Compreendo que Jesualdo Ferreira, na gestão de egos do plantel, não possa ou não queira assumir que há um FC Porto pós-Rúben Micael. Mas há. Está à vista de todos, com um detalhe que reforça a importância do que tem feito: Rúben não se afundou no meio das oscilações de rendimento dos portistas, queimando etapas de adaptação, e também eventuais desconfianças, a uma velocidade notável. Uma coisa seria encaixar-se numa dinâmica que já funcionava sem falhas, o que não era o caso. O FC Porto desta época, sobretudo no meio-campo, tinha falhas bem evidentes e ainda não as corrigiu totalmente (ganhar as segundas bolas, falhar menos na transição defesa ataque melhorando a eficácia do passe, por exemplo). Mesmo assim, nota-se o efeito Rúben. Na garra, na vontade e até o espírito refilão, que lhe há-de custar muitos amarelos, é verdade, mas que contrasta com a apatia frequente que se verificava antes.
Hugo Sousa n'O Jogo.
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