa n' O Jogo.

Paixões e inquisições

O FC Porto ganhou a Supertaça, quase garantiu a passagem à fase seguinte da Champions, e, apesar de ter tido um calendário mais difícil, está a apenas a três pontos do Benfica. Tudo isto acontece depois de ter feito um encaixe financeiro considerável que lhe custou duas das suas principais peças, e apesar de ter sete dos seus jogadores lesionados.
Será este um FC Porto menor? Até Jesualdo reconhece que as exibições não são de encher o olho, que nem tudo corre na perfeição, que há lacunas. Mas, a procissão vai no adro. Há novos jogadores que ainda não tiveram oportunidade de mostrar o que valem, principalmente no meio-campo que foi o sector mais atingido pelas alterações no plantel e onde a saída de Lucho está por resolver. Há, também, peças indispensáveis que tardam em atingir a plena forma.

É verdade que, esta época, o Benfica está mais forte. Enquanto o FC Porto fez mais-valias, cimentando o futuro, o Benfica encavou tudo por tudo na construção de uma nova equipa. É natural que assim seja, depois de quatro anos de vitórias portistas e de muitos anos de apagamento encarnado. Apesar deste reequilíbrio de forças ser indisfarçável, e de não estar plenamente satisfeito com o desempenho da equipa, não partilho do veredicto pessimista de Miguel Sousa Tavares que, na sua crónica de terça-feira, considerava ser esta a mais fraca equipa portista dos últimos anos. Guardo o meu juízo para mais tarde, quando a equipa do FC Porto estiver a 100% e defrontar o Benfica, cuja boa forma será difícil de manter.

Mas, dito isto, lamento que o site oficial do clube, através de mais um texto do anónimo Labaredas, se dê ao trabalho de atacar o MST por delito de opinião, principalmente quando há tanta, mas tanta coisa a dizer e que não tem sido dita pelo FC Porto, sobre muita coisa estranha a que temos assistido esta época. Nem me parece que se possa acusar MST de incoerência por, no ano passado e por esta altura, ter dito a mesma coisa, porque entendia, então, que só restavam Lucho, Lisandro e a esperança Hulk. Ora, se os dois primeiros saíram, é natural que MST ache que a equipa está ainda pior, e essa opinião, que repito não é a minha, tenho-a ouvido a muitos outros adeptos.

MST pode não ter sempre razão, mas escreve com a paixão do portista que quer sempre mais. Ora, essa insatisfação faz parte da cultura vencedora de um clube como o FC Porto que quer sempre ir mais longe e não repousa nos louros. Mas, para além disso, nos momentos mais difíceis em que é preciso tocar a reunir, é sempre ele o primeiro, e o melhor, a defender a honra e a glória do clube, com a sua prosa de coragem e com assinatura.


Será tango ou será tanga
A equipa do Benfica tem grande aproveitamento das bolas paradas. Tem, também, uma enorme capacidade de persuasão, conseguindo cavar livres e penalties, principalmente através de Di María, Saviola e, é claro, de Aimar. Sabe-se que os argentinos inventaram o tango, uma expressão cultural que aprecio e que acaba de ser elevada a património da humanidade pela UNESCO. Mas, por aquilo que se tem visto no relvado da Luz, transformado em piscina com o beneplácito dos senhores do apito e com o silêncio da comunicação social, os que vestem de encarnado são também grandes artistas na tanga. É normal porque, segundo conta a história da música argentina, antes do tango, havia a milonga.

Vergonha amarela
GOSTAVA que os árbitros fossem invisíveis. Gostava de poder assistir a um jogo de futebol e, no final, não me recordar de ter visto os árbitros, que já foram três, agora são quatro, e vão ser seis. Gostava que os jogos fossem decididos pelos jogadores que estão em campo. Gostava que as oportunidades fossem criadas por esses artistas. Gostava que quem manda no futebol gostasse do futebol de que eu gosto. Gostava que conseguissem encontrar quem, gostando de futebol, o conseguisse arbitrar sem querer ser protagonista. O que vemos, em Portugal, é que tudo acontece ao contrário. Os árbitros agora vestem de amarelo? Pois, deve ser porque alguém andar envergonhado com o que eles vão fazendo.



O direito de errar
É verdade que há muitas circunstâncias do jogo em que os árbitros não têm ao seu dispor os meios necessários para interpretarem aquilo que é visto na televisão, através do recurso às repetições. Mas, isso não desculpa que os árbitros assinalem faltas que não viram, que valorizem os mergulhos para a piscina, que se submetam à pressão das bancadas, que entrem em compensações e inclinem os campos de futebol. O que está em curso, no futebol português, é lamentável. Fala-se da falta de qualidade dos árbitros e da dificuldade de encontrar trigo entre tanto joio, mas não se pode escamotear que os critérios que determinam algumas das nomeações são, no mínimo, incompreensíveis.

André Villas Boas
FEZ parte da equipa de Mourinho e com ele passou pelo FC Porto. Estuda o futebol de forma científica e matemática. Preparou-se para uma carreira de treinador. Quem o conhece, garante que «só pensa em futebol». Chegou à Académica e, em duas semanas, transformou um conjunto de jogadores medianos numa equipa coesa e organizada. No Dragão, e enquanto os níveis físicos da equipa o permitiram, a Académica fechou todos os caminhos ao FC Porto, manietando Fernando e controlando, assim, as transições atacantes. No fim do jogo, Villas Boas não se enredou em desculpas, nem se perdeu em elogios ao adversário. Não tenho dúvidas que este treinador irá longe no futebol.

Rui Moreira n' A Bola.

O modelo e o sistema

O FC PORTO não anda no seu melhor e abre a defesa sem cerimónia para que o adversário faça pela vida. Isto é muito bom para os adversários, mas nós trememos na bancada ao imaginar a repetição dos primeiros 45 minutos com a Académica. Ao fim desse tempo, apetece a qualquer um entrar em campo e vergastar aqueles repolhos ambulantes que falham passes com galhardia e se expõem aos assobios; mas um resto de pundonor deixa-nos pregados ao assento, à espera de um golo.
Jesualdo diz, uma, duas, três vezes, que a equipa não pode jogar assim. E tem razão; mas, então, ele que trate de ordenar aquela barafunda. Recordo aos leitores esta passagem de uma entrevista de Setembro do ano passado (ao Público), em que Jesualdo Ferreira explicava o nervo do jogo: «O FC Porto tem o seu sistema-base. E depois tem princípios, tem métodos e tem estratégias que variam necessariamente tendo em vista alcançar determinados rendimentos e resultados. O sistema-base não define o modelo. O modelo é um conjunto de sistemas, princípios, métodos e estratégias. O que se pretende atingir cada vez com maior eficácia é que é o modelo.»

Lido isto (que na altura me deixou em coma estratégico, mas silencioso), há uma coisa que eu não entendo, e admito que seja por culpa minha: quando é que se joga de novo?

A temporada do Benfica está a ultrapassar todas as expectativas, incluindo as de Jorge Jesus. Ao sair de Braga, deixando o Bom Jesus para trás, ele não imaginava que ia limpar o Everton ou o Nacional com esta clareza. Alguma coisa haverá, mas não me meto nos balneários do adversário. Escrevo por outra coisa: incomodam-me as "vestais do futebol", muito moralistas. Desta vez, criticaram Jesus por ter levantado quadro dedos na direcção do treinador adversário. Que isso era uma ofensa. Ofensa? Só se fosse por não lhe ter mostrado os dedos dos golos que faltavam. Deixem-se de mariquices.

