JESUALDO FERREIRA não costuma fazer elogios individuais aos seus pupilos. Por vezes, como já fora o caso esta época com Cristian Rodriguez, o treinador pressente que um deles precisa de apoio público. Por isso, numa altura em que os adeptos começavam a desconfiar das qualidades do uruguaio e em que este poderia sentir-se fragilizado pelo cobarde ataque de que foi vítima em condições ainda por apurar, veio desculpar o jogador, dizendo que este se sacrificara a jogar lesionado. A verdade é que, desde então, as prestações de Rodriguez melhoraram.
Em Cinfães, o treinador elogiou Guarín pelo seu empenho, em contraste com alguns colegas que mostraram uma displicência incompreensível, em suplentes que poderiam e deveriam ter visto neste jogo contra uma equipa amadora e de um escalão inferior mas «a valer», uma rara oportunidade para «mostrarem serviço».
Jesualdo Ferreira esteve bem nas duas circunstâncias, tanto mais que os seus elogios, por serem raros, valem a dobrar. Mas, haverá também, porventura, nos seus comentários, um «mea culpa», ainda que subliminar. É que, se no caso do uruguaio parece evidente que rende mais a jogar mais recuado, como aconteceu nos últimos jogos, já no caso do colombiano ficou sempre a ideia, entre aqueles que, como eu, apreciam os seus dotes, que ele fora vítima dos equívocos do princípio da época, quando o treinador hesitava sobre o substituto de Assunção. O que já não se percebe é porque entrou, na Amadora, para substituir Meireles, quando poderia ter sido mais útil a substituir o apagado Lucho, a «vaca sagrada» deste treinador.
Hoje, o xadrez do professor está mais arrumado. É possível que não seja o seu desenho favorito, mas é aquele que se adequa ao plantel. Assim, e sem equívocos, é mais fácil, para qualquer jogador, atingir bons níveis de produtividade.
Rui Moreira n' A Bola.
Em Cinfães, o treinador elogiou Guarín pelo seu empenho, em contraste com alguns colegas que mostraram uma displicência incompreensível, em suplentes que poderiam e deveriam ter visto neste jogo contra uma equipa amadora e de um escalão inferior mas «a valer», uma rara oportunidade para «mostrarem serviço».
Jesualdo Ferreira esteve bem nas duas circunstâncias, tanto mais que os seus elogios, por serem raros, valem a dobrar. Mas, haverá também, porventura, nos seus comentários, um «mea culpa», ainda que subliminar. É que, se no caso do uruguaio parece evidente que rende mais a jogar mais recuado, como aconteceu nos últimos jogos, já no caso do colombiano ficou sempre a ideia, entre aqueles que, como eu, apreciam os seus dotes, que ele fora vítima dos equívocos do princípio da época, quando o treinador hesitava sobre o substituto de Assunção. O que já não se percebe é porque entrou, na Amadora, para substituir Meireles, quando poderia ter sido mais útil a substituir o apagado Lucho, a «vaca sagrada» deste treinador.
Hoje, o xadrez do professor está mais arrumado. É possível que não seja o seu desenho favorito, mas é aquele que se adequa ao plantel. Assim, e sem equívocos, é mais fácil, para qualquer jogador, atingir bons níveis de produtividade.
Rui Moreira n' A Bola.
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