Conferência de imprensa de Jesualdo Ferreira n' O Jogo:
A missão é vencer o Marítimo para não dar margem de manobra ao Benfica, numa altura em que os tricampeões nacionais podem alcançar dez vitórias consecutivas. O melhor período sucede a uma fase menos boa e os resultados começam a levantar algumas preocupações nos outros, segundo Jesualdo, que se congratulou com a estratégia seguida. E nem sempre compreendida.
Nos últimos 10 anos, o FC Porto só não liderou uma vez em Dezembro, mas agora está numa espiral de vitórias e joga antes do Benfica. Isso permite pressionar quem está em primeiro?
Perseguimos o primeiro lugar, mas não encontramos nesse cenário mais ou menos motivação do que aquela a que estamos obrigados em qualquer jogo. Não conseguimos chegar a esta altura com a mesma vantagem das duas últimas épocas por demérito nosso e por mérito dos adversários. Vamos defrontar o Marítimo, um adversário difícil, que respeitamos muito, porque é importante que se perceba que o Marítimo, até ao último jogo que fez com o Benfica, no campeonato, era a defesa menos batida da prova, tinha um registo muito bom fora, com três vitórias e um empate em cinco jogos, e um golo sofrido. Vai obrigar-nos a jogar, se calhar, melhor ainda. Agora, à medida que nos vamos aproximando dos nossos objectivos, mais nos mobilizamos. Estamos a dois pontos do líder e queremos chegar rapidamente à liderança. Não dependemos de nós e, por isso, temos apenas a missão de ganhar o jogo.
Qual é o sentimento quando olha para trás e passa de uma sequência de jogos menos bons e chega aqui a dois pontos do líder?
Em "off" teria uma série de respostas que até davam para rir. Como não é em "off", acho que aquilo que foi dito sobre o FC Porto, o seu treinador e alguns jogadores teve alguma razão de ser, porque o FC Porto perdeu e porque normalmente não perde; ganha. Estamos num país em que existem três equipas grandes que são tratadas de forma diferente. Acho mau, mas não tenho nada a ver com isso. Às vezes, fica no ar aquele sentimento de pouca seriedade, que é uma coisa que me assusta. Quando o FC Porto perdeu, encontraram razões da derrota sem se preocuparem em fazer uma análise crítica correcta, optando pelo mais fácil, que é dizer mal. Depois, o FC Porto começou a ganhar e as pessoas ficaram com dificuldade para explicar, porque, se tivessem feito uma análise séria, teriam sabido explicar. Mas, como não a fizeram, deixaram de ter argumentos. O meu sentimento foi sempre de serenidade, porque nunca perdemos o norte, tínhamos uma estratégia e cumprí-mo-la.
Então, que balanço faz nesta altura?
Olhando para trás, acho inevitável o que se passou. Talvez não as três derrotas, mas os solavancos que a equipa teve, porque, quando o FC Porto perdeu, a observação feita foi a de que os jogadores não prestavam, que as outras equipas eram muito mais fortes. Ninguém foi capaz de fazer uma análise para saber porque é que os jogadores que chegaram tiveram aquelas prestações. Nos últimos dois anos, saíram cinco jogadores do FC Porto que praticamente cresceram cá, como Pepe, Anderson, Bosingwa, Paulo Assunção e Quaresma. A equipa ganhou o campeonato no primeiro ano, no segundo e, agora, está toda a gente assustada, porque podemos ganhar o terceiro. Para além disso, apurou-se na Champions com jogadores que toda a gente qualificou de mediana e até baixa qualidade. Teria sido muito fácil substituir os cinco que saíram por outros com a mesma qualidade, com os mesmos milhões, mas o FC Porto não pode fazer isso.
A missão é vencer o Marítimo para não dar margem de manobra ao Benfica, numa altura em que os tricampeões nacionais podem alcançar dez vitórias consecutivas. O melhor período sucede a uma fase menos boa e os resultados começam a levantar algumas preocupações nos outros, segundo Jesualdo, que se congratulou com a estratégia seguida. E nem sempre compreendida.
Nos últimos 10 anos, o FC Porto só não liderou uma vez em Dezembro, mas agora está numa espiral de vitórias e joga antes do Benfica. Isso permite pressionar quem está em primeiro?
Perseguimos o primeiro lugar, mas não encontramos nesse cenário mais ou menos motivação do que aquela a que estamos obrigados em qualquer jogo. Não conseguimos chegar a esta altura com a mesma vantagem das duas últimas épocas por demérito nosso e por mérito dos adversários. Vamos defrontar o Marítimo, um adversário difícil, que respeitamos muito, porque é importante que se perceba que o Marítimo, até ao último jogo que fez com o Benfica, no campeonato, era a defesa menos batida da prova, tinha um registo muito bom fora, com três vitórias e um empate em cinco jogos, e um golo sofrido. Vai obrigar-nos a jogar, se calhar, melhor ainda. Agora, à medida que nos vamos aproximando dos nossos objectivos, mais nos mobilizamos. Estamos a dois pontos do líder e queremos chegar rapidamente à liderança. Não dependemos de nós e, por isso, temos apenas a missão de ganhar o jogo.
Qual é o sentimento quando olha para trás e passa de uma sequência de jogos menos bons e chega aqui a dois pontos do líder?
Em "off" teria uma série de respostas que até davam para rir. Como não é em "off", acho que aquilo que foi dito sobre o FC Porto, o seu treinador e alguns jogadores teve alguma razão de ser, porque o FC Porto perdeu e porque normalmente não perde; ganha. Estamos num país em que existem três equipas grandes que são tratadas de forma diferente. Acho mau, mas não tenho nada a ver com isso. Às vezes, fica no ar aquele sentimento de pouca seriedade, que é uma coisa que me assusta. Quando o FC Porto perdeu, encontraram razões da derrota sem se preocuparem em fazer uma análise crítica correcta, optando pelo mais fácil, que é dizer mal. Depois, o FC Porto começou a ganhar e as pessoas ficaram com dificuldade para explicar, porque, se tivessem feito uma análise séria, teriam sabido explicar. Mas, como não a fizeram, deixaram de ter argumentos. O meu sentimento foi sempre de serenidade, porque nunca perdemos o norte, tínhamos uma estratégia e cumprí-mo-la.
Então, que balanço faz nesta altura?
Olhando para trás, acho inevitável o que se passou. Talvez não as três derrotas, mas os solavancos que a equipa teve, porque, quando o FC Porto perdeu, a observação feita foi a de que os jogadores não prestavam, que as outras equipas eram muito mais fortes. Ninguém foi capaz de fazer uma análise para saber porque é que os jogadores que chegaram tiveram aquelas prestações. Nos últimos dois anos, saíram cinco jogadores do FC Porto que praticamente cresceram cá, como Pepe, Anderson, Bosingwa, Paulo Assunção e Quaresma. A equipa ganhou o campeonato no primeiro ano, no segundo e, agora, está toda a gente assustada, porque podemos ganhar o terceiro. Para além disso, apurou-se na Champions com jogadores que toda a gente qualificou de mediana e até baixa qualidade. Teria sido muito fácil substituir os cinco que saíram por outros com a mesma qualidade, com os mesmos milhões, mas o FC Porto não pode fazer isso.
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