Francisco José Viegas n' A Bola.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Capas de 28 de Outubro de 2009


Hulk: Mundial? Tudo é possível


O sonho da selecção concretizou-se. Dunga, que acompanha há algum tempo os jogos do FC Porto, viu com particular atenção os dois golos que Hulk marcou ao APOEL, fez as contas e decidiu convocá-lo para os jogos particulares com Inglaterra e Omã, agendados para Novembro. Trata-se de uma estreia absoluta do avançado portista, que nem percebeu muito bem o que lhe estava a acontecer quando, ontem, após o treino, recebeu uma mensagem de um amigo a dar-lhe os parabéns pela convocatória. Mal chegou a casa a esposa perguntou-lhe também se tinha sido chamado. Como já era muita coincidência, o Incrível só parou em frente ao computador, segundos depois, para esfregar os olhos enquanto abria a página da Confederação Brasileira de Futebol. Afinal, não era brincadeira. A O JOGO, Hulk revelou a ambição de ainda fazer parte do lote de eleitos para o Mundial da África do Sul. Para isso, prometeu continuar a brilhar nos relvados portugueses e até já se imagina a receber passes de Kaká e companhia ilimitada de talento.

Como e quando soube que tinha sido chamado à selecção?
Quando cheguei a casa, depois do treino, recebi no telemóvel uma mensagem de um amigo que dizia apenas "parabéns, selecção". Nem entendi o que ele queria dizer e, depois, a minha esposa perguntou-me se tinha sido convocado, porque a irmã dela, que está no Brasil, lhe tinha dito qualquer coisa. Aí comecei a juntar as peças, fui ao site da CBF e vi lá o meu nome, foi quando tive a certeza.

Entretanto, já conversou com Dunga ou o adjunto, Jorginho?
Ainda não, mas também estava com um problema no telefone e nem sei se algum deles me tentou ligar. Vai ser a primeira vez que vou vestir a camisola do meu país, é uma responsabilidade muito grande defender uma selecção que é pentacampeã mundial. É sinal de que estou a trabalhar bem.

Dedica a alguém em especial esta chamada?
Em primeiro lugar, a Deus, por tudo o que aconteceu na minha vida, e ao FC Porto, que me ajudou a ser reconhecido e a destacar-me no campeonato e na Liga dos Campeões.

Pode dizer-se que é o ponto mais alto da sua carreira?
Não sei. É a realização de um sonho, mas trabalho para atingir sempre um nível melhor. Chegar até aqui não foi fácil e agradeço ao FC Porto ter-me dado esta oportunidade de poder ser reconhecido pelo Dunga.

Considera que foi a chegada ao FC Porto que lhe abriu as portas do escrete?
Com certeza. Desde que comecei a jogar aqui passei a ser conhecido mundialmente, e agora pela selecção.

Acha que os golos ao APOEL tiveram algum peso?
Toda a gente vê a Liga dos Campeões e fiz dois golos importantes, creio que deram uma ajuda grande para chegar lá.

Acha que ainda vai a tempo de convencer Dunga a levá-lo ao Mundial?
Tudo é possível, o futebol é uma caixinha de surpresas. Vou procurar trabalhar bem e aproveitar as oportunidades que surgirem. Se representar bem a selecção nestes jogos ejogando bem pelo FC Porto, tenho a certeza de que estarei lá.

Já se imagina a receber passes do Kaká?
Poder jogar com alguém que já foi o melhor do Mundo é um privilégio, mas o Brasil tem inúmeros jogadores de qualidade. Quem foi chamado é porque se tem destacado nos seus clubes. Espero ser bem recebido, vou estar junto de muitos jogadores de qualidade, e dar o melhor para me encaixar no grupo.

Carlos Gouveia n' O Jogo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Liga Sagres - Classificação


Capas de 27 de Outubro de 2009




Mariano: Suponho que esta semana vão falar bem de mim...

A redenção de Mariano perante a plateia azul e branca surgiu da forma menos provável: com um inédito golo de cabeça que quebrou a muralha defensiva da Académica. Os assobios, que já eram uma constante no Dragão, foram substituídos por aplausos, e o argentino até acredita que, por uns dias, os jornais vão passar a falar mais bem dele. Mariano tem a impressão de que os adeptos têm menos tolerância com ele do que com outros companheiros, mas não faz disso um caso nem mostra qualquer ressentimento, porque, garantiu a O JOGO, deixa sempre tudo em campo.


Concorda que o golo apontado à Académica foi muito importante para o FC Porto, mas também para si?
O golo foi importante para a equipa, porque nos deu vantagem contra um adversário que estava muito fechado e se mostrava complicado de bater. É verdade que também significou muito para mim por tudo o que se falou durante a semana.

De alguma forma, foi um golo de raiva?
Não, foi importante pelo momento em que surgiu, quando estávamos empatados. O meu golo abriu o jogo. "A posteriori", pensando em tudo o que aconteceu, ganha outro significado.

Os festejos foram divididos entre os companheiros e a claque. Por alguma razão em especial?
Eles aplaudem-me desde que cheguei ao FC Porto. Apoiam e cantam o meu nome; têm demonstrado o seu apoio, e aquela foi a minha forma de lhes agradecer.

Já outros adeptos parece que não têm muita paciência consigo...
Obviamente, não é uma situação que me agrade. Procuro receber aplausos e ter alegrias. Mas não comando a cabeça ou as acções de tanta gente. Tenho de pensar em fazer as coisas para que a equipa ganhe e ajudar os meus companheiros. Procuro não pensar nisso nem escutar os assobios.

Acha que esses adeptos têm menos paciência consigo do que com outros jogadores? Contra o APOEL, por exemplo, começaram a assobiá-lo aos quatro minutos...
É possível, mas é normal. Há sempre um adepto que fala ou reclama mais do que outro. Também tenho sido criticado na Imprensa, e as pessoas são influenciadas. Mais do que tudo, dou a vida em campo e suponho que esta semana vão falar melhor de mim do que fizeram na anterior. São as diferentes formas de ver futebol.

Antes do golo teve uma excelente jogada individual que terminou com um cruzamento disparatado e um coro de assobios. Onde foi buscar forças para não baixar os braços?
Acredito no meu trabalho e no meu valor. A minha intenção era a melhor: o Falcao estava sozinho dentro da área e, talvez por alguma ansiedade, não controlei bem a bola. Tentei cruzar pelo chão e a bola saiu muito alta. Uma das coisas de que me dizia o psicólogo era que todos cometem erros, mas que na jogada seguinte ou no minuto seguinte há sempre a oportunidade de corrigir.

Agora trabalha essa componente psicológica com Jesualdo?

Sempre. Mas isso acontece com todos. Há momentos bons e menos bons. No meu caso, como já referi, existe uma tolerância menor, e isso gera uma situação mais grave.

A expulsão com o APOEL contribuiu para os assobios?
Não, isso já vem de trás, mas claro que as coisas se vão acumulando.

Carlos Gouveia n' O Jogo.

O FC Porto mais fraco dos últimos anos

1 Não me entendam mal: eu não estou zangado com a equipa do meu clube. Sei que não se pode ganhar sempre e, se há alguém que não se pode queixar disso, é um portista. Também sei que o campeonato não nos está a correr propriamente mal – apenas tivemos o empate inicial em Paços de Ferreira e a derrota em Braga com a equipa-sensação desta época – e, na Liga dos Campeões, temos já, ao fim de apenas três jogos, a porta escancarada para os oitavos-de-final. Não estou, pois, zangado, limito-me a dar a minha opinião: este é, até ver, o FC Porto mais fraco dos últimos anos, a mais fraca das equipas de Jesualdo Ferreira, a que pior futebol pratica. Também sei que estamos desfalcados de uma série de jogadores, sobretudo Belluschi – que faz muita falta porque escasseiam médios ofensivos criativos – e Silvestre Varela, que estava a ser a revelação da equipa. E sei, claro, que, quando tomamos o termo de comparação óbvio – o Benfica, de Jorge Jesus – é preciso não esquecer que, enquanto eles gastaram mais de 50 milhões a comprar jogadores, nós facturámos 70 a vendê-los. E essas coisas têm de ter consequências. Mas, quando digo que este é o FC Porto mais fraco dos últimos anos, nem sequer estou a tomar o Benfica por termo de comparação: estou a comparar este FC Porto com o que ganhou os três últimos campeonatos.
Depois dos onze dias de interrupção para as Selecções, os portistas esperavam que essa interrupção servisse para sarar feridas e afinar estratégias, tanto mais que, logo de seguida, o FC Porto iria dispor de quatro jogos fáceis e todos eles em casa: contra o Sertanense para a Taça, o Apoel, a Académica, última da classificação, e o sempre-em-crise Belenenses. Afinal, três jogos disputados e quinze dias decorridos, nada disso tem acontecido: os lesionados não foram recuperados, os em baixo de forma (Raul Meireles e Cristian Rodriguéz) não melhoraram, e os dois primeiros dos três jogos fáceis (o Sertanense não conta) acabaram em vitórias tangenciais, desassossego inesperado e exibições confrangedoras.

Jesualdo Ferreira (que já elogiei tanta vez) tem a sua quota de responsabilidade. O seu conservadorismo, a sua aversão à inovação e à mudança, tornam-se especialmente notados e perniciosos nestas alturas em que o seu baralho com as mesmas cartas de sempre dá mostras de não funcionar. Nos últimos tempos, por força do número anormal de lesões e da duração anormal dessas lesões, Jesualdo tem sido obrigado a chamar uma quantidade de juniores aos treinos da equipa principal e até dispôs de uma oportunidade de ouro para os testar no jogo da Taça. Mas é apenas uma formalidade: todos sabemos que ele não aproveitará um único. Quantos juniores lançou Jesualdo na equipa principal nestes mais de três anos? E de quantos jovens que pareciam à beira de se tornarem em certezas já se desfez, mandando-os rodar para outras equipas e deixando a treinadores alheios a tarefa de os tentar transformar em jogadores de categoria? Com Jesualdo tudo é sempre prevísivel: são os mesmos de sempre, uma espécie de clube fechado, onde, em cada ano, não entram mais do que um ou dois dos onze reforços que Pinto da Costa todos os anos, infalívelmente, lhe fornece. É fácil, facílimo, adivinhar as equipas de Jesualdo Ferreira: são os onze óbvios de sempre e, se algum se magoa, avança o Mariano; se se magoam dois, avança também o Tomás Costa; se se magoam três, avança por fim o Guarin. Conclusão: como há sempre alguém castigado ou lesionado, o Mariano, para desespero meu, está sempre em campo, porque ele nunca se magoa. (Mas o Mariano tem a sorte dos inocentes: depois de mais uma desastrada exibição, culminada com expulsão contra o Apoel, lá estava ele, outra vez, no onze incial contra a Académica. Dei-me ao trabalho de anotar escrupulosamente tudo o que fez. E eis o que fez: tocou na bola pela primeira vez aos 16'20'' (!), depois de ter entrado em jogo com a atitude de quem estava num garden-party. Daí até ao minuto 65, limitou-se a receber e atrasar bolas, a ensaiar algumas fintas falhadas e a conseguir uma boa jogada de envolvimento pela direita que terminou com um cruzamento para a bancada do lado oposto. Mas, ao minuto 65, ao meter uma bola de cabeça para dentro da área, viu esta acabar directa dentro da baliza, sem saber como; e, três minutos volvidos, cruxou rasteiro e direito a um adversário, que falhou o corte e permitiu o golo de Farias. Daí até final, voltou a nada mais fazer, mas foi quanto bastou para que se dissesse que «Mariano resolveu o jogo»). E sexta-feira, contra o Belenenses, lá estará outra vez.

Oh, sim, Lisandro faz muito falta e Lucho ainda mais! Belluschi, tem bons pés mas que não chegam aos calcanhares de Lucho, e Falcão é um excelente ponta-de--lança clássico, mas não um dinamitador de toda a frente de ataque, como Lisandro foi. E basta que Belluschi e Varela estejam lesionados e Meireles em sub-rendimento, para que não haja nem médios capazes de abrirem linhas de passe e de ruptura para a frente, nem extremos capazes de flanquearem jogo (Jesualdo deitou fora uma meia-dúzia deles, nos últimos anos). Se o génio de Hulk não está em dia de sair do frasco e o jeito de Falcão está sumido, acontecem estatítiscas como a de o F.C.Porto, ao fim da primeira parte no Dragão, ter três remates à baliza da Académica, contra seis dos estudantes – que só queriam jogar para o 0-0…

2 E acontece ainda ( a verdade é para ser dita) que o Benfica está a jogar um grande futebol, que dá gosto ver. Não é apenas a impressionante média de 3,5 golos por jogo, ou a cadência de jogo ofensivo do quarteto sul-americano do ataque (Di Maria, Aimar, Saviola, Cardozo). É também uma coisa que há muito, muito tempo, não se via ao Benfica: o prazer de jogar, o respeito pelo público, a vontade de fazer cada vez mais e melhor e a sensação de que ali está a nascer uma verdadeira equipa e não apenas um lote de jogadores momentâneamente inspirados. Confesso que estava longe de esperar tanto do Benfica de Jorge Jesus. Não sei se isto é para durar e se continuará assim quando chegarem os jogos a doer – já no próximo fim-de-semana, em Braga. Mas, para já e por enquanto, caramba, que diferença para o Benfica dos últimos anos, que tanto reclamava e apregoava e tão pouco jogava!

3 A notícia de que Nuno Ribeiro, o vencedor oficial da última Volta a Portugal em Bicicleta, se transformou afinal no quinto vencedor a perder o título por posterior análise positiva de doping, já não consegue surpreender, infelizmente, ninguém. Desde há largos anos que o ciclismo se vem suicidando alegremente, por responsabilidade de corredores, directores desportivos e uns bandidos que usam o título de médicos. Mas também não venham depois com a hipocrisia de lançarem as culpas todas para cima dos médicos: quando um ciclista português, para correr a Volta a Portugal, recorre aos serviços de um médico colombiano, está tudo sub-entendido.

Por mim, há muito que desisti de me interessar pelo ciclismo e de seguir as provas. Pelo menos, desde que o nosso ídolo Joaquim Agostinho (apanhado três ou quarto vezes em controlos positivos) teve esta afirmação imortal, numa entrevista dada aqui mesmo: «Eu nunca tomei doping. Mas também que ninguém imagine que se pode subir o Alpe d'Huez só com bife grelhado e Eau d'Evian!». Fiquei esclarecido.

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

domingo, 25 de outubro de 2009

Liga Sagres - Porto vence

FCPorto 3 - Académica 2.












Andebol - Porto vence

FC Porto venceu este domingo em casa o Benfica por 27-25, graças a uma segunda parte de grande qualidade e alicerçada na excelente exibição do guarda-redes Hugo Laurentino, na sexta jornada do campeonato de andebol.

Após várias desvantagens no primeiro tempo, a equipa “azul-e-branca” surgiu melhor na etapa final e depois de ter alcançado a superioridade no marcador, não mais a deixou fugir, igualando os “encarnados” na tabela classificativa.

Na reedição da final da temporada passada, entrou melhor o Benfica, vice-campeão, com três golos sem resposta nos primeiros cinco minutos, no aproveitamento ao desacerto ofensivo do FC Porto.

Os campeões portugueses, agora orientados por Ljubomir Obradovic, redimiram-se a partir dos 6.25 minutos, quando Ricardo Moreira iniciou a primeira reviravolta do jogo, levando o FC Porto até aos 5-3.

Capas de 25 de Outubro de 2009



Maturidade táctica

O FC Porto tem crescido. Mesmo com as limitações impostas pelas inúmeras ausências de jogadores chave, mesmo com os soluços provocados pelos regulares compromissos das selecções, mesmo assim o FC Porto tem crescido. Não tanto como podia crescer em condições ideais, mas ainda assim, o suficiente para ir resolvendo os problemas que vão surgindo sem hipotecar a promessa de um futuro mais brilhante. Um evidente sinal desse crescimento foi a forma como Jesualdo Ferreira, limitado ao nível das opções, conseguiu encontrar, dentro do onze que fez alinhar de início frente ao Apoel, as soluções para os problemas criados pela equipa cipriota. A mudança de posicionamento de Mariano e Rodríguez foi o suficiente para a equipa se reequilibrar, mudando de posicionamento e atitude, revelando uma maturidade táctica fundamental para ultrapassar os problemas causados pelas várias ausências que a têm afectado. Uma maturidade que será colocada à prova uma vez mais esta noite.

Jorge Maia n' O Jogo.

FC Porto está melhor tacticamente

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Juntando lesões e selecções, há uma ideia de maturidade que cresceu à sombra dessas dificuldades. Fucile disse que o FC Porto era o melhor, mas Jesualdo, que hoje cumpre o jogo 150 no clube, preferiu sublinhar o lado táctico de um crescimento que acha evidente. A Académica foi o ponto de partida da conversa, mas o melhor mesmo é começar já pelo meio da conferência de Imprensa...

Duas questões. Primeira, se sente a equipa mais confiante depois da vitória na Liga dos Campeões; segunda, se vai contar com Belluschi ou algum dos outros lesionados.

Belluschi não está, infelizmente. Também não estão o Valeri, o Varela e todos os outros lesionados. Por um conjunto de razões, que não só as lesões, não temos conseguido um trabalho constante e a resposta que os jogadores têm dado resulta, exclusivamente, da capacidade que demonstram nesse pouco tempo de trabalho. Isso explica os resultados obtidos. O optimismo que sentimos no início de época e o que sentimos agora, ao fim destes jogos, deve-se ao facto de a equipa ganhar, mesmo com ausências - quando saiu o Hulk diziam que iríamos ter grandes problemas e ganhámos; o FC Porto, que não ganhava sem o Belluschi, já ganha, e vai ganhando sem outros, como aconteceu na época passada. Esperamos ver a curto prazo, quando as coisas se equilibrarem, porque o ciclo das selecções vai terminar, o resultado de tudo o que andamos a fazer agora. A equipa vai, naturalmente, aparecer em patamares melhores. Disso estou seguro.

Isso significa que, neste momento, o FC Porto está aquém do que espera?

Acabei de o dizer. Não há nenhum jogador ou equipa que atinja limites. É possível, e até obrigatório, que se melhore. Nunca há limites, porque podem sempre acontecer coisas novas. No FC Porto, essa progressão aconteceu nos últimos anos e acontecerá outra vez. Muitas vezes o projecto traçado não se cumpre por factores que não são controláveis. Infelizmente, desde o início da época, temos levado tudo com muita dificuldade, mas também com muito empenho dos jogadores. Se é verdade que entraram muitos jogadores novos que se adaptaram rapidamente, também é verdade que, numa primeira fase, quem suportou essa entrada foram os que já tinham um ano de FC Porto. Neste momento, nota-se pouco as diferenças. Saíram sete jogadores e a equipa continua, na Champions e na Liga, a dizer o que quer.

Fucile disse que a equipa está a subir de rendimento. A sua percepção também é essa?

Os treinadores, muitas vezes, não fazem as mesmas análises de quem observa de fora, porque temos o conhecimento da situação e outros conhecimentos específicos enquanto treinadores. O FC Porto está melhor tacticamente, como o Fucile diz, e bem. Fico sempre muito feliz quando os meus jogadores são capazes de pensar para além do óbvio. A equipa não pode passar ao lado daqueles que têm sido os nossos problemas, entre aspas, e que têm que ver com lesões, reduções de treinos ou ausências que afectam o colectivo. Se Fucile diz isso é porque percebe que, independentemente desses problemas, o FC Porto continua a ser mais sólido, mais firme, apesar de aqui ou ali menos constante. A verdade é que isso acontece com todas as equipas. Não há nenhuma, mesmo as mais fortes, que o consiga ser. Pretendemos ser o mais constantes, sólidos e equilibrados possível, e penso que estamos a conseguir. À medida que vamos ganhando jogos, temos mais confiança e acreditamos mais uns nos outros. Além disso, a equipa acredita nos processos que utiliza. Quando chegamos a um entendimento melhor entre todos, a produção também melhora e as vitórias são mais fáceis.

Fucile disse também que o FC Porto é a equipa que joga melhor em Portugal. Partilha dessa opinião?

Temos de entender a mentalidade dos jogadores, e a sua origem; o Fucile é uruguaio. Por vezes, há expressões que, traduzidas à letra, podem não significar exactamente o que se quer dizer. Do que disse o Fucile, o mais importante a sublinhar é que o FC Porto está a subir e é mais forte tacticamente. A expressão colectiva de uma equipa baseia-se na solidez, nos equilíbrios, na forma como ganha os jogos, na forma como os aborda e os transforma.

Hugo Sousa n' O Jogo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Basquetebol - Porto vence

O FC Porto Ferpinta venceu, neste sábado, o Illiabum, por 74-76, em jogo da primeira jornada da segunda fase do Troféu António Pratas, disputado no Pavilhão Municipal de Ílhavo.

Numa partida marcada pelo equilíbrio, Greg Stempin distinguiu-se como o MVP do encontro. Bem secundado por Marçal, Andrade e Terrell, o norte-americano dos Dragões somou 20 pontos, 14 ressaltos e 2 assistências.

A equipa orientada por Moncho López volta a jogar neste domingo, defrontando o Barreirense, às 17h00, no Pavilhão Galamba Marques, na Figueira da Foz.

Hóquei em Patins - Porto vence

O FC Porto bateu este sábado a AD Valongo por 12-2, em jogo da terceira jornada do campeonato nacional de hóquei em patins. O triunfo dilatado foi construído, essencialmente, na segunda parte, em que os Dragões apresentaram um hóquei demolidor. Ao intervalo, os portistas venciam por apenas 3-2.

Sub-19: Porto vence

A equipa de Sub-19 do FC Porto venceu este sábado no terreno do Varzim por 0-1, exibindo uma qualidade de jogo significativa. O único jogo deste desafio do Campeonato Nacional de Juniores A foi marcado por Caetano, aos 19m.

O treinador Patrick Greveraars fez alinhar o seguinte onze: Rafa, Bosingwa, Ricardo, Abdoulaye, David, Sérgio, Caetano (Rodirlei, 61m), Ramon, Claro, Amorim (Edu, 75m) e Alex (Flávio, 52m).

Formação - resultados de hoje

Goleadas entre os mais novos a marcar um sábado com muita actividade dos escalões de formação do FC Porto.

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (I Divisão)
Rio Ave-FC Porto, 0-6
(Paulo Alves, 8m; Luís Mata, 43 e 59m; Ruben Neves, 49m; José Pedro, 57 e 60m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, Série 1)
S. Félix Marinha-FC Porto, 0-7
(Carlos Leal, 7m; Gabriel Lopes, 38 e 39m; Marcelo, 41m; Fábio Cunha, 41m; Gonçalo Resende, 58m; José Mota, 59m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, Série 4)
Desp. Aves-FC Porto, 0-2
(Schutte, 25m; Bruce Iuri, 22m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (Futebol de 7)
H. Gonçalves-Dragon Force, 5-2

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 2)
Leixões-FC Porto, 1-13
(Gonçalo Nunes, 2 e 8m; João Mário, 20 e 24m; Vasco Paciência, 30, 32, 33, 41,
49 e 50m; Tiago Barros, 43 e 45m; Fábio Santiago, 46m)

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 5)
FC Porto-Paredes, 33-0
(Marcelo Campos 1, Diogo Fernandes 3, Dylan Barbosa 3, Gonçalo Silva 1, Hugo Almeida 6, Francisco Trincão 6, Fernando Braga 5, André Pinhal 5 e Eduardo Marinho 2)

Sub-10: Campeonato Distrital de Juniores E (Futebol de 7, Série 3)
FC Porto-Paços de Ferreira, 3-2
(Afonso Sousa, 5m; Fábio, 6 e 31m)

Capas de 24 de Outubro de 2009



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CNID premeia Dragões

Jesualdo Ferreira, Bruno Alves, Hulk e a equipa sénior de hóquei em patins do FC Porto vão ser distinguidos pela Associação dos Jornalistas de Desporto com a atribuição dos prémios «2009 CNID-MEO», numa cerimónia agendada para as 12h30 da próxima terça-feira, na Loja TMN Bluestore.

Jesualdo Ferreira será galardoado na qualidade de «Treinador do Ano», Bruno Alves distinguido como «Futebolista do Ano», Hulk reconhecido como «Revelação» e a equipa de hóquei em patins do FC Porto coroada como «Equipa do Ano».

Capas de 23 de Outubro de 2009



Liga milionária

Com o triunfo sobre o Apoel, o FC Porto garantiu, desde já, quase nove milhões de euros em receitas provenientes exclusivamente da sua participação na Liga dos Campeões. Considerando que ainda há mais três jogos por disputar, que o apuramento para os oitavos-de-final da prova está a um passo de ser garantido e que este valor não inclui as receitas de bilheteira, nem o market-pool televisivo, que este ano os tetracampeões nacionais não têm de dividir com o Sporting, é provável que até Janeiro o FC Porto assegure qualquer coisa como 13 milhões de euros. Um valor importante, com um peso significativo nas contas dos portistas, mas que pode ser apenas uma gota no oceano se considerarmos as receitas indirectas da participação na Champions, nomeadamente as resultantes da valorização de activos como Hulk. Exposto na melhor montra do futebol mundial, o brasileiro já mostrou o que vale. Daí até que alguém pague o preço vai um pequeno passo.

Jorge Maia n' O Jogo.

Filhos e enteados

HÁ jogadores que, por muito que se esforcem, nunca conseguem convencer os adeptos. Há outros a quem, pelo contrário, tudo parece ser tolerado. No FC Porto, acontece precisamente o mesmo. Veja-se o contraste entre Mariano Gonzalez e Raul Meireles, por exemplo. E poderia invocar Helton, mas não quero que pareça, até porque não é, uma obsessão minha contra o guarda-redes titular.
A meu ver, Mariano Gonzalez não merece a permanente desconfiança de muitos adeptos, que nem esperam pelo seu primeiro erro para o assobiarem. Ora, o argentino é um jogador de combate, que corre o campo todo, que tem uma atitude despretensiosa, que tenta combinar com os colegas, que aceita as instruções do treinador e que, por isso, é dos mais polivalentes do plantel.

É essa sua polivalência que, provavelmente, mais contribui para que o jogador seja apoucado e até ridicularizado por alguns adeptos que não compreendem a forma abnegada como tenta corresponder ao que lhe é solicitado. Felizmente para ele, é por essa sua faceta, pelo seu empenho e pela sua grande disponibilidade, e pela sua boa visão táctica do jogo, que a equipa técnica do FC Porto continua a contar com ele como um semi-titular.

Mais uma vez, no jogo com o APOEL, o jogador foi injustamente apupado durante a primeira parte, em que a sua colocação em campo, substituindo o lesionado Belluschi, não favorecia as suas características. Viu-se, aliás, que logo que o treinador alterou o posicionamento das suas peças, Mariano melhorou de rendimento. A partir desse momento, tentou rematar à baliza, recuperou bolas e acertou os passes e esteve ligado ao melhor momento da equipa.

Só é pena que tenha acabado por ser expulso num lance desnecessário, em que me pareceu ter sido vítima de um excesso de zelo do árbitro, já que a sacudidela injustificada mereceria um amarelo, mas não foi uma agressão que, essa sim, justificaria o cartão vermelho. Mas, até nesse caso, e pelos comentários que ouvi aos adeptos após o jogo, é triste a forma como o jogador é subvalorizado. Fosse outro o jogador, haveria muita gente a clamar que ele fora mal expulso, e certamente não haveria quem dissesse «não fez falta» ou «ainda bem porque assim não joga em Chipre».

Pois, reconheço que gostaria que o FC Porto tivesse jogado com Belluschi, e talvez Guarín tivesse feito melhor, mas quando penso no colombiano, creio que ele podia ter entrado de início para o lugar de Raul Meireles, um dos jogadores predilectos da massa associativa e que, a meu ver, jogou pior do que Mariano e, mais uma vez, passou ao lado do jogo, evitando meter o pé, incapaz de transportar a bola e de pensar as transições.

Já sei que dirão que Meireles é um jogador com fibra, que sua a camisola, e é abnegado mas, reconhecendo tudo isso, deixo aqui a pergunta: e não será que o argentino tem todas essas qualidades? Pois, a verdade é que, até no futebol, há filhos e enteados...

Hulk e os assobios
HÁ muito que reclamo contra o coro de assobios das bancadas do Dragão, quando este tem como alvo atletas da casa. Creio que este péssimo hábito não existia no antigo e velhinho Estádio das Antas onde havia exigência, e um tribunal, mas onde havia, também, mais aplausos que assobios. Ora, não fossem as nossas claques, dá ideia, por vezes, e em especial para alguns atletas, que há quase tantos assobios como aplausos. Não se trata apenas de Mariano, por razões que acima explico. Também Hulk, como aconteceu com Quaresma no passado, é frequentemente vaiado, como voltou a acontecer com o APOEL, em que ele foi o melhor em campo. Pois, será individualista, mas não é essa uma pecha de todos os artistas?

Quando falta um timoneiro
UMA das coisas que me surpreende na falta de inspiração de Raul Meireles é o contraste entre as suas prestações, por contraste com o que fazia no ano passado, e com as suas exibições na Selecção Nacional. Ninguém pode acusar o médio portista de falta de empenho, porque se percebe que vive o jogo com emoção e com dedicação mas, no jogo com os cipriotas, só não foi o pior dos jogadores porque Mariano resolveu sair mais cedo de cena, por uma infantilidade. Apesar do seu belo final de época sem Lucho, creio que a batuta do argentino faz muita falta a Raul. É por isso, se calhar, que tem jogado bem na Selecção, porque está lá Deco ao seu lado, como mestre da orquestra…

A capital do império
NÃO me faz confusão que o jogo do play-off contra a Bósnia-Herzegovina seja realizado em Lisboa. Apenas me incomoda que invoquem o «necessário apoio à Selecção», porque esse também existe na parvónia, como se viu em Guimarães, e até foi na Luz, que nem sequer encheu no jogo com a Hungria, que o seleccionador nacional foi assobiado e apupado. Surpreende-me, também, que os velhos e incondicionais defensores do Estádio Nacional não se lembrem da existência desse palco para a realização deste jogo. Afinal, em que ficamos? Será que o Estádio Nacional só serve como handicap para as equipas de Lisboa, e que é por isso o palco obrigatório para a realização da final da Taça de Portugal?

Discurso perigoso
SABERÁ o leitor atento quanto admiro Carlos Queiroz. Creio que muitas das críticas que lhe têm sido feitas são injustas, e espero que tenha tempo e condições para realizar um trabalho de fundo na Federação. Mas não posso concordar quando o seleccionador nacional faz referências aos jogos do play-off com a Bósnia-Herzegovina como se partíssemos para esses duelos em condição de igualdade. Pois, é verdade que o adversário tem uma equipa interessante, que deixou pelo caminho a Turquia e marca muitos golos. Mas, francamente, há momentos em que o nosso discurso não pode ser excessivamente humilde. Somos favoritos, e devemos saber viver com o peso dessa responsabilidade.

Rui Moreira n' A Bola.

Números e factos

MESMO com incidentes e acidentes, o jogo com o APOEL aproxima o FC Porto de mais uma fase na Liga dos Campeões, os oitavos de final. É preciso mais um esforço em Chipre, dirão os mais realistas e optimistas, preocupados com o essencial – os resultados, a eficácia do marcador, o que afinal interessa: passar em frente. Há estatísticas que ajudam: o número de remates à baliza, por exemplo, diz que o FC Porto ataca bastante. Infelizmente, o jogo com o APOEL teve bastantes remates mas um resultado magro que prolongou o jogo para lá do desejável e até do aceitável. Fucile disse que nunca viu o jogo em perigo. Eu vi, todos vimos. É essa a diferença entre este FC Porto (que, caramba!, irá a Chipre sem Mariano) e o FC Porto do ano passado: nós, adeptos, sofremos mais. Se a observação parece antipática, já Jesualdo tem de entender o sofrimento dos outros – de nós, que não sabemos de arquitectura e de jogo tirado à esquadria, mas que estamos sentados em redor do relvado a contar os minutos de jogo. Ele que me perdoe, mas eu não quero passar 90 minutos assustados pelo APOEL (quem?).
O FC Porto tem de ter sempre alguém para que as bancadas possam assobiar à vontade. Este ano é Mariano González, que tem aquele ar de empregado de mesa do café Tortoni, de Buenos Aires. O cabelinho, o jeito de segurar na bandeja, tudo – ele tem feito de empregado de mesa, até quando é expulso. Até a maneira como a clientela fica exasperada. E, no entanto, os números do jogo com o APOEL, por exemplo, mostram quanto são injustos os assobios diante dos passes certos e das curvas que desenhou pelo relvado. Em outras épocas, houve outros jogadores. Lembro-me de Quaresma entrar em campo e de se levantarem os assobiadores – era injusto, porque ele tinha o seu jeito, o seu compasso, uma forma de pôr os pés no tablao em que exercitava o seu flamenco. Uma coisa, porém, era ver assobiar Quaresma e mandar calar o coro de juízes de bancada; outra, diferente, é pensar que o FC Porto vai a Chipre sem Mariano. E respirar de alívio.

Francisco José Viegas n' A Bola.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Liga dos Campeões - Porto ganha

FCPorto 2 - APOEL de Nicosia 1.



Capas de 21 de Outubro de 2009



Jesualdo Ferreira sobre o APOEL

Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:

Os factos são demasiado evidentes para serem ignorados e se, por um lado as equipas portuguesas despacharam sempre os cipriotas com goleadas nas competições europeias, não é menos verdade que este Apoel foi empatar a zero, em Madrid, contra o Atlético, e sofreu apenas um golo na recepção ao Chelsea nesta fase de grupos. Estes são os aspectos aos quais Jesualdo Ferreira se agarrou para mostrar que a sua equipa tem consciência de que este não será um jogo fácil. Depois ainda escavou para encontrar mais alguns argumentos, que passaram até pelo jogo de apuramento dos cipriotas para o Mundial'2010, com a Itália, que terminou com a vitória dos transalpinos por 3-2, com um hat trick de Gilardino, nos 13 minutos finais.

O que espera deste jogo com o Apoel?

Vamos ter pela frente uma equipa experiente, com 14 jogadores de 30 anos que contam 25 jogos na UEFA e que vivem um quadro de grande motivação na Champions, depois de se terem apurado pela primeira vez para esta prova. O Apoel aposta muito nesta fase de grupos, porque todos imaginam o que significa estarem aqui pela primeira vez. Depois, defrontaram o Atlético de Madrid e o Chelsea e sofreram apenas um golo, portanto sabemos que nos vão colocar grandes problemas. Aliás, basta recordar que Chipre perdeu com a Itália (3-2) há poucos dias e que cinco jogadores do Apoel foram utilizados nesse jogo, tendo um deles apontado um dos dois golos. É uma equipa pouco conhecida, mas é com estes dados que temos de enfrentar um jogo difícil e que vai obrigar a uma postura séria para entrarmos com a intenção clara de ganhar.

Não acha que o problema pode estar na solidez defensiva do Apoel?

Como eu disse, é uma equipa experiente, aguerrida que está motivada e que aposta forte em fazer um resultado positivo, como em Madrid. Por isso, será um jogo de paciência e de grande intensidade, que vai obrigar-nos a encontrar soluções. Não há fórmulas mágicas, mas vamos ter de jogar de forma serena, inteligente e paciente.

Que nível espera desta equipa cipriota?

Só sofreram um golo, portanto será uma equipa de um bom nível, porque entraram bem na Champions com o empate em Madrid e depois só sofreram o tal golo contra o Chelsea.

Que jogadores conhece melhor no Apoel?

O Paulo Jorge, que já treinei em Braga, Hélio Pinto e Nuno Morais. Os outros nem vou falar, para não dar pistas, mas repito: sabemos que são muito fortes e experientes.

António Soares n' O Jogo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Capas de 20 de Outubro de 2009



Lesões: CR10 vs. CR9

Rodríguez está recuperado, deu sinais encorajadores no jogo da Taça, já treina sem limitações e parece pronto a voltar às opções de Jesualdo com o Apoel. Contada assim, mesmo com outros detalhes aqui em baixo, a história desta lesão não tem graça nenhuma. Compare-se com a de Cristiano Ronaldo, que acompanho diariamente com a sensação de estar a ler um capítulo inédito do Harry Potter. Há bruxos, magia negra e branca, e até angelólogas metidas ao barulho. O argumento enrola de forma irresistível enquanto os anti-inflamatórios não fazem efeito. Aliás, mantenho a esperança de os ver a todos - bruxos, angelólogas e, se possível, o próprio CR9 - montados em vassouras, a sobrevoar Madrid, para a batalha final. Como no Harry Potter. Por cá, os anti-inflamatórios já parecem ter resolvido o problema de Cristián Rodríguez, o CR 10 do FC Porto, também ele envolvido numa mistura de azares que lhe condicionaram o arranque da temporada. Mas, acho que faltou sal a esta história. Sal? Cruz, credo...

Hugo Sousa n' O Jogo.

Pesadelo azul

LEIO sempre com atenção o que Fernando Guerra aqui escreve – e ele escreve bem e pensa bem. Mas, terça-feira passada, creio que ele derrapou e cometeu o erro clássico que, a meu ver, sempre cometem os que, de fora, escrevem sobre Pinto da Costa: ficarem-se pelas aparências, pelos sinais exteriores de qualquer coisa mais funda e que não querem ou não alcançam entender. Eu, que julgo ser insuspeito de alinhar junto dos «que o seguem até de olhos fechados», como escreveu Fernando Guerra, fico sempre admirado por constatar que, após mais de vinte anos de liderança destacada no futebol português, o «fenómeno Pinto da Costa» (porque se trata mesmo de um fenómeno), continue a não ser decifrado por analistas, adversários e rivais.
Confesso que não segui com atenção as tais declarações que o presidente do FC Porto terá feito algures e que levaram Fernando Guerra a classificá-las como «resquício da pequenez que sempre caracterizou a sua política de conflitualidade, avessa à serenidade, à sensatez e à clareza» e decerto motivadas por um «pesadelo vermelho» que esta época estará a perseguir o líder azul. Que eu tenha visto, apenas registei umas declarações, no tom de ironia de que tanto gosta, agradecendo ao Benfica a contratação de Falcao. Se é a isso a que se referia Fernando Guerra, não me parece que justifique tamanho alarido. Basta recordar que o presidente do Benfica, esse sim, gastou os últimos três anos a visitar casas do Benfica pelo país inteiro e em todas elas tinha sempre um discurso de escárnio e ódio contra o FC Porto– com o qual visava desviar as atenções dos sucessivos falhanços desportivos da sua gestão (é, aliás, sintomático que esta época, em que o Benfica desatou enfim a vencer e a jogar futebol, Luis Filipe Vieira se tenha remetido a um silêncio inabitual).

Fernando Guerra diz que «Pinto da Costa não autorizou que o FC Porto crescesse quanto podia, transformando-o de um grande clube de implantação regional num outro de dimensão verdadeiramente nacional». Extraordinária afirmação esta! Que todos os factos, todos os números e toda a realidade desmentem, ano após ano! É verdade que Pinto da Costa sempre viveu amarrado a um discurso de cariz regional e regionalista, que lhe serviu no início para aglutinar todas as gentes portistas e fazer do FC Porto o grande clube do norte do país, símbolo perfeito do desafio do resto do país à hegemonia de Lisboa – no futebol, como no resto. Mas, ou porque tenha mudado de visão quando percebeu a dimensão imensa que o clube foi adquirindo, ou porque a criatura escapou ao criador, o facto é que isso hoje está longe de ser verdade e chamar ao FC Porto um clube regional sem dimensão nacional não cabe na cabeça de ninguém. O FC Porto é, neste momento, tetracampeão de futebol, depois de ter sido pentacampeão há pouco tempo. Conquista regularmente títulos nacionais em todas as modalidades profissionais (um ano houve em que chegou a acumular o título nacional nas cinco modalidades profissionais); foi, nos últimos três anos, o clube com mais assistências no estádio e tem hoje adeptos e seguidores de norte a sul, ilhas e emigração. Se isto não é um clube de dimensão nacional, o que será tal coisa?

Mas, nos últimos vinte anos, o FC Porto fez mais, bem mais do que isso: transformou-se no único clube português de dimensão internacional, duas vezes campeão europeu e campeão do mundo, segundo clube com mais presenças na Champions, fundador do G-14, onde sediavam os maiores da Europa, conhecido no mundo inteiro e com os seus principais jogadores cobiçados todos os anos pelos potentados europeus. Atendendo à dimensão crítica do nosso futebol, o que o FC Porto conseguiu é um verdadeiro «case study»: não conheço nenhuma empresa portuguesa que tenha adquirido uma dimensão além-fronteiras comparavel à do FC Porto. Que outra empresa portuguesa já foi considerada a melhor da Europa ou a melhor do mundo no seu ramo de negócio? Que outra levou o nome de Portugal aos confins do planeta, como o FC Porto o fez e faz?

Não ver isto, insistir em que tudo foi conseguido pela «pequenez» ou «conflitualidade» (ou por batota, como diz o disco rachado dos rivais vencidos) ou é cegueira em adiantado estado ou é má-fé. Não querer perceber que um êxito continuado só acontece a quem é melhor no planeamento, na organização, no profissionalismo e na motivação, a quem tem como filosofia de vida um grau de exigência e de competitividade acima dos demais, é uma caracteristica bem portuguesa. O sucesso que se destaca é sempre muito mal visto pelo comum dos portugueses e a reacção habitual não é a de tentar perceber as razões do sucesso e imitá-las, mas sim tentar destruí-lo, insinuando razões obscuras para o triunfo. Desde Alfarrobeira que essa é a nossa história. E a razão do nosso atraso sem remédio.

Muito na linha dos adversários portistas, Fernando Guerra acha que tudo foi obra de um homem só e profetiza tranquilamente que tudo se há-de desmoronar, no dia em que Pinto da Costa passar à reforma. Pois, quem viver, verá. Mas se espera, como escreveu, que o resultado das últimas autárquicas (ou das anteriores) na cidade do Porto já é um prenúncio seguro do fim iminente de Pinto da Costa e da hegemonia nacional dos portistas no futebol, o melhor é esperar sentado, porque de novo não percebeu. Não deixa, aliás, de ser eloquente que, enquanto que os cidadãos do Porto distinguem bem o voto muncipal do voto clubistico, sejam os analistas a proceder entusiasticamente a essa confusão. Segundo eles, se Rui Rio, inimigo confesso do FC Porto, ganha as eleições no Porto, é porque o clube está a perder adeptos na sua própria cidade. Do mesmo modo que quando os sportinguistas Jorge Sampaio e Pedro Santana Lopes ganharam a Câmara de Lisboa, isso só podia significar que o Benfica estava a perder adeptos na capital…É certo que eles não hostilizaram o Benfica, como Rui Rio, numa atitude de arrogância gratuita e ridícula, resolveu fazer com o FC Porto. E se também é certo que Rui Rio tem vencido as eleições apesar da sua hostilidade declarada ao maior clube e maior símbolo da cidade, também o F.C.Porto tem vivido muito bem com essa hostilidade: tem ganho títulos nacionais e internacionais e a única consequência é que agora não os festeja frente aos Paços do Concelho, conforme era tradição.

Enfim, para acabar e em abono da verdade histórica, é preciso dizer que não é verdade que o clube (isto é, Pinto da Costa), ao vencer a Liga dos Campeões, «em lugar de festejar com a exuberância justificada… tenha optado por destapar desavenças internas com o objectivo de desvalorizar o trabalho do treinador, José Mourinho, o qual, no regresso da Alemanha, abandonou o aeroporto pela porta do lado, por forma a evitar encontros indesejáveis com a facção mais descontrolada da obediente claque». Não é verdade, simplesmente. Eu estava lá e vi- no estádio, no avião, no aeroporto. Não havia ninguém, do presidente ao mais simples adepto, que quisesse desvalorizar o trabalho de Mourinho e que não quisesse a sua continuação: foi ele que, legitimamente aliás, quis voar outros voos. E foi ele quem optou por não festejar exuberantemente o título europeu – nem no estádio, nem no avião, nem depois, no Dragão. Conforme é mais do que sabido, Mourinho teve um problema de natureza pessoal com parte da claque portista e foi por isso que escolheu sair por uma porta lateral e desaparecer dos festejos. Não discuto se tinha ou não razão para proceder assim: limito-te a corrigir a versão de Fernando Guerra porque ela não é verdadeira e não serve de exemplo à sua tese.

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Capas de 19 de Outubro de 2009



Maturidade não vem no BI

Entre outras coisas, há um princípio muito simples que se aprende convivendo com gente de vintes, trintas, quarentas e por aí fora: idade de bilhete de identidade e maturidade nem sempre combinam na sequência esperada. Filosofia barata à parte, justifica-se concluir que os futebolistas crescem e envelhecem num ritmo muito próprio. Mas, mesmo sabendo que cada caso é uma tese, e ao contrário do que é comum os treinadores apregoarem, acho-os mais vulneráveis no fim da carreira do que são - ou foram - no início. Sobretudo os bons, que parecem acusar mais esse fim do que a pressão de assumirem responsabilidades precoces. Entendem-se os cuidados, mas um treinador-galinha, hiperprotector e que não arrisque, não parece ser o melhor estímulo à formação. Sim, o contexto era especial; sim, as conclusões são ainda limitadas, mas esta aposta de Jesualdo, misturando juniores com jogadores experimentados no jogo com o Sertanense é capaz de ter feito mais pela divulgação do projecto 611 do que todos os textos juntos.

Hugo Sousa n' O Jogo.

sábado, 17 de outubro de 2009

Sub-19: Porto empata

A equipa do FC Porto empatou, este sábado, com o Rio Ave, a três golos, em mais uma jornada do Campeonato Nacional de Juniores A. Os remates certeiros dos azuis e brancos pertenceram a Rodirlei e Amorim (2).

O treinador Patrick Greveraars apresentou a seguinte equipa: Maia, Edu, Ricardo, Hugo, Jaroslav (T. Braganca), Ramon, Caetano, Telmo (Tozé), Pipo, Amorim e Rodirlei (Tiago).

Formação - resultados de hoje

Aproveitamento total: oito vitórias em oito jogos. Eis a resenha de resultados das equipas de formação do FC Porto, neste sábado. Houve várias goleadas, mas o maior destaque vai para os sub-12, que triunfaram por 16-1 na recepção ao Sobrado.

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, série 2)
FC Porto-Senhora da Hora, 8-0
(Bruno Almeida, 4m e 23m; Bruno Costa, 9m; João Bernardo, 19m; Bernardo, 21m e 56m; Camará, 49m; Rui Martins, 53m)

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (I Divisão, série 1)
FC Porto-Varzim, 5-2
(Ruben Neves, 4m (penalti); Luís Mata, 21m; André Salgado, 30m; Paulo Alves, 37m e 52m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, série 4)
FC Porto-Sobrado, 16-1
(André Schutte, 5m (penalti), 19m, 23m e 26m; João Rodrigues, 9m; Diogo Almeida, 16m; Ricardo António, 27m e 29m; Bruce Teixeira, 34m, 45m, 49m, 51m e 54m; Diogo Costa, 35m e 42m; João Bola, 60m)

Sub-12: Campeonato Distrital de Juniores D (II Divisão, série 1)
FC Porto-Pedroso, 13-0
(Gabriel Lopes, 5m e 27m; Fábio Cunha, 15m; Marcelo, 17m, 31m,32m, 38m, 41m, 49m e 53m; Pedro Pereira, 37m; José Mota, 55m; Manuel Namora, 59m)

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (série 5, futebol de 7)
Vila Meã-FC Porto, 1-8
(André Pinhal, 10m; Diogo Fernandes, 19m e 21m; Gonçalo, 38m e 45m; Trincao, 42m e 48m; Dylan, 46m)

Sub-11: Campeonato Distrital de Juniores E (série 2, futebol de 7)
FC Porto-Paredes, 12-3
(João Félix, 1m, 3m, 40m, 42m e 49m; Paulo Estrela, 2m; António, 12m; Hélder, 26m; Caetano, 34m e 38m; “Zé” Miguel, 45m; Leandro, 47m)

Sub-10: Campeonato Distrital de Juniores E (série 4, futebol de 7)
FC Porto-Amarante, 4-2
(Gonçalo Nunes, 10m e 31m; João Lopes, 14m; Vasco Paciência, 20m)

Sub-10: Campeonato Distrital de Juniores E (série 3, futebol de 7)
Leixões-FC Porto, 0-8
(Gustavo Scheneider, 6m e 24m; Fábio Vieira, 10m; Vítor Francisco, 18m; Vasco Mesquita, 30m; Diogo Andrezo, 33m; Afonso Sousa, 48m (penalti); Pedro dos Santos, 50m)

Taça de Portugal - Porto vence

FCPorto 4 - Sertanense 0.

Hóquei em Patins - Porto vence

O FC Porto venceu este sábado no terreno da Associação Desportiva de Oeiras por 5-3, em encontro da segunda jornada do campeonato nacional da modalidade.

Pedro Gil foi autor de um «hat-trick», tendo os restantes tentos sido apontados por Emanuel Garcia e Pedro Moreira.

Ao intervalo, os octacampeões portugueses venciam por 3-0